Capítulo 3

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New York, EUA

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New York, EUA

Eu particularmente não gosto de crianças. Alguma coisa nelas me irrita. Mas eu tenho exceções, os meus sobrinhos.

Clarisse corre até mim e eu a pego no colo, dando um beijo em sua bochecha redonda.

- Olá minha pequena.

Clarisse tinha os cabelos loiros iguais de sua mãe, ela seria idêntica a minha cunhada se não tivesse puxado os olhos de Bambam, que eram idênticos ao do papai.

- Fiquei surpresa quando Bambam me contou que a caçula da família tinha assumido as empresas LeBlanc.- Irene diz e ergue a sobrancelha, dando um sorrisinho.

De todos os meus cunhados e cunhadas a Irene é a minha preferida e a que eu tenho mais contados. Nós conversamos frequentemente pela webcam e nos damos bem.

- Foi surpresa até para mim. Aqueles idiotas sempre querem mandar em mim e decidir as coisas sobre a minha vida antes de me comunicar. Eu odeio isso - bufo e me sento em um banco do balcão da minha cozinha.

- São seus irmãos mais velhos, só querem seu bem. Não seja rude. - Irene da de ombros e eu estreito meus olhos.

- Depois que você virou mamãe só sabe me dar lição de moral - minha sobrinha começa a brncar com as pontas do meu cabelo e eu escuto o barulho do elevador na sala de estar, indicando que o meu querido irmão mais velho havia chegado.

- Ah não - deito a cabeça no balcão e escuto a risada da loira - alguém me salva da tortura que está por vim, por favor?

- Pensa pelo lado positivo, Gael está com ele - minha cunhada se refere ao bebê de dois meses que eu não havia conhecido pessoalmente ainda.

- Tem razão! - deixo mais um beijo na bochecha da miniatura loira em meu colo e a coloco nos braços de Irene.

Saímos da cozinha e fomos para a sala, onde vi Bambam com um pinguinho de gente em seus braços. Corri até ele e peguei o meu novo sobrinho em meus braços.

- Ai ele é lindo, se parece comigo - digo convencida e Bambam revira os olhos.

- Não, ele se parece comigo, assim como você se parece comigo! - olho para meu irmão e o julgo com o olhar.

- Não tira o fato de se parecer comigo, esquisito!

- A sua educação me deixa admirado pirralha! - Bambam diz em um tom de deboche e passa por mim bagunçando os meus cabelos. Ignoro a provocação do mais velho e faço um carinho de leve na bochecha de Gael.

Bambam se auto-convidou para um jantar em minha casa. É uma sexta a noite e eu planejava estar em uma balada, me agarrando com alguém, mas não, meu amado irmão é abusado e aparece em um jantar em minha casa na cara dura!

...

As crianças já haviam dormido e agora estava apenas eu, Irene e Bambam sentados na sala com taças de vinho nas mãos.

- Creio que Sana já tenha lhe dado um sermão sobre o que você aprontou no velório da mamãe, certo? - Bambam me pergunta e eu reviro os meus olhos.

- Já sim e vou dizer a você a mesma coisa que eu disse a ela: quem tinha o direito de me dar sermão estão a sete palmos da terra!

- Que horror, olha como você se refere a eles! - meu irmão diz como se eu tivesse falado algo totalmente inapropriado.

- Eu menti, Bam? - ergo a sobrancelha e bebo um bom gole do vinho.

Ele nega com a cabeça e abaixa a cabeça - não, você não mentiu. Papai e mamãe estão mortos e restou só a gente, e como o seu irmão mais velho eu me sinto no direito de dizer que isso que você faz quando alguém morre não é normal.

- Eu faço o que eu quiser. Qual o problema de vocês com a minha vida sexual? Eu juro que eu realmente tento entender.

- O problema não é com sua vida sexual e sim e sim com o motivo que você a usa! Qual é Lali, você já chorou?

Mordo o meu lábio e nego com a cabeça - você sabe que eu não consigo..

- Seja uma pessoa normal e chore pela morte de sua mãe, cacete! - Bambam se exalta e consigo ver Irene colocando a mão em seu ombro e dizendo alguma coisa em seu ouvido.

- Eu não tenho culpa de ser totalmente fodida das ideias, Bambam - levanto e pego a garrafa de vinho que estava na mesa de centro, enchendo a minha taça - eu sinto muito por não ser perfeitinha igual todos os outros LeBlancs. Nasci errada, eu sei, não precisa ficar me lembrando disso todos os dias, porra!

- Olha gente, vamos conversar normalmente. Vamos trocar de assunto, pelo amor de Deus, fazia dois anos que vocês não se viam! - Irene diz em um tom alto e eu e Bambam ficamos calados.

- Eu acho melhor a gente ir embora, essa garotinha tira a minha paciência.

- Bambam.. - a loira tenta converter a situação.

- Vamos, amor! - Irene respira fundo e se levanta. Os dois caminham até o quarto em que os bebês estavam dormindo e logo aparece com os dois em seus braços - tchau Lalisa, vê se pensa em suas atitudes.

- Vê se educa os seus filhos e não a mim!

Os braços de minha cunhada me envolvem e ela se despede de mim - não liga para ele, vejo você logo logo.

E com isso os dois entram no elevador e saem do meu apartamento.

Seguro a minha vontade de chorar e pego meu celular no bolso traseiro da minha calça de couro, discando o número de Jeon.

Consolo | JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora