Cap. 8 - Sweet | Cigarretes After S.

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25º Dia de Verão

Kirishima estava determinado para dar o melhor aniversário que ela poderia ter. Afinal, só se faz dezesseis anos uma vez. Na madrugada anterior eles conversaram tanto que nem perceberam que a praia esvaziou. Não importava. Kirishima não se importava de ouvir sobre todos os sentimentos de [Nome], e ela não se importava de ouvir sobre como ele a admirava desde o seu sétimo aniversário. Foi uma das coisas mais importantes que eles já haviam feito em todos esses dias, mas agora, precisavam se divertir.

Daqui a alguns dias eles iriam embora, então a missão de hoje era aproveitar tudo que havia direito naquele lugar.  — Tem alguma coisa específica que a gente devia ver primeiro? — Questinou Kirishima.

— Bom, eu lembro de algo que vi assim que entrei. Era uma fonte d'água cheia de cadeados no hall de entrada.

— Eu lembro! Vi ela assim que chegamos, e achei a coisa mais fofinha de todos os tempos. Só não entendi o porquê dos cadeados, é algum alarme de segurança?

— Nunca viu nada sobre Paris, ou Gramado? Esses cadeados são pra colocar o nome de um casal, fechar o cadeado e jogar a chave dentro da fonte. Sempre dizem que isso eterniza a união, e esse lance todo de tradições bregas — explicou [Nome], como se fosse a coisa mais nítida do mundo.

— S-Somos um casal? — O rubor nas bochechas de Kirishima apareceram tão rápido quanto ontem.

— ... A gente fingiu um namoro falso por dias. Mesmo que não sejamos um casal, a gente precisa eternizar essa experiência maluca, não acha?

— Nisso você tem razão. Vamos? A entrada não deve estar tão longe – a garota murmurou um "aham" como resposta. Kirishima pegou sua mão, mesmo que ela soubesse o caminho. Desde ontem, ele procurava qualquer oportunidade de poder tocar em suas mãos de novo. E isso deixava [Nome] sem reação.

Em alguns minutos de caminhada, eles chegaram até o hall. Estava do mesmo jeito. Muitas flores, a fonte, os macacos nos coqueiros... Esses macacos só ficam na entrada? Enfim, estava lindo como sempre. Ali por perto, já puderam avistar uma barraquinha, que provavelmente vendiam os cadeados.

Nenhum dos dois se imaginaria fazendo uma coisa dessas há algumas semanas atrás. Parece alguma cena de romances parisienses.

Enquanto escrevia seu nome, Kirishima se sentiu mal por largar a mão da castanha, mesmo que por pouco tempo. Será que isso pode ser denominado como vício?

— O.k., agora é só colocarmos em algum lugar vago. Acha que aqui está bom? — Com seu dedo indicador, a garota indicou um espaço entre dois cadeados vermelhos que provavelmente foram colocados nos tempos incas de tão desgastado que estavam.

— Perfeito! No três nós fechamos o cadeado – com uma curta pausa, ele olhou para a garota ao seu lado. Digamos que ainda era inescrutável as últimas quinze horas anteriores. — Um...

— Dois...

— Três.
— Três. — Falaram ambos, formando um uníssono.

Nesse vai-vem no cais e nas redes, eles nem notaram a grandeza do local onde estavam durante esse mês inteiro. Exploraram do mínimo ao máximo. E aqui vai...

COISAS MANEIRAS QUE AMBOS FIZERAM:

1. Tentaram surfar, mas desistiram depois de notar total falta de talento vindo dos dois lados. Kirishima deve ter engolido água salgada o suficiente para salgar seus pulmões;

2. Deram uma visita aos macaquinhos após a recepcionista falar que eles haviam uma espécie de casa aparte. Eles eram amorosos, e renderam muitas – muitas mesmo – fotos incríveis. Incluindo a divina fotografia de [Nome] dando leite numa mamadeira para um filhotinho;

ÚLTIMO VERÃO | Imagine KirishimaOnde histórias criam vida. Descubra agora