Capítulo 66

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- Maria seus filhos são o que tem mais de importante na minha vida.- Maite colocou Daniel de volta a cama.

- Titia, olha a minha irmãozinha.- Daniel sentou ao lado da Mariazinha.

- Linda, Daniel, muito linda, igual a você.- Maite segurou a mão do Daniel e beijou.- Dul, acho que eu ainda não consegui expressar minha saudade.

Ela veio em minha direção e me abraçou com bastante força, Daniel começou a rir e se juntou ao abraço.

- VAMOS FESTEJAR.- Maite gritou, tentei fazer com que o grito não saísse, mas era tarde, só escutamos o choro da Maria logo depois.- desculpa.

××××

As coisas estavam tão estranha, andava pelo apartamento e não sentia mais a mesma conexão, pedi par Maite ligar para minha mãe, mas sem revelar que eu estava aqui.

- o que está achando? - Ela perguntou assim que entrou em meu escritório.

- Estranho.- Disse em uma resposta rápida e direta.- Sinto que não é mais meu lar, sinto falta dos meninos.

- Mas estamos aqui.- Ela disse sorrindo.

- Eu sei, e eu me sinto mal por isso, pois quero eles e estar lá.

- É uma nova adaptação, e estamos aqui para ajudar você.

Olhei para Maria no colo da Maite, eu revisava alguns documentos que não estavam ali quando viajei.

- Mamãe, o tio Christian.- Daniel entrou correndo em meu escritório, ele deu uma parada brusca próximo da Maite, pois era um dos locais que ele não tinha acesso no apartamento.

- Dulce Maria, não acredito no que meus olhos estão vendo.- Ele entrou logo após o Daniel, ele segurava a mão de um garotinho.

- Surpresa.- falei sem graça.

- Como você faz algo assim? Por que você não avisou?

- Eu queria algo tranquilo.- disse tentando me desviar do assunto.

Nem eu entendia muito bem o motivo de não ter comunicado a eles, mas quis algo mais meu, da Bel e do Daniel, como a Maria não entende essas coisas, então ela só ia chegar e dormir, nós três era diferente, íamos querer descansar, mas íamos ser bombardeados com todos eles, principalmente pessoas no aeroporto, caso eles fossem nos buscar.

- Esse garotinho é o...

- Manuel...- ele disse em um tom baixo, mas que deu para compreender.

Daniel olhava para ele com bastante curiosidade, eu tentava decifrar se estava passando mais algum tipo de sentimento, escutamos a voz da minha mãe, Daniel abriu um sorriso de pura felicidade.

- Mãe? - chamei por seu nome.

- Dulce?

- No escritório.- respondi ela, todos olharam em direção a porta.

- Minha filha.- minha mãe veio correndo me abraçar.- Você esta bem? Como assim?

- uma longa história, tanto explicar depois.

- Como está o neto favorito da vovó?- Manuel e Daniel foram ao mesmo tempo para perto da minha mãe, no mesmo momento Dani olhou confuso e foi se afastando.

- O que foi, Dani, vai lá com a sua vó e o Manu.- Chris tentou encorajar ele, o mesmo negou e veio em minha direção.

- Onde está o Tio Lisardo?

- Subindo com uns equipamentos, pois ele teimou que poderia ser algum tipo de serviço que a Maite estava precisando.

Escutamos um estrondo de algo caindo e logo depois a voz do meu tio Lisardo, ele deve ter encontrado a Belinda descendo as escadas. Chegamos na sala e nos deparamos com os dois chorando e abraçados.

- que saudade, minha filha amada.

Ele abriu os olhos e me procurou, assim que encontrou ele me chamou para um abraço, segurei a mão de Dani e levei junto comigo.

Nós quatro se abraçamos, agora eu consegui me sentir em casa, sentir que tudo realmente ia ficar bem, minha mãe pegou a Maria e veio em nossa direção para se juntar ao abraço.

- Eu amo muito vocês! - meu tio falava baixinho para nós.

- Onde está Anahi e Poncho? - fiz a pergunta, as lágrimas banhavam meu rosto

×××××

- Que saudade eu estava desse tempero.- Eu disse olhando direto para minha mãe.- Fez falta.

- Somente a comida fez falta? - Maite perguntou, olhei para ela sem entender.

- Não, eu estava com saudade de vocês, muita saudade.

- Como a Dulce terminou a refeição, acho que eu vou roubar ela um pouquinho, preciso mostrar os quartinhos.- Afirmei com prontidão e fui em direção a saída da cozinha.

O que não faltava a Maria era colo e carinho, nesse momento ela estava com Christian, pedi para que todos deixassem em segredo a minha volta, pedi para que nada fosse publicado em redes sociais, eles concordaram comigo.

- E o Christopher? - minha mãe segurou a maçaneta da porta  impedindo minha entrada no quarto de Maria.

- Vamos entrar no quarto, estou ansiosa para vê-lo.

- Vamos, mas quero que você me diga.

Minha mãe abriu a porta, eu passei e meu coração se encheu de emoção, era muito precioso, da forma que estava na planta, amei cadê detalhe, olhei em cada cantinho e cor que ali tinha.

- Maria, o Christopher é o pai dela.

- E eu sou a mãe, agora ele pode me jogar na justiça, pois eu estou em meu território, posso lutar ainda mais com unhas e dentes.

- Não seja tão confiante.

- Mamãe, ele me traiu.

- Você nunca escutou...

- Não complete isso, pois só eu sei o que eu passei, somente eu sei o que eu tive que sofrer na gravidez e antes mesmo de saber dela, quase eu perdi a Maria, e isso foi por culpa dela.

- Ele literalmente ainda mora no apartamento, ele fica aqui durante a semana.

- E o que isso desrespeita a minha pessoa?

- Para de ser ignorante, uma hora ou outra ele vai saber, e ele vai querer contato, e é melhor que seja você a dizer a ele que estão aqui, pois o Daniel não é invisível e muito menos vai querer ser mantido preso por conta de sua vontade de ser tão orgulhosa.

- Mamãe...

- Mamãe nada, estou sendo sua amiga, estou aconselhando você, avise ele enquanto a tempo.

- Posso mentir que Daniel estar passando um tempo com o pai.

- Você fala sobre a mentira dele, mas você estar plantando várias mentiras e fazendo o mesmo, cuidado, mocinha, o karma pode vir forte para seu lado.

Minha mãe consumiu a minha mente com as palavras dela, ela me chamou para eu ver o quartinho do Daniel, e estava tão perfeito com a reforma, tinha muito privilégios de ter a minha família.

L.D|2°Tem|Onde histórias criam vida. Descubra agora