CAPITULO SETE

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Sentinel

A nossa viagem até ao restaurante demorou cerca de vinte minutos, assim que chegamos ao estacionamento do restaurante, Fox pulou da sua motocicleta enquanto se atrapalhava brevemente com o seu capacete. Ele resmungou quando tropecou levemente para trás. Ele parecia estranho desde que saimos do complexo, sempre acelarando quando havia trechos longos de estrada deserta, batendo o pé no chão quando paravamos em um sinal. Estranho. Muito estranho.

— Você está bem? — Pergunto colocando o meu capacete no banco da minha moto. — Parece ansioso.

— Com fome. Apenas isso. — Ele diz dando de ombros e arrumando o cabelo longo no espelho da moto.

Ergendo uma sobrancelha pelo o seu comportamento caminho na direção da porta, vendo que a empregada que estava trabalhando no turno de Sun estava lá, andando entre as mesas sorrindo e conversando brevemente com alguns clientes. Olhando por cima do ombro, vi Fox com os olhos colados na mulher, seus olhos nunca a largando enquanto caminhavamos para dentro do restaurante.

Balançando a cabeça, sorriu quando vejo que a empregada está olhando pelo o canto do olho para a porta. Ela tinha nos visto entrar. Assim que paramos perto do balcão, a mulher que trabalhava atrás dele se virou em nossa direção com um sorriso de boas vindas.

— O que posso pegar para vocês senhores? — Ela pergunta limpando as mãos em um pano amarrado em sua cintura.

— Queremos seis hamburgues com batata frita para levar. E um milk shake de qualquer coisa. — Eu digo retirando minha carteira. — Você tem sopa e suco natural?

— Sim nós temos. Você vai querer um sopa de galinha ou sopa de vegetais? — Ela pergunta apontando tudo em um bloco que retirou do bolso da frente.

— Sopa de legumes. Por favor.

— Mais alguma coisa? — Ela pergunta olhando para Fox que estava postado ao meu lado virado para a sala.

Jesus. Ele não sabia disfarçar?

— Pode nos dar duas cervejas, enquanto esperamos. — Eu respondo revirando os olhos.

A mulher riu e acenou com a cabeça, indo na direção da cozinha após colocar duas cervejas para nós. Batendo no ombro de Fox passo a cerveja para a sua mão, rindo quando ele rosnou por ter que virar em minha direção.

— Que foi cara? — Eu pergunto dando um gole em minha cerveja. — Você parece distraido.

— Nada. — Ele pega a sua cerveja e dá um gole.

Olhando para a sala do restaurante eu sorriu quando a mulher caminha em nossa direção equilibrando uma bandeja cheia de pratos e copos. Quando ela chega perto do balcão Fox pousa a cerveja ao lado dele e se chega á frente para retirar a bandeja dela, mas ela recua franzindo as sobrancelhas.

— O que você pensa que está fazendo? — Ela pergunta dando a volta e colocando a bandeja no balcão sem dificuldades.

— Ajudando? — Ele responde erguendo uma sobrancelha. — Parecia pesada, só queria alivar seu fardo.

— E eu pedi para você aliviar meu fardo? — Ela rebate colocando a mão na cintura. — Não me lembro de pedir e não me lembro de ter reclamado.

— Você é sempre assim? — Ele pergunta cruzando os braços no peito.

Eu engulo uma risada quando vejo a mulher erguendo as sobrancelhas e se indireitar. Indo na defesa do meu amigo eu abro a boca para falar, mas ela me bate rápidamente.

— Se assim você quer dizer, trabalhadora, dona de mim e independende? Sim eu sou. — Ela rosna e cruza os braços. — Não preciso de um idoso querendo mandar em mim.

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