ELDARYA - O Mundo Perdido

A GAROTA MISTERIOSA - CAPÍTULO QUATRO

Em toda sua vida nunca sentira nada comparado ao que sentia agora, o clima que habitava aquele lugar era horrível, e sabe se lá quanto tempo a garota o espiava, um leve frio percorreu sua espinha e ele deu um passo pra trás. 
A garota suspirou e saiu correndo, mas ele já sabia porque aquela garota o chamava a atenção, seu rosto era familiar, mas não sabia de onde, talvez a tivesse visto em outros lugares? Ou talvez em outras vidas, mas não sabia explicar ao certo oque o chamava tanto assim, ignorando a estranha sensação ele se dirigiu para o balcão, e a mesma agora estava com um leve toque diferente, espera.. oque havia acontecido? Algo nela tinha mudado, mas oque seria? Aquilo estava ficando cada vez mais estranho e depois de tanto se encabular com suas ideias ele repousou o livro encima do balcão, o qual aparentava ter mais de décadas de uso, com seu verniz exageradamente descascado e os cantos estavam corroídos por cupins e pelo tempo. 
  Foi então que a senhora suspirou e disse: - ah.. essa cidade está perdida.. - Alex a encara confuso, estava tão imerso em seus pensamentos que nem se deu conta de que um forte silêncio tomava conta da antiga livraria, então gaguejando e com a voz falha ele então respondeu: -hum.. como assim?- e a senhora começou a contar toda a história da cidade (por mais que Alex estivesse relutante em escutar histórias de uma cidade que nem ao menos conhecia) mas a outra garota parecia empolgada demais para disfarçar seu empolgamento.

 - Há muito tempo um jovem rapaz caminhava por essas matas, naquele tempo a natureza era pura e cheia de vida, com seus rios brilhantes e com sua fauna mais bela que tudo oque já fora visto, enquanto o mesmo adentrava o lugar ele acabara esbarrando com uma fonte, a fonte mais pura de água que já tinha visto, foi ali então que decidiu criar sua civilização, o ambiente era pacífico e quieto, seria o lugar perfeito para um abrigo e o começo de uma grande era. Uma noite enquanto dormia aos pés de uma grande árvore o garoto ouviu alguns estralhos a meio a mata, ao se questionar de onde vinha e oque o fazia, o mesmo foi atrás para acabar com suas dúvidas, para sua surpresa não era animal ou predador, mas sim uma bela moça, de cabelos negros brilhantes que chegavam ás costas, a mesma se encontrava a beira da cachoeira, o homem enfeitiçado por sua beleza foi imediatamente atraído para o ser, e a mesma dissera que era uma viajante e que estava de passagem pelo local, mas como vira o rapaz a alguns dias não conseguiu prosseguir pois estava apaixonada por tanta beleza, os dois então sem se questionarem de nada apenas deixaram a emoção tomar conta e deram então a origem ao primeiro herdeiro  de Eldarya, o qual se denominava Alexander, o que o pai do garoto não sabia é que a bela moça na verdade viera de um universo diferente, de um mundo diferente, o qual se tinha o nome de Eldarya, e então o fruto do amor impossível dos dois acabou tomando conta e responsabilidade de governar o mundo perdido, mas vez ou outra vinha para o mundo dos humanos para procurar a moça que tanto sonhava, e um dia finalmente a achou, e então foi se dando origem a toda a população de Lugar Nenhum e os seres místicos de Eldarya, fazendo assim a mistura entre os genes e as distintas raças.
 Essa é a tão famosa lenda da origem dessa ultrapassada cidade, por mais que não pareça ela já teve seus dias de glória, era populosa e cheia de vida e festas, mas com o passar dos anos e o constante aumento das cidades mais famosas os habitantes começaram a se perder e não mais voltaram para cá, vocês meus jovens são a única esperança dessa cidade, de voltar a sua glória e tudo oque era antes, pessoalmente eu não vejo muitos adolescentes como vocês interessados em livros ou mistérios, parece até loucura, mas fico feliz por poder contar com a presença de vocês -

Alex estava pasmo, nunca ouvira tamanha lenda, embora ter cara de ser bem famosa ele nunca havia sequer pensado em história comparada a aquela, mas estava satisfeito, porém ainda mais dúvidas o subiam a cabeça.
 Foi então que em um vulto rápido, a garota passou correndo por ele e se dirigiu a saída, sumindo rapidamente de vista antes que pudesse se dar conta, hum vai entender, a senhora apenas o pediu para ignorar e que aquilo já era se considerado um hábito "Normal" da garota, por mais que bizarro.
 

Ao escutar o barulho de buzina de seu carro o garoto rapidamente se vai e agradece a senhora por ter deixado ficar com o livro, não sabia oque viria a seguir, não sabia oque iria acontecer, mas queria descobrir a todo o custo.

 FIM DO CAPÍTULO QUATRO.