A banda KISS abriu uma audição para contratar um novo baterista. Os requisitos são: ter domínio do instrumento, reverenciar e ser influenciado pelas mesmas bandas que inspiraram o KISS e... bem, ser homem.
Victoria se encaixava nos dois primeiros, e...
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Victoria abriu a porta do seu apartamento e Eric entrou.
Ela morava mais perto da pizzaria onde tudo acontecera e pareceu prudente irem para lá para que Eric pudesse descansar o quanto antes.
Ele estava bem estressado.
- Senta, eu vou pegar uma água pra você.
Eric obedeceu e se sentou na beirada da cama dela.
O apartamento de Victoria era como um loft, mas era pequeno. Era bem organizado e iluminado pelas janelas de vidro que ficavam perto do que seria a cozinha.
Ela se aproximou com um copo de água gelada e estendeu pra ele.
Eric tomou tudo em um gole só, ainda em silêncio.
Ela pegou o copo, levou para a cozinha e voltou com uma bolsinha vermelha nas mãos.
Eric a encarou.
- O que tem aí?
- Viu como estão suas mãos?
Eric olhou para as próprias mãos pela primeira vez desde a briga. Os nós dos dedos estavam cheios de sangue e em carne viva.
- Vou fazer curativos, senão pode infeccionar.
Eric riu enquanto ela pegava a mão esquerda dele para começar a limpá-la.
- O que foi? - Victoria perguntou.
- Que noite, né?
Victoria riu e começou a limpar os machucados com soro fisiológico.
- Eu tô rindo, mas não significa que eu aprove o que você fez.
- Eu sei.
- Eu sempre adorei uma briga, sempre fui briguenta, mas perdeu a graça no momento que pensei que você poderia correr perigo.
Eric a observou enquanto ela passava uma pomada nos ferimentos agora limpos.
- Eu perdi a cabeça quando ele te ofendeu. - Ele falou com a voz baixa.
Victoria riu.
- Eu escuto coisas do tipo quase todo dia. Você não pode bater em todo cara que me chama de puta.
- Posso, sim.
- Não pode, não. - Ela o encarou. - Eric, eu tô acostumada. É só não ligar.
