O lugar de onde se aproximavam parecia de filme, com suas paisagens deslumbrantes e ambiente acolhedor, com inúmeros animais silvestres e águas cristalinas, como Alex veio do interior de Belo Horizonte nunca foi de ver muitas coisas bonitas como viu aquele dia, e ainda mais que morar em uma cidade grande como São Paulo não é uma das melhores escolhas para contemplar lugares como esses.
Seu pai logo estaciona o carro embaixo de uma árvore gigante e o garoto se apressa pra pular de dentro do veículo para explorar o lugar, diferente de muitos adolescentes modernos que preferiam ficar só dentro de casa em seus smartphones, Alex havia se criado no interior de uma cidade bem humilde, e com seu avô sempre adorava passar horas andando por florestas e escalando árvores, como se mudou para a grande cidade grande não tinha o privilégio de fazer isso todo dia, agora era sua hora de ouro para poder gastar toda sua energia guardada e relembrar os bons e antigos tempos que passou com sua família e amigos em sua cidade natal, e assim, começou a peralmbular por algumas árvores perto de uma grande lagoa que saia de uma enorme e incrível cachoeira. Enquanto caminhava entre as mesmas ele pode reparar vários nomes de casais entalhados nas antigas madeiras, haviam inúmeros nomes e marcas deixados por muitos estranhos que nunca saberia quem eram, "Heloisa e Eduardo" , "Amanda e Daniel", "Antônio e Joana", e muitos outros nomes que se espalhavam pela maioria das árvores. O garoto se perguntava se algum dia poderia fazer a mesma coisa, deixar sua marca com outra pessoa em um lugar especial, nunca foi de fantasiar sobre romance e coisas afim, mas sentia que queria viver aquilo com alguém, porém no dia em que ia pedir sua amiga Luiza em namoro a mesma o expôs pra escola inteira e desde então não se falaram mais, droga o amor realmente machuca, mas ignorando tudo e torcendo pra que fosse azar, ele ainda não desistira.
Mas então invadindo seus pensamentos distantes mais uma vez, sua mãe o interrompe o devaneio do garoto e o chama para guardar as coisas dentro da cabana e escolher um quarto, o mesmo assim o faz. Chegando a uma pequena escada de carvalho antigo, que range de uma maneira desconfortável toda vez que coloca o pé encima dela, ele se aproxima de uma área rústica, com uma cerca de madeira entalhada em pequenos detalhes brutos, ele não sabia se eram propositalmente feios ou simplesmente não tiveram tempo de construir direito, mas gostou da temática antiga e achou com um ar bem sofisticado. Abrindo uma grande porta com pequenas janelas embutidas, se depara com uma sala de estar muito bonita até, com grandes poltronas e um tapete branco de veludo, uma mesa de vidro circular bem ao meio e um belo lustre de pedras prateadas pendurado ao teto, e uma laleira de pedras estilizadas para parecer com um ar antigo. O garoto se impressionou pois mesmo que o ambiente lhe parecesse chique ainda trazia um ar de aconchego e simplicidade. Desviando da sala por um curto corredor ele dá de frente com uma escada, com seus degrais largos mas um tanto quanto acabados, os quartos ficavam lá encima, inseguro se o peso das malas não faria com que a escada cedesse ele subiu primeiramente sozinho e agora tinha de escolher onde iria ficar.
Os quartos não pareciam se diferenciar muito um dos outros, mas o que ficava bem á frente da escada o chamou a atenção, então decidiu adentrar, e logo soube que era aquele quarto que procurava. Sua mobília era simples porém como todo o resto da casa trazia um imenso conforto que não poderia explicar, uma pequena cama de solteiro ao canto da parede, uma estante para guardar livros ou coisas do tipo, um tapete bordado mas muito bonito vinho escuro, sem muitos detalhes, uma estante á esquerda e um cabide, e a coisa que mais o chamou atenção, uma imensa varanda, a janela do quarto cobria quase toda a parte da varanda, com portas de vidro e cadeiras á fora, uma pequena cobertura e algumas plantas á beirada, e o mais bonito de todos, a vista para a cachoeira e o sol se pondo ao fundo, ao ver aquela cena seu coração se reacendeu e uma leve brisa de verão mexeu com seus cabelos, se sentindo muito acolhido por aquele lugar, se sentou na cama e esperou a noite cair.
FIM DO CAPÍTULO CINCO.
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ELDARYA - O Mundo Perdido
FantasyAlex, um jovem de 17 anos, magro e de longos cabelos longos e negros estava cansado de sua vida corrida, onde se mudara para uma grande cidade na região de São Paulo e desde então teve de encarar muitas dificuldades em seu novo lar, seus pais sempre...