𝑬𝑵𝑫 𝑮𝑨𝑴𝑬 | 𝗞𝗜𝗠𝗜 𝗪𝗔𝗧𝗔𝗡𝗔𝗕𝗘 é uma mulher bem sucedida em sua profissão, mesmo com toda sua infância e adolescência traumática. Tendo o dever de ser mãe de sua irmã aos 24 anos mas finalmente chegando na fase mais feliz de sua vida, K...
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²⁰²⁰, ᴬᵀᵁᴬᴸᴹᴱᴺᵀᴱ.
AR CONGELANTE E CHEIRO DE HOSPITAL. Essas coisas estão na listas de coisas que eu mais odeio em todo o mundo. Ar condicionado fazia bem, mas quando você chega a suar frio, aí já é exagero. Não era a primeira vez que Aiko passava mal e tinha que passar uns dias em observação no hospital, mas era a primeira vez que eu era totalmente responsável por ela. Antes minha mãe vinha conosco, mas no final do ano passado ela faleceu por uma doença que ela já vinha tratando silenciosamente. As vezes me sinto mal por não ter sofrido tanto com a morte dos meus pais, mas eles me tratavam como se eu fosse uma aluna de sobrevivência na floresta matriculada na casa deles.
Eu estava sentada em uma poltrona ao lado de Aiko, comendo uns biscoitos que peguei na máquina enquanto assistia Chishya examinar Aiko. Dessa vez ficamos apenas quatro dias no hospital, mas ainda sim foram quatro longos dias.
— Tudo certo senhora Watanabe, foi só um susto. Se der tudo certo só nós vemos no mês que vem para o exame de rotina. — guardo o pacote de biscoito na mochila
— Deixa eu ficar mais alguns dias doutor, não quero voltar pra escola. — vi ele rir enquanto me lançava um olhar
— Você está em perfeitas condições, se não for para a escola vou ter que passar seu caso para outro médico.
— Não! Tenho certeza que se fizer isso vai sentir minha falta.
— Você acha mesmo que eu vou?
— Tenho certeza. Não tem coragem de assumir mas sei que adora a minha companhia. — ri me levantando e pegando suas coisas
Aiko odiava passar mal, reclamava o tempo todo. E também odiava ficar internada. Mas amava conviver com os médicos, sempre disse que seria uma quando crescesse, mas seria de alguma área como raio x para não precisar ver sangue. Pelo fato de estar no hospital praticamente desde que nasceu, ela acabou criando intimidade com todo o hospital, o que me beneficiou também fazendo um único amigo ao longos de todos esses anos.
— Vamos Aiko ele precisa trabalhar, e você, já consegue andar com as suas próprias pernas. Obrigada pela ajuda doutor Chishya. — mesmo depois de anos de amizade, não consigo tratá-lo informalmente dentro do hospital
— Sem problemas, é o meu trabalho.
— Tchau doutor, obrigada. — Aiko diz enquanto anda pulando
— Te vejo amanhã? — olho para o loiro antes de ir embora
