Summer
Acordar sozinha em um quarto desconhecido me deixou apavorada, mas assim que olhei em volta vi que estava em algum tipo de enfermaria. O quarto branco, cheio de aparelhos médicos e mais duas macas, não tinha o cheiro tipico de um hospital, cheirava a produto de limpeza de limão e lixivia.
Olhando ao redor procurei por algo que me desse uma pista de onde estava, mas apenas consegui ver mais do quarto. Havia uma janela grande, mas estava fechada com uma pesiana preta que bloqueava a luz do sol, mais aparelhos médicos que eu não fazia ideia do que era e mais ao lado havia uma porta que tinha 'escritorio' escrito nela.
Talvez o consultório do médico?
Lentamente me levantei e coloquei minhas pernas para fora da maca. Meu ombro estava latejando e minha cabeça estava levemente zonza. Havia um crátere no meu braço, mas estava sem qualquer coisa ligado a ele.
Talvez colocassem apenas quando fosse hora de me alimentar? Ou com o soro e remédios?
Do que eu sabia sobre medicina? Nada, além do que eu aprendi em Grey's Anatomy.
Eu tinha que descobrir onde estava, e entender o que estava acontecendo e como vim parar aqui. Porque eu não estava conseguindo me lembrar de nada e tudo parecia confuso.
Saindo lentamente da cama em que eu estava testei meu balanço. Ainda zonza mas eu poderia andar até encontrar alguém que me dizesse onde eu estava. Dando um passo em direção á porta senti minha cabeça rodar, mas rápidamente me indireitei. Indireitando a minha coluna da melhor maneira que eu conseguia devido á dor em meu ombro, caminhei até á porta branca e abri.
O barulho de obra no andar de baixo me deixou confusa.
Um hospital não deveria ser silêncioso? Porra.
Andando pelo o pequeno corredor procurei por algo ou alguém que pudesse me ajudar. Havia duas portas, uma delas estava aberta e mostrava uma infinidade de computadores e telas que pareciam mostrar o lado de fora do que parecia um complexo. Mais ao lado estava um homem de costas, inclinado sobre uma tela enquanto conversava baixinho com alguém que eu não consegui indentificar. Ou ele estava falando sozinho?
Balançando minha cabeça passei para a única porta que estava fechada. Abrindo ela lentamente me vejo atingida pelo o cheiro mais maravilhoso que eu pode sentir, masculino e limpo. Atrás de uma mesa de latão estava o homem que eu vi no restaurante, á um dia atrás. Um dia certo? Ou tinha sido mais?
Deus estou tão confusa.
Ao lado dele estava Lucky deitado em sua cama dormindo. Soltando um suspiro de alivio baixo me deixo observar o homem por mais alguns minutos antes de chamar a sua atenção.
Mesmo sentado eu poderia sentir o poder e a força emenar dele. Seus lábios estava tensos, suas sobrancelhas vincadas enquanto ele analisava os papeis em sua frente, em sua mão direita uma caneta batia ritmaticamente contra uma pequena pilha de pastas pardo.
Eu não sei quanto tempo fiquei ali olhando, mas em um momento ele olhou para o telefone e suspirou.
— Você quer ir pegar alguma comida no restaurante da cidade? — Ele pergunta para Lucky que rápidamente lhe dá toda a sua atenção. — Prometo comprar um bife só para você. O que me diz?
Um sorriso se forma em meus lábios.
— Eu acho que ele ficaria mais do que feliz com isso. — Eu digo chamando a sua atenção e de Lucky para mim.
Assim que Lucky me vê ele corre em minha direção, mas um assobio baixo e autoritário faz com que ele pare em seu caminho, me deixando completamente abismada. Lucky ainda era um cachorrinho, mesmo tendo todo esse tamanho, vendo ele obedecer tão lindamente me deixou maravilhada e chocada ao mesmo tempo. Eu nunca tinha conseguido essa proeza com ele.
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01.Sentinel
RomanceSentinel Recomeçar em uma nova cidade nunca é fácil, mas com os meus irmãos ao meu lado sei que vai correr tudo bem. Ela entra na minha vida de uma forma inesperada, mas tudo muda quando ela aparece na minha porta desmaiada e sangrando. Ela não s...