Capítulo 39 (penúltimo)

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Ponto de vista — Jung Hoseok

Estava um silêncio ensurdecedor no quarto. Minha mãe fingia estar destraída com Nari que dormia no bercinho de vidro e Taehyung definitivamente não seria quem iniciaria aquela conversa.

— Mãe, dá pra você dizer algo? — Perguntei.

— Eu acho que essa conversa deveria começar por vocês, não é mesmo?!

— É, o Taehyung é o meu marido, pai da Nari.

Minha mãe encara Taehyung e pela primeira vez eu o vejo constrangido. Eu teria rido se a situação não fosse séria.

— Seu marido desde quando exatamente?

— Já faz algum tempo.

— Vocês se conheceram aonde?

Eu e Taehyung nos encaramos.

— Na faculdade. — Respondo.

— Hoseok, por favor, aprenda a mentir direito. — Diz minha mãe.

— O que? —  Digo sem entender.

— Um bandi... Uma pessoa como ele não estaria em uma faculdade.

— Por que não? — Pergunta Taehyung.

— Suponho que você seja um homem muito ocupado.

— Realmente. Mas eu de fato conheci o Hoseok na faculdade.

— Viu, mãe?!

— Uhm. Entendi. — Diz Sohui ainda desconfiada.

— Mãe, eu amo ele e espero que a senhora o aceite de bom grado como genro.

— Hoseok, por favor, não era ele que tava querendo te matar?

— MÃE!

— Você disse isso pra ela? — Pergunta Taehyung.

— Não!

— Eu não quero a minha neta crescendo em um ambiente conturbado.

— A senhora não tem que querer nada, porque a filha é nossa. — Responde Taehyung.

— Taehyung... Por favor. —  Intervenho.

— Ora, mas além de ser um maníaco irresponsável, ainda é abusado. — Diz Sohui.

— Gente...

— Ah, se põe no seu lugar, não é porque você é a mãe do Hoseok que você pode ficar dando pitaco na nossa vida não.

— É o que? Escuta aqui seu bandidinho...

[...]

— Sua mãe é um porre. — Diz Taehyung, segundos depois de eu conseguir convencer minha mãe a ir pra casa.

— Com o tempo você se acostuma com ela. Ela é durona, mas esse é só o jeitinho dela proteger quem ela ama.

— Não vou me acostumar não, Hoseok. Sua mãe é chata pra caralho e eu prefiro encontrá-la o menos o possível.

— Ah, poxa, só porque eu estava pensando em levar ela pra morar com a gente. — Sorrio amarelo.

— Nunca!

— Ah, Tae, por favor. É a minha mãe.

— Não.

— Se ela não for, eu também não vou.

— Não, Hoseok, ela não vai morar com a gente.

— Tae.

— Hoseok, eu dou uma casa pra ela, mas que ela more a uns bons quilômetros de distância da gente.

GRÁVIDO DE UM MAFIOSO| VHOPEOnde histórias criam vida. Descubra agora