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Sexta feira última prova e na primeira aula livrou do peso de estudar todos os dias naquele ultimo mês, podia descansar tranqüila. Mesmo sem fazer a prova de matemática Luiza já teria média para passar. Tudo estaria bem naquele final de ano escolar, se não fosse aquilo que martelava em sua mente. Ser lésbica ou não ser, eis a questão?
Depois de um recreio animado, junto aos colegas de classe que comentavam como ia ser aquele fim de ano. Naturalmente o 1° Ano não tinha formatura por isso a escola organizava uma festança no salão do Colorado, com músicas comidas e enfadonhos discursos dos melhores alunos.
Esse era o ápice da vida escolar no Colorado, quando calouros do primeiro eram olhados pelos seus senpais com outro ar, era hora de estreitar laços, planejar viagens em grupos e por que não começar a paquerar aquele gatinho que você olhou o ano todo? O que perderiam? Provavelmente na primavera do ano novo esqueceriam os foras e beijos para se concentrarem de novo nos estudos ou com os novos calouros.
Essa época sempre fora muito especial para Luiza Luz, mas agora?Sentia uma pontada amarga no peito, com o fim das aulas provavelmente estaria ainda mais distante de Dani.
Como sempre, apesar do fim do ano, professor Aulicio lá estava com seus problemas e questões, era o ó ter que fazer revisão da prova, principalmente quando ela já fora impedida de fazê-la antes, tinha certeza que fora aprovada mesmo tirando nota vermelha em matemática. Não tinha porque não o ser, teve um ano impecável participou de aulas extracurriculares de canto, dança e teatro. Quem em sã consciência lhe negaria passá-la? Mesmo assim, com tanta convicção nada mudava o fato que se não prestasse atenção a aula e fizesse os exercícios poderia perder pontos na média final e assim correr um grande risco.
Uma cópia da prova era passada na lousa pelas mãos velhas do professor, que fazia isso com maestria sem precisar olhar na prova.
Era só mais uma aula tediosa e contas difíceis, mas por incrível que pareça milagres acontecem (mesmo ainda não sendo natal) e um rapaz franzino com sua fantasia costumeira de mascote do time de futebol, chegou correndo com todo pique parando junto à porta, e detalhe sem parar de correr.
O velho professor apenas relanceou os olhos em direção ao mascote mais gay do mundo. E como que por telepatia Aulicio assentiu, e assim lá se foi a águia que mais parecia uma franga avisar a outras salas.
-Bem, caros alunos como devem saber –Aulicio esfregava as mãos feliz- Hoje é a penúltima partida para a taça de melhor time escolar regional, por isso peço que torçam por vossa escola. Então sem algazarra...
Todos então desceram animados juntos em coro brandindo o grito de torcida com as outras salas, se não fosse pelo futebol (segunda paixão de Aulicio) eles todos estariam encrencados.
Para Luiza Luz fora uma surpresa saber que hoje era a penúltima partida para a taça T.M.T.E.R, isso porque todos deixaram de vir de uniforme para colocar as cores do time vinho-branco, sem falar que três das garotas de sua sala eram da torcida organizada e passaram o dia vestidas a caráter prontas para torcer.
Realmente Luz estava no mundo da lua, pouco se importou com o jogo até que lembrou: Dani está lá !! Sim ela se informara que Dani era o coringa do time, que desde o 1° Ano jogava como titular no time, muitas línguas maldosas diriam que sem ela e provavelmente Daniel e o time Colorado não seriam nada.
-Ei Luz ficou legal? –Rúlio apontava para o rosto tingido de vermelho e branco pela feiosinha pintora da sala, que sorria mostrando sua obra de última hora.
Luz apenas olhou com cara de "ãhr" vindo de Rúlio nada era mais brega e chamativo o suficiente.
-É melhor corrermos, a apresentação já está pra começar. –Disse a pintora olhando para seu relógio vermelho assim como seu vestido, sapatos, laços de cabelo e as letras C nas bochechas (ela odiava branco, porque engorda).
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Yuri Novel
RomantikLuiza Luz é uma jovem como todas, ansiosa para encontrar seu príncipe encantado. Mas o que aconteceria se "ele" não for como ela imaginava?