Capítulo 25

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Ponto de vista - Jung Hoseok

Logo que os meninos saíram a casa parecia maior e obviamente mais silenciosa, eu até poderia dizer que estava me causando arrepios estar ali sozinho.

Desci, fui até a cozinha, tomei o meu café da manhã e por fim caminhei em direção ao escritório. Encontrei a chave exatamente no lugar onde eu havia observado o Taehyung esconder por dias( dentro de um vaso de flores em uma mesinha ao lado). Apertei a chave em minhas mãos um tanto receoso e suspirei tomando uma decisão, ou melhor, abrindo mão da decisão a qual eu havia tomado a um ou dois dias atrás.

– Eu não posso fazer isso. – Guardei a chave no mesmo lugar e subi para o meu quarto.

Eu sei que o Taehyung não merece a minha misericórdia, mas por alguma razão eu não consigo fazer nada que vá o prejudicar. E além do mais, eu não tenho tanta certeza assim sobre a sinceridade do Tayler.

No momento da raiva eu quis sim me juntar ao lado do inimigo, se é assim que posso dizer, mas agora, agora é diferente, algo me diz que há uma maneira de eu me acertar com o Tae, que há uma maneira de sermos um casal “comum”, que podemos tentar nos dar bem.

Eu pareço estar ficando louco em acreditar que posso ter um relacionamento saudável com o Taehyung, mas algo que eu não sei o que é, insisti pela minha persistência.

No meu quarto. Me joguei na cama e peguei o meu celular, logo discando o número de Sohui.

– Hoseok?!! – Disse minha mãe um tanto quanto ansiosa e aflita.

– Oi, mãe! Sim, sou eu.

Pude sentir que a mesma sorriu, mesmo não podendo vê-la e isso me fez sorrir também.

– Olha, eu deveria te dar um sermão imenso agora, garoto. Mas eu estou com saudades demais para isso agora. Como estão as coisas aí?

Eu ri.

– Me desculpa, mãe. Eu sei que deveria ter ligado antes e que só as mensagens não resolvem de nada, mas é que por aqui as coisas são muito corridas, então eu não tenho muito tempo. Mas de resto está tudo bem aqui. E aí?

– Tudo bem. Quando você tiver um filho, o que eu espero que não seja agora, porque o senhor tem que estudar viu!? Você vai entender como é difícil ser pai. – Sorri envergonhado. Se ela soubesse que eu já estou entrando no quinto mês de gestação e que a netinha dela vai se chamar Nari. – Mas por aqui também está tudo ótimo. Eu tenho trabalhado bastante, pra ver se consigo juntar um dinheirinho pra mandar pra você. Eu sei que estudos exigem muitos gastos, ainda mais quando se está fora de casa. E eu queria muito poder te ajudar mais, mas as coisas andam tão difíceis.

– Mãe, não se preocupe comigo. Está tudo certo por aqui. Guarda esse dinheiro para a senhora. Eu não preciso de nada no momento.

– Hoseok, eu te conheço. Sei muito bem que você não é o garoto mais econômico do mundo e que adora gastar mais do que tem.

Revirei os olhos.

– Ai, mãe. Eu estou trabalhando, tá legal? E não, eu não estou gastando tanto como antes. Pode ficar tranquila, senhora Jung.

– Uhm. Tá bom. Mas se você precisar de qualquer coisa, me liga que eu dou um jeitinho.

– Tá bom, mãe. Agora eu tenho que desligar. Eu só liguei pra dizer que te amo muito e que eu sinto muito a sua falta.

– Eu também te amo muito, meu pequeno. E a casa não é a mesma sem você.

– Tchau. – Disse sentindo um aperto no peito.

GRÁVIDO DE UM MAFIOSO| VHOPEOnde histórias criam vida. Descubra agora