Leleto
Namoral as vezes eu sentia que o Vg era um grande filho da puta, porra quem ele pensa que é pra vim botar moral pra cima de mim.
Vg: Ele atirou em mim porra, olha a porra do meu ombro sangrando. - falou gritando na minha cara.
Virei o rosto putão, tava fácil, achando que a vida é um morango, não fode.
Leleto: Eu tô somente te avisando, ainda não tô enchendo sua cara na bala, segura sua emoção. Esse morro não é seu. Quem manda aqui sou eu. - tava cansado desse menor de Tróia pro meu lado, última forma.
Vg: Hoje é a reunião. Não esquece de levar acompanhante. Ninguém sabe direito sobre o porquê eu pedi uma reunião. - confirmei e fui saindo dali, pra não matar esse filho da puta.
Acionei os cara pra fazer minha segurança e confirmei teti a teti. E fui descendo pra praça, sentei lá e fiquei observando a movimentação.
Confio pouco nas pessoas, pode tá colado contigo desde sempre e mesmo assim agora na trairagem, papo de que bandido tem que estar sempre preparado pra mancada do parceiro ao lado.
Crime é pra quem tem peito, pra quem sabe viver. Isso aqui não é brincadeira, é sair de casa sem ter a certeza se vai voltar. É saber que nem sempre o corre é pelo bem conjunto, às vezes é só por ego.
Vagner sempre vacila, e eu tô cansado de render, botar a cara pra ajudar e no fim me fuder pô. Sem neurose alguma, se quer agir no erro, não leva ninguém contigo.
Letícia sentou do meu lado enquanto eu fumava minha maconha tranquilo.Letícia: Vai levar quem pra reunião hoje? - perguntou pegando minha maconha e tragando.
Leleto: Vou levar minha coroa né, ela tá malzona porque não tenho visitado ela.
Letícia: Porra Leandro, você é muito irresponsável cara. Sabe o quanto ela sofreu com a perda do seu pai. Não pode largar de mão assim não, ela tem depressão, mas ainda sim fica doente de saudade. - ela disse e me entregou o cigarro.
Leleto: Eu sei cara, mas tá difícil manter tudo em ordem. E agora o Vg começou a apertar minha mente, como se eu fosse pai desse filho da puta. Ele tá se tornando pior que o pai. - ela concordou fechando os olhos e ali eu já entendi tudo. - Ele te bateu de novo Letícia? - ela negou na hora.
Letícia: Não cara, ele só me trata igual uma puta, só me procura quando quer me comer ou quer algo de mim. Sei lá pô, tô cansada dessa guerra, não quero morrer nas mãos dele. Mas é isso que vai acontecer. - falou baixo.
Leleto: Eu vou te proteger, eu prometi não prometi? - ela concordou sorrindo de lado.
Letícia foi pra casa dela se arrumar, já que ela era obrigada a ir, já que a guerra também envolvia ela.
Piei pra casa também e fui logo me arrumar pra buscar a dona, na Sul já que eu mandei ela pra lá quando o pai morreu. Ela sofria muito por ficar onde ele morreu.