O táxi parou na casa da paraense por volta das 17h.
Alane, exausta e quase delirando com estresse das provas finais, pagou ao motorista, pegou suas malas e as arrastou até a porta da frente. Parte dela só queria deixá-las na varanda. A ideia de carregá-las escada acima para seu quarto era muito difícil para ela entender.
Ela parou por um minuto para se preparar para o bombardeio de perguntas de sua mãe. Foi quando ela ouviu a porta da frente bater na casa ao lado dela. Então olhou e viu uma mulher de mais ou menos 8 anos mais velha carregando uma sacola de ginástica e uma bola de futebol, jogando-as em um carro. Ela estava com uma calça cargo e um top esportivo, usava uma viseira preta que combinava perfeitamente com seu estilo.
Alane não tinha a melhor visão dela, mas não conseguia desviar os olhos. Como se sentisse que estava sendo observada, a Bande olhou para a Dias. Ela deu a ela um aceno rápido antes de entrar no seu carro e partir.
Alane acenou de volta, mas era tarde demais antes que ela registrasse que a garota a havia reconhecido. Ela sorriu de sua própria tolice e abriu a porta da frente.
- Mamãe? - ela abriu a porta da frente e imediatamente se sentiu em casa com o cheiro de panqueca batendo no seu nariz.
- Alane? - a Sra Dias apareceu da cozinha segurando uma colher de pau. - Você está em casa!
Ela envolveu a filha em um abraço e ajudou a trazer as malas para dentro da casa.
- Tacacá para o jantar? - Alane perguntou animadamente.
- Seu favorito! - confirmou Aline, mãe da Dias, enquanto voltava para a cozinha para mexer novamente o caldo. - Eu sei que você provavelmente está cansada. Então nós vamos ter um jantar rápido e eu só vou te prender por alguns minutos, antes que você possa descansar. Nós temos todo o verão para colocar o papo em dia, não é? Isso quando eu não estiver dando aula, quero dizer.
Alane assentiu e vasculhou suas malas tentando encontrar seu aparelho.
- Você já falou com a Anny? Eu sei que ela estava ansiosa para vê-la. - Aline desligou o fogão e virou-se para sua filha.
- Ainda não. Vou mandar mensagem amanhã. Quando Beatriz voltar, provavelmente iremos todas sair. Agora eu só preciso dormir.
Alane se sentou enquanto sua mãe colocava as duas cuias na mesa. Ela imediatamente tomou o máximo que podia para forrar o estômago. A Dias havia se esquecido de comer esta manhã e só agora se lembrou do quanto adorava o tacacá da sua mãe.
- Então, tem alguma novidade chocante acontecendo por aqui? - a Dias perguntou, com a boca cheia.
- Simplesmente impressionante, Alane. - sua mãe teve que rir de quão mal educada sua filha estava sendo.
- O que? - Alane disse após mais uma boa golada do caldo. - Égua, eu estava apenas fazendo uma pergunta. - Aline riu.
- Não, nada desde o natal. Nós apenas temos novos vizinhos, no entanto. Eu disse oi algumas vezes. Eles até parecem legais, mas meio que se mantêm fechados na maior parte do tempo e não parecem estar em casa com muita frequência.. E eu acho que eles têm uma filha mais ou menos da sua idade ou só um pouco mais velha. Talvez possa ser só uma parente deles os visitando. Honestamente, eu só a vi na semana passada.
- Sim, acho que a vi quando cheguei aqui. - Alane limpou a boca com as costas da mão e se levantou. - Obrigada pelo jantar, mãe. Estou precisando desesperadamente de um cochilo de no mínimo doze horas. - ela deu um beijo na bochecha de sua mãe. - Boa noite.
Aline suspirou e murmurou para si mesma. - Não, tudo bem. Vou limpar como uma ótima mãe que sou. E ah, não se preocupe com o guardanapo ao lado do seu prato e continue a usar as costas da sua mão como se fosse um babador.
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Open Windows, Open Hearts (Ferlane)
FanfictionAlane dias volta para casa após seu segundo ano de faculdade e descobre que tem uma nova vizinha, Fernanda. Seu interesse pela Bande começa a crescer. O que piora as coisas é que a Dias percebe que a janela do seu quarto dá diretamente para a janela...