Ao sair do trabalho decido aproveitar a minha própria companhia,vou até a loja de conveniência 24 horas mais próxima,pego três latas de cerveja e um saco de batata chips e me sento no banco do lado de fora,coloco as latas em cima da mesa e abro uma latinha e tomo um gole sentido o gosto amargo descendo pela minha garganta faço uma careta,nunca irei me acostumar com esse gosto.
Olho para baixo e abro o saco de chips, ouço um barulho de lata se abrindo no momento que abro o saco do salgadinho em minha mão,olho de vagar para cima e encontro um par de olhos escuros, tão escuros que é como se eu tivesse me afundando neles.
- Eu sei o que você faz,o que é capaz de fazer. - Matthew diz me encarando e logo leva a lata de cerveja até a sua boca dando um gole na bebida amarga - Vamos garota travessa,me conte tudo, como conseguiu? .
- Você possivelmente já sabe de tudo já que faz o mesmo, o que realmente quer saber professor? - digo o encarando como se fosse capaz de decifrar suas reações mas ele não tinha nenhuma.
- Como aconteceu isso Lua? Quando? - diz esperando as respostas.Respiro já imaginando que ele já saiba de toda a s respostas.
- Eu comecei a usar isso para fugir de problemas pessoais ainda jovem,isso começou com imaginações, se tornaram sonhos e aí você já sabe. - Digo e suspiro ao terminar lembrando que quando chegar em casa eu terei que tentar sobreviver mais um dia. Sorrio triste por isso.
- Problemas pessoais? Bem isso é um bom motivo considerando tudo. - Ele diz e eu o olho desconfiada de que ele saiba de Jeff. - Eu tenho uma proposta, você poderá viver no outro universo para sempre e se sentir saudade de Joe poderá voltar,sei que são muito próximos, e em troca você me deve um favor.
Penso por um instante,pego a minha cerveja e me levanto.
- Preciso ir está muito tarde. - digo e dou alguns passos até chegar ao lado de Matthew e ele falar algo.
- A porta não aguentará para sempre Lua,nem sempre estarei com você para te proteger. - diz e eu fico paralisada por um momento até conseguir me mover novamente.
Já nem sei o que estou fazendo,paro em frente ao apartamento e meus joelhos tremem por um instante,subo até o meu apartamento e a porta está entre aberta,olho pelo vão e de repente os olhos dele estão me encarando meu estômago se revira.Antes que eu consiga correr ele abre a porta e puxa o meu cabelo
- Sua vagabunda!Você estava com algum garoto se esfregando por aí sua vadia?!você só serve pra isso assim como a sua mãe - diz e sinto nojo ao sentir o cheiro vindo dele.
Jeff que se prepara para me dar um soco no rosto,fecho os olhos os apertando tão forte que minha pálpebra dói,eu espero e nada,nada aconteceu mas mesmo assim ainda permaneço com os olhos fechados.
Sinto braços rodeando o meu corpo iniciando um abraço.- Está tudo bem agora - diz Matthew dando tapinhas nas minhas costas como uma mãe confortando um filho,igual aos programas de Tv que via quando criança,nunca tinha recebido isso sem ser por Joe.
Sem pensar eu apenas retribuo o abraço de Matthew e deito minha cabeça em seu peito soltando um suspiro e ficamos ali por um tempo.
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Estamos na mesma loja de conveniência 24 horas antes do ocorrido,eu estava em choque com tudo o que havia acontecido e agora estava encarando Matthew enquanto ele mexia em seu celular.
- Pergunte logo ou vai acabar criando um buraco na minha cara. - Matthew diz ainda olhando no celular.
- Para onde levou ele? - Matthew me olhou e parece que vi um tom de surpresa em sua face.
- Essa é a pergunta? Pensei que era sobre eu aparecer do nada na hora ou saber onde você mora,sabe,você é bem descuidada é o tipo de pessoa que morre primeiro em um filme de terror. - diz me olhando. - O levei para ser castigado, ele não irá mais te incomodar, eu estava esperando desocupar um lugar para ele no tribunal por isso que tive que te proteger por um tempo.
- Ele será torturado? - digo e o celular de Matthew apita e ele pede desculpa pois tinha responder por ser urgente.
- Você se importa? Ele fez bastante mer... - o interrompi antes que ele terminasse seu discurso.
- Quero participar, preciso estar lá e ver ele implorando para morrer por não aguentar mais a dor. - digo e Matthew parece pensar por um instante e sorri de lado.
- Como quiser,mas iremos fazer isso uma outra hora,agora teremos que tratar de outros assuntos. - diz e eu concordo com a cabeça.
- Eu concordo com o acordo mas eu deixarei algumas regras claras dependendo do seu favor. - digo séria o encarando.
- Claro,depois me passa uma lista. - diz sarcástico e eu reviro os olhos.
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Saio do colégio e coloco uma música no meu celular enquanto caminho para o trabalho.
O sino toca anunciando minha chegada.- Olá,bom dia! - digo ao Joe que faz uma careta ao me olhar
Estranho Joe parece um pouco bravo,o sino toca anunciando a chegada de alguém e quando me viro sem surpresa é Matthew com a sua cara de bunda de sempre.
- Olá,Joe - diz e eu nego com a cabeça para ele,que vem até mim vendo que Joe estava bravo - O que diabos aconteceu com ele? - diz sussurrando
- Eu também não sei - digo em um sussurro e logo franzido a testa sem entender do porque eu estar sussurrando com ele.
- Parem de ficar sussurrando eu estou na frente de vocês -diz e nós viramos para ele.
- O que aconteceu Joe? - dizemos em uníssono e Joe pigarreia
- Vocês dois estão se pegando e nem se deram o trabalho de me contar? - diz cruzando os braços e fazendo bico bravo.
Eu começo a rir e os dois ficam olhando para a minha cara.
- Tio Joe de onde você tirou isso? - digo contendo a risada
- Vi vocês bebendo ontem e estavam se encarando, senti a tensão entre vocês de longe - diz ainda com o bico de pato estampado na cara.
- Joe se a tensão estava vindo de alguém era só dela - Matthew diz com a sua cara de bunda de sempre e eu reviro os olhos.
- Cala a porra da boca Matthew,foi você que apareceu do nada ontem bebendo da minha bebida. - digo o encarando enquanto ele me fuzilava com o olhar.
- Então não está acontecendo nada entre vocês dois? - Joe pergunta confuso.
- Não! - Respondemos em uníssono
- Vou voltar ao trabalho se não vou acabar perdendo meu réu primário por conta de vocês dois. - digo bufando e voltando ao serviço de arrumar os livros novos nas prateleiras.
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Entre Universos - Quando Fugir É A Única Opção
RomansaMeus cabelos estão arrepiados e sinto um frio gelido em minha pele,a lua está linda como sempre e o céu sem estrelas que eu consiga enxergar por causa da luz excessiva da cidade de São Paulo. Estou sentada na parte mais alta do meu apartamento e olh...