𝙁𝘼𝙈𝙀; 𝙅𝙚𝙣𝙣𝙖 𝙊𝙧𝙩𝙚𝙜𝙖

#𝟑𝟎;

𝙊𝙉𝙏𝙀𝙈 𝙁𝙊𝙄  nosso último dia junto á Bibi antes dela começar sua cansativa carreira de idol novamente. Saímos para vários lugares, aproveitamos bastante. Hoje, seria o tão esperado show da cantora, e Jenna parecia estar super animada. Os ingressos do show acabaram em menos de 48 horas, mas por sorte, não precisamos de ingressos, por sermos amigas da cantora. Ela me fez a mostrar todas as músicas de Bibi para ela. Sim, todas as músicas. Ela adorou todas, mas ficou impressionada com Best Lover, que era a única que ela entendia por estar completamente em inglês.

-Não sabia que a Bibi era assim.-Ela comenta, impressionada.

-Você não sabe de nada sobre ela.-Eu rio de sua cara espantada.-Se está assim somente com Best lover, ficaria pior ao ver a tradução das outras. Acho que essa é a mais leve em comparação ás outras.

-Calma, existe alguma música dela mais pesada que essa??-Ela parece mais espantada ainda, o que me rende boas risadas.

-Sim, bem pior.-Ela me olha, paralisada, e com a boca aberta em um perfeito "O". Ela estava mesmo sem acreditar naquilo.

Deito minha cabeça sobre o colo da atriz, que começa a acariciar o local. Quando eu já estava pegando no sono, a porta é aberta agressivamente por algum ser humano irritante. Me levanto na força do ódio e observo ninguém mais ninguém menos que, sim, Akame Wu. A garota me dá um sorriso amarelo ao ver minha expressão raivosa, e fala, baixinho:

-Preciso da sua ajuda na cozinha...

-Pra quê, Akame?-Eu pergunta, pausadamente. Começo a sentir um cheiro forte de queimado, e franzo o cenho. Ela não...

-Aconteceu um pequeno acidente na cozinha. Pode ir lá me ajudar a arrumar as coisas?- Ela sussurra, baixando a cabeça, envergonhada. Reviro os olhos e me levanto da cama, passando direto por ela na porta e descendo as escadas, escutando os passos apressados da taiwanesa que tentava acompanhar meus passos, atrás de mim.

-Pra quê você foi inventar de cozinhar? Você sabe muito bem que não consegue fazer nada na cozinha.- Eu falo, vendo a garota espremer os lábios em constrangimento.

-Desculpa, eu tava com fome e não queria acordar a Mia pra fazer o meu café.-Ela responde.

Suspiro e pego a assadeira, que antes era vermelha, mas agora estava preta, na mesma situação da "panqueca" que a garota estava tentando fazer. Jogo fora aquele veneno em forma de panqueca provavelmente usado para dar intoxicação alimentar em todo ser que encostasse a língua naquilo, e ainda sinto a presença da outra ali. Me pergunto o que aquela mongolóide ainda fazia ali. A olho e falo, em julgamento:

-Vai ficar me olhando feito besta aí parada?-Quando ela iria fazer algo, eu a interrompo, falando pausadamente: -Sai. Daqui. Akame.-Ela me olha interrogativa e eu explico: -Sai daqui, eu faço a merda da sua panqueca, vai.

Ela parece realizada, tanto que me puxa para um abraço e beija minha bochecha várias vezes. Eu tento me afastar, sem vitória, e falo:

-Desgruda, cola rato.- Ela não entende a piada brasileira, e eu só a empurro. Ela me olha, fingindo estar magoada, e vai de cabeça baixa até o sofá, se jogando lá e logo pegando seu aparelho celular para jogar algum joguinho de tiro de gente retardada.