Uma semana se passou desde a minha chegada, o clima estava tão denso ainda, Alfonso não apareceu desde então, Anahi não respondia as minhas mensagens, a culpa me dominou um pouco, mas não deixar o Alfonso ter aquela atitude comigo, o que me fere é que ele tenta me ferir quando o assunto é o Daniel, ele não percebe que deve curar a ausência que ele fez ao Dani.
Mariazinha estar super adaptada, mas é apenas uma bebê, não entende o quão drástica foi a mudança de país, pessoas e briga, Daniel todos os dias quer ligar para os tios, e assim notei a diferença de quando ele foi para New York comigo, pois ele não passava bastante tempo falando com a nossa família no México.
Os meninos tentavam arrumar sempre tempo para atender as ligações, mas nem sempre era possível, e eu entendia, o Daniel apesar de ficar triste, mas ele tentava entender, quando eles não podiam atender, eles mandavam áudios e fotos.
- Maria. - escutei algumas leves batidas logo depois.- Quero conversar com você.- olhei para o relógio e o ponteiro marcava as seis e meia da manhã.
Daniel e Maria ainda estavam dormindo comigo, não conseguia cortar essa nossa mania, eles poderiam ficar em seus quartinhos, mas gosto deles grudadinhos em mim.
Cobri os dois com a coberta e fui até a porta, assim que abri o Alfonso entrou no meu quarto, ele olhou em direção a cama.
- Os dois estão dormindo?
- Sim, como você mesmo pode ver.
- Quanta ignorância.- ele deu uma leve coçada na cabeça e me encarou.- quero resolver minha diferença com você.
- Não só comigo, pois Daniel é afetado muito mais.
- Sim, apenas quero resolver.
- Me espera no meu escritório.
- Sério que você vai levar essa conversa para onde você é a parte que domina o local?
- quer conversar aqui e acordar às minhas crianças?
- suas não, até por que aqui não existe uma hierarquia de poder sobre eles.
- Jura que você quer resolver algo comigo?
- ok, Dulce, eu espero você no seu escritório.
Alfonso saiu do quarto e eu tranquei a porta, fui fazer a minha higiene, assim que descia a escada eu senti o cheiro do café que eu amo, olhei de relance para a direção da cozinha, e o Alfonso vinha com dois copos na mão.
- Sabia que você iria precisar e deixei esquentando.- agradeci e peguei o copo quando ele me estendeu a mão.
Fomos em direção ao meu escritório, Alfonso sentou na cadeira e eu na minha, tomei uma boa quantidade do meu café e olhei para ele.
- bom, vamos começar a conversa?
- sim, primeiramente quero pedir desculpas pelo o ocorrido no dia da sua chegada.- segurei novamente meu copo e dei um outro gole, mas dessa vez com a quantidade menor.
- Eu também quero pedir desculpas, pois Anahi deve estar machucada, não me responde e eu não quero isso, pois cresci com eles em minha volta, e ela estar em uma fase importante.
- Assim como você, pois estar com duas crianças, a responsabilidade maior.
- Poncho, posso dizer meu problema com você.- Não queria da voltas com o assunto, queria resolver e ser direta.
- Pode soltar o que estar preso.
- Daniel sempre vai ser meu foco, a Maria veio para multiplicar o amor, pois somos unidos, e ele ama a irmã dele, eu fiz a introdução aos poucos, senti medo de ele negar ela.
- E isso eu entendo, estou tentando fazer o mesmo.
- Mas isso não vai funcionar conforme você quer, Daniel não teve você presente, sempre teve uma outra ideia de pai, Christian era quem estava presente nas apresentações do Dani, na vida e de quando ele precisava de um pai, mas eu nunca deixei ele idealizar isso, então tentava introduzir você na vida dele.
- E eu reconheço o meu erro, com o Manu eu aprendi isso.
- Não é raiva e nem dizendo que você estar errando, antes tarde do que nunca essa mudança, mas você teve todas as oportunidades possíveis com Daniel, mas sabe quando realmente parecia que seu papel de pai funcionava?
- Você estar dizendo que eu não funcionava como pai por que eu não queria?
- Eu estou dizendo que você só funcionava quando ele estava em risco, quando ele sofreu acidente e por aí vai.
- Dulce, eu errei e estou tentando concertar meu erro, preciso que você deixe eu participar da vida dele, assim como deixar o Manu.
- Nunca proibi você de algo, mas tenho cuidado com os meus filhos.
- Falando em cautela, você avisou ao Christopher?
- É um assunto que eu não devo satisfação a você.
- Por que você sempre fica na defensiva?
- Maria e o Dani são intocáveis.
- Isso eu sei, mas estamos falando sobre o pai dela, você me julga tanto, Dulce por não ter sido presente na vida do Daniel, que estar fazendo com que o Christopher seja igual.- Eu levantei apontando o dedo para ele.
- Você não tem o direito....-Poncho ficou de pé no mesmo instante também.
- Eu posso não ter o direito de falar como pai, mas tenho o direito de falar como amigo, cuidado, pois pode ser tarde, pois ele ama ela, não sei como estar o convívio deles no momento.
- Não quero contato nesse momento...
- Vai ser em qual? Quando ele querer a guarda?
- Não, nem pensar, ele não seria doido.
- Dulce, espero mesmo que ele não seja, mas vai ficar furioso em saber que ela estar tão perto e não foi dito nada a ele.
Caminhei até a porta, chamei ele e saímos do escritório, Dani estava no sofá e assim que viu o pai, a expressão dele mudou.
- Dani, fala com o seu pai.
Ele se levantou e foi até o Poncho, os dois pareciam estranhos, o abraço saiu todo desajeitado. Belinda descia as escadas com a Maria no colo, a mesma estava chorando, fui pegá-la, pois queria mamar.
- Irei levá-lo, quero passar um tempo com ele.

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L.D|2°Tem|
Fanfic"Recomeçar" Essa proposta da qual eu aceitei era o meu grande Recomeço, Belinda ia crescer na carreira, eu iria conhecer pessoas novas, recomeçar uma nova vida, iria reencontrar pessoas da qual eu amava e conviver novamente com elas, iria proteger o...