Capítulo 4

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Vg

Tava pensando sobre o que o Th disse, mano tava certo sobre eu ir pra uma missão suicida. Eu ia pra morrer, isso era certo

Realmente acho que não compensava ter me envolvido no bagulho errado pra matar o cara e um passo falso eu morrer por isso.

Pedi o Thiago pra chamar o comando pra uma reunião, já falei o assunto pra ficar ciente de quão grande era o problema.

Não tava nem aí mais pra nada, relembrar os bagulho que passei com minha mãe e esse filho da puta me deixou no ódio puro.

Hoje tinha invasão aqui na área, eu ia comandar a operação.

Tinha marcado a reunião pra quinta feira, no PPG. Tava nervosão sem caô.

Tava de marola com os cria, quando o sinalizador subiu no céu, geral foi pro seu posto. Eu tava calmo, já tinha comandado outras operações de frente.

Fomos descendo o morro, pra onde ficavam as armas, colete e a porra toda.

Vg: Pikeno, P2 e Th comigo na viela do bosque, atento a qualquer bagulho. -falei no radinho.

Pikeno: Marca 2, tô no aguardo do Pavão.

Th: Tô subindo agora, porra eles tão subindo bolado, não vamos conseguir. - disse ofegante e deu pra ouvir os barulhos dos tiros.

Vg: Papo de emocionado, tá dando pra trás agora? Qual foi? - acabei dando descuido e levando um tiro no braço. Thiago caralho, levei um tiro porra.

Th: Sobe então, pela viela tá livre, vai pra casa do Tatu, bora bora porra. -falou nervosão.

Vg: Vou não, aqui não se abandona um posto, eles tão subindo e tão com porte. Vou continuar aqui, prendi minha blusa e tá mec.

Pikeno: Chefe eles tão descendo, tão deixando o morro porra.

O sinalizador subiu, dando a entender que eles tinham ido embora. Deitei no chão enquanto meu braço sangrava igual um porco. E fui apagando aos poucos.

Letícia: Acorda porra. -deu uns tapas no meu rosto. Caralho Vagner acorda por favor, não morre não pô.

Vg: Qual foi cara? Tava dormindo um pouco. Muitos dias de plantão. - falei na graça e ele riu de lado.

Letícia: Se você me deixar nesse morro sozinha, eu vou até o inferno te buscar. - sorri pra ela. Vai tomar banho Vagner, pra limpar o ferimento. - neguei rápido. Vai logo porra.

Fui rápido, pra ela não me bater. Letícia não tem paciência pra nada, qualquer coisa ela fica puta.
Sai do banho e tinha uma roupa na cama pra mim, vesti rapidão e fui pra sala. Ela já tava com as paradas pra fazer o curativo.

Letícia: Não tô fazendo isso por você tá, quero voltar pra minha casa e você sabe que eu preciso disso. -falou séria.

Vg: Eu sei Letícia, eu sei. Tô na meta de alinhar as coisas, fica no aguardo só mais um tempo.

Letícia: Caralho Vagner eu não tenho tempo, seu pai é louco. Se ele descobre que eu tô viva, ele volta pra me matar e você vai junto.

Vg: Marquei reunião com o Comando essa semana, vai ficar tudo bem. Eu prometo. - disse na esperança que realmente tudo ficasse bem.

O LimiteOnde histórias criam vida. Descubra agora