POV Christopher Uckermann
Assim que recebi a ligação do meu pai, eu fui direto para o apartamento da Dulce, fiquei andando de um lado para o outro até realmente ter coragem de ir na porta, bati com toda a força, depois de uns segundos quem abriu foi a própria Dulce, sua cara foi de insatisfação, logo atrás dela estava Belinda.
- Pensei que era a louca da sua mulher mais uma vez tentando encostar a porra da mão dela na minha irmã. - Belinda disse em um tom rude.- Aprenda a segurar seus animais selvagens.
- Vim ver como ela estava, Bel, teria como nos deixar sozinhos?- minha voz saiu como uma súplica.
A mulher da minha vida estava na minha frente e com um olhar de raiva, sentia meu peito doer em imaginar que ela foi agredida, e ele doía ainda mais quando eu sabia que o motivo era eu.
- Está tudo bem, Bel. - Dulce me deu passagem.- Vamos para varanda?
- Pode ser aqui na sala mesmo, prometo ser rápido.
- Então nem precisava entrar. - Ela cruzou os braços e ficou me encarando.
- Eu vim aqui pedir perdão pelo o ocorrido de hoje, não sabia que ela ia surtar a esse ponto, depois do shopping...
- Não quero explicações do que ocorreu depois do shopping, eu não quero sua mulher perto de mim, Sr°Uckermann, muito menos próxima da minha filha. - Dulce disse em um tom autoritário.
- Como você citou a nossa filha.- Ressaltei no mesmo tom que ela usou- Quero meus direitos em relação a ela, irei fazer o impossível por ela.
- Agora você lembrou que ela é sua filha, Christopher? - ela riu com ironia.- você não se preocupou com ela em absolutamente nada, apenas fingiu ser pai quando ela nasceu, depois desapareceu, Christopher.
- Eu errei, mas meu erro eu tenho como justificar... - Fui interrompido por ela.
- Como justifica ser pai ausente? Não sabia que ser ausente na vida de uma criança tem justificativa.
- Perdão novamente. - Dulce revirou os olhos.- Mas se eu nunca tivesse acesso ao meu e-mail, quando eu iria saber que ela é fruto do nosso amor?
- Não envolva nós nessa conversa, aqui é sobre a Maria Paula Uckermann Saviñon, nada além disso, se você quer conversar sobre algo a mais, peço que se dirija a porta de saída, pois não sou obrigada a escutar baboseira.
- Eu quero saber quando posso vê-la, quando posso ter momentos com ela.
- A minha filha tem 3 meses, não permito a saída dela sem a minha supervisão, caso queira ver, podemos combinar horários e você pode ficar aqui no apartamento com ela.
- Nem levá-la ao meu apartamento posso?
- Local que a sua esposa tem acesso e a minha filha correr o risco de ser maltratada? - Ela me olhou com incredulidade. - Não mesmo.
- E outra coisa que eu gostaria era de poder passar ter momentos com Daniel também.
- Você está pisando em um campo cheio de bombas, Daniel não é nada para você, ele tem mãe, que sou eu, e um pai chamado Alfonso.
- Dulce, para de ficar na defensiva, eu apenas amo o Dani e gostaria de participar da vida dela.
- A Veronica me agrediu na frente do meu filho, ele ficou desesperado e chorou bastante, você acha que quero correr o risco de acontecer algo com ele? Daniel passou por tantas coisas por conta da ex do pai dele, por culpa do meu ex, você acha mesmo que eu vou querer ferrar com a vida do meu filho por culpa da sua esposa? - Neguei com a cabeça. - Uma coisa é você querer ver sua filha e ter momentos com ela, outra coisa é você querer uma criança que não é sua, e nem a sua filha eu tenho confiança de deixar com você, não sei do que você é capaz.
Aquelas palavras foram um tapa, eu entendia a Dulce, mas era difícil toda aquela situação, pois queria poder ter o mesmo acesso que os meninos tinham na vida dela e das crianças em NY, isso me matava de odio, pois eles iam quantas vezes queriam no apartamento, ficaram com a minha filha como se fossem os pais dela.
- Eu espero que você não mude de ideia, irei acertar tudo com a sua advogada, Dulce, apenas suas palavras não são o bastante.
- Vai querer um teste de paternidade também ?
- Não preciso, pois uma das certezas que tenho na vida, é que a Maria é nossa filha, nos fizemos ela juntos e com bastante amor. - O olhar de Dulce ficou cheio de ódio.
- Saia do meu apartamento, seu cretino.
- Tenho que ir mesmo, minha esposa me espera, mas antes quero ver minha filha, preciso ter certeza que você está cuidando dela com carinho e amor.
- Sai do meu apartamento agora, Christopher.
- Não, eu quero ver a minha filha.
- Eu estou aturando você, estou pedindo com paciência, saia do meu apartamento.
- Eu vou, mas não se esqueça que eu volto, e amanhã cedo. - Sai do apartamento e a porta foi batida com toda força.
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Assim que abri a porta da casa que eu morava, encontrei veronica jogada no sofá, sua maquiagem toda borrada por conta do choro, as garrafas de bebidas que ficavam no meu quarto, estavam com ela no sofá, a sala estava um caos.
- Chegou, meu amor, estava com saudade.
- O que isso significa? - perguntei sem acreditar no que estava vendo
- O que isso significa? VOCÊ FOI ATRAS DA VADIA, eu sei que foi, você é meu marido, apenas meu, não precisa ir correndo atrás dela.
- Você ficou louca?
- Não, Christopher, eu apenas sei onde você estava, liguei para o condômino, você foi vê-la, O QUE ELA TEM QUE EU NÃO TENHO?
Veronica gritou e caminhou cambaleando para cima de mim, notei que em sua mão estava minha foto com a Dulce, ela percebeu que eu vi a foto.
- Eu encontrei isso, seu madito, como você é capaz de ainda guardar algo dela na casa em que moramos.
- Verônica, eu amo a Dulce, ela é meu verdadeiro amor, você pode surtar quantas vezes quiser, mas nada vai mudar isso.
- Eu odeio você, vou arrumar um jeito de destruir o amor de vocês.
- Isso destruirá até o carinho que tenho pelo o que você representava na minha vida antes de se tornar esse ser humano que é hoje em dia.
- Eu não ligo mais para nada, você não me ama como eu gostaria e isso é o que me mata, Christopher.
Ela começou a chorar, eu não estava afim de passar por aquilo novamente, segurei suas mãos e a levei para seu quarto, precisava ajudar ela tomar um banho e deitar, ela me abraçou e falava que me amava, tentou me beijar, mas não deixei, coloquei ela no chuveiro com roupa e tudo, depois de alguns minutos pedi para ela trocar de roupa que iria esperar ela no quarto, dei um remédio a ela, pois ela precisava dormir, após isso fui arrumar a bagunça na casa.
Recolhi todas as garrafas, separei as coisas que ela havia quebrado e peguei a minha foto com a Dulce pata guardar, eu ainda sentia ódio de mim, eu tive a oportunidade de mudar toda a situação, tive um mês para decidir continuar com a mulher da minha vida ou continuar com o apoio que a família da Veronica me dava, mas o medo me dominou, não queria abrir mão da Dulce, Veronica estragou muitas coisas, mas eu sei que a culpa maior quem carrega sou eu.
Por todas as minhas ações eu não acompanhei o desenvolvimento da minha filha, não acompanhei o nascimento e os meses de vida dela, eu sentia muita raiva dos meninos, mas sabia que eles ajudaram muito na Dulce, e eu era agradecido por isso, mas não quero que a minha Maria cresça achando que eu não quis ser o pai dela.
Terminei de arrumar a bagunça e fui para meu quarto, a zona estava maior lá, não queria perder tempo organizando aquilo, até porque eu precisava organizar a minha mente. Olhei o relógio e ele marcava as meia noite e meia, peguei a chave do meu carro e acelerei o mais rápido que podia, assim que cheguei no meu destino eu não conseguia mais controlar a ansiedade que estava sentindo.

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L.D|2°Tem|
Фанфик"Recomeçar" Essa proposta da qual eu aceitei era o meu grande Recomeço, Belinda ia crescer na carreira, eu iria conhecer pessoas novas, recomeçar uma nova vida, iria reencontrar pessoas da qual eu amava e conviver novamente com elas, iria proteger o...