Fernanda não dormiu. Ela passou o resto do dia preocupada e andando de um lado pro outro, esperando uma batida na porta ou a chegada da polícia para prender a bisbilhoteira. Seus pais a matariam. Pitel a mataria. Sua confeitaria iria por água abaixo. Tudo porque ela não conseguia controlar sua estúpida libido. A Bande odiava pensar que sua intensa atração por Alane acabaria por ser sua morte. Ela não teve coragem de ir até lá e se desculpar. Então ela esperou e esperou, mas nada veio.
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Às 5 da manhã, uma hora mais cedo do que costumava correr, a carioca finalmente saiu de casa. Ela não queria o risco de encontrar Alane. Então percebeu que a melhor coisa que ela podia fazer era correr. Para fugir dos seus problemas. Então ela correu. E ela continuou correndo, com muito medo de parar. A mais velha correu mais longe do que nunca porque estava com muito medo de voltar para casa. Nanda correu até não poder mais. Duas pernas cederam e a confeiteira quase desmaiou. Ainda assim, não era o suficiente pelo que ela havia feito. Derrotada, começou a caminhar de volta para sua condenação. Quando ela se aproximou de sua casa, começou a correr novamente, correndo para dentro da casa sem olhar em volta caso a morena estivesse por perto. Então correu escada acima, fechando e trancando a porta, se certificando de que as cortinas ainda estavam fechadas.
Se sentou um pouco no quarto, e agora ia ligar para Pitel quando ouviu a campainha tocar. Ela imediatamente congelou, muito apavorada para responder. Soltando um profundo suspiro, decidiu que era a hora de encarar o que havia feito. E então a mais nova desceu as escadas e abriu a porta da frente. Ninguém estava lá, mas ela encontrou um bilhete colado na porta.
- "Abra suas cortinas." - Ela sentiu o suor escorrer de seu rosto. Ela sabia que era de Alane, mas não conseguiu fazer o que dizia no bilhete. Em vez disso, ela jogou fora e passou o resto do dia assistindo TV e tentou aceitar a negação do que havia acontecido.
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Na manhã seguinte ela, ela encontrou outro bilhete esperando por ela.
"Tudo bem se você não abrir suas cortinas, mas pelo menos me mande uma mensagem. Você me deve isso."
Fernanda leu a nota algumas vezes e traçou seus dedos junto com o número de telefone que Alane havia anotado. Ela tinha adiado isso por tempo suficiente. A Dias estava certa. Ela devia a ela pelo menos uma mensagem.
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Alane estava sentada em seu quarto verificando seu telefone a cada poucos minutos. Ela mudou sua atenção de seu telefone para a janela de Fernanda e de volta para o seu aparelho, desejando que ela enviasse uma mensagem ou abrisse suas cortinas. A Dias teve alguns dias para realmente pensar em tudo que aconteceu quando Fernanda a viu se trocando pela janela. Ela quase se sentiu estúpida porque embora fosse capaz de ver claramente a Bande em seu quarto, não lhe ocorreu pensar que talvez deveria ter fechado as persianas enquanto se trocava, porque havia uma chance muito boa de Nanda poder vê-la em seu quarto. Então ela pensou que talvez inconscientemente, ela os deixou aberto de propósito.
Seu telefone tocou e ela instantaneamente começou a ler a mensagem de Fernanda.
Número desconhecido : "Bonequinha, eu não posso nem começar a te dizer o quanto eu sinto muito. O que eu fiz foi errado em todos os níveis. Eu não tinha o direito de fazer isso e você não tem motivos para me perdoar ou querer me ver novamente. Por favor, saiba que farei qualquer coisa para compensar você. Afinal tu é uma pessoa foda, que não merecia isso."
Alane leu o texto algumas vezes. O pedido de desculpas foi genuíno e sincero e a Dias quis dizer a ela que estava tudo bem porque ela fez exatamente a mesma coisa apenas alguns dias antes.
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Open Windows, Open Hearts (Ferlane)
FanficAlane dias volta para casa após seu segundo ano de faculdade e descobre que tem uma nova vizinha, Fernanda. Seu interesse pela Bande começa a crescer. O que piora as coisas é que a Dias percebe que a janela do seu quarto dá diretamente para a janela...