Em vez de se dispor a ser sugada para um buraco negro do abismo, Alane aproveitou um momento para se firmar, preparando-se pacientemente no corredor enquanto Alane se livrava do cobertor e vestia um jeans velho e uma camiseta. Ela deu uma rápida olhada na janela de Fernanda apenas para descobrir que ela não estava mais lá. Ela não sabia se isso a fazia se sentir aliviada ou desconfortável.
— Ok, meninas! Estou vestida. Já podem entrar.
Suas duas amigas abriram a porta e entraram no quarto, conseguindo evitar qualquer contato visual com ela. Um silêncio pairou no ar enquanto todas ficaram ali, sem saber o que dizer. Anny olhou para Bia, que olhou de volta para ela. Beatriz então olhou para Alane, que estava olhando entre as duas. O jogo de vôlei visual continuou por mais um momento antes que as três garoras caíssem na gargalhada simultaneamente. Elas fugiram até que seus estômagos doerem e seus rostos ficarem vermelhos, incapazes de controlar o ataque de riso.
Assim que finalmente se recuperou a algumas risadas e o fôlego, Alane quebrou o gelo.
— Quais as novidades?
Beatriz e Anny riram mais uma vez. — Diga-nos você, Dias.
— Sim. - respondeu Bia. - Existe uma razão para você estar esparramada na cama parecendo que estava pronta para levar uma dedada?
Alane jogou a cabeça pra trás dramaticamente. – Você precisa ser tão exagerada? Além disso, foram vocês que chegaram duas horas adiantadas. Foram vocês que decidiram que não havia problema em entrar direto na minha casa e no meu quarto sem bater à porta.
— Sempre fizemos isso. Só nunca fomos recebidas assim antes. - protestou Anny.
— Bem, não foi exatamente para vocês. - admitiu Alane
— Para quem foi?
— Eu estava apenas.. me secando ao ar livre após um banho relaxante.
— Você é uma péssima mentirosa, Dias.
— Ok, tudo bem. Eu estava.. tendi um momento comigo mesma.
— Você estava se masturbando no meio do dia? Sem nenhuma pornografia no fundo? Cacete, você está no período fértil? - somente Beatriz poderia transformar as palavras delicadas de Alane em algo tão contundente.
— Sabe, por mais que eu adorasse reviver meu constrangimento com vocês duas, acho que deveríamos deixar isso pra lá pela minha sanidade, faça o favor.
— Justo, por enquanto. - Anny concordou com a cabeça quando algo chamou sua atenção do lado de fora da janela de Alane. Ela olhou mais perto para ver o que era. - Oh meu deus, Alane. Sua vizinha está fechando as cortinas.
Beatriz correu para a janela. - Jesus, Dias! Você precisa ter mais cuidado. E se ela te viu? Quero dizer, ela poderia muito bem ter visto. Especialmente porque ela está fechando as cortinas agora.
Alane sabia que seu rosto estava vermelho brilhante. Não havia como ela esconder isso.
— Égua, está tudo bem. Ela não me viu. Não tem que se preocupar com nada. Vamos jantar ou algo assim que é melhor.
Beatriz concedeu. - Tudo bem, mas ainda não terminamos de falar sobre isso. Quero dizer, não estou te julgando. O que uma mulher faz em seu próprio quarto é problema dela. Mesmo quando ela sabe que tem amigas vindo.
— Só daqui a duas horas!
— Tanto faz. Tudo o que estou dizendo é pra fechar as cortinas da próxima vez. A menos que.. - os olhos de Bia pareciam como se uma luz tivesse acendido dentro daquela cabeça complicada e totalmente inadequada dela. - A menor que você esteja tentando chamar atenção dela.
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Open Windows, Open Hearts (Ferlane)
Fiksi PenggemarAlane dias volta para casa após seu segundo ano de faculdade e descobre que tem uma nova vizinha, Fernanda. Seu interesse pela Bande começa a crescer. O que piora as coisas é que a Dias percebe que a janela do seu quarto dá diretamente para a janela...