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— A última coisa que a gente viu, foi uma milica desesperada correndo pela floresta com um Thanator furioso atrás dela

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— A última coisa que a gente viu, foi uma milica desesperada correndo pela floresta com um Thanator furioso atrás dela. — Grace sorria enquanto contava o que aconteceu ao restante da equipe no refeitório.

— Não ferra, Grace. Isso é só um mero detalhe. — Nestha comentou, sem deixar de sorrir. Grace riu novamente.

— Pois é, por alguma razão que eu ainda não sei... Os omatikaya escolheram você. Que Deus nos ajude. — Grace zombou, Nestha riu novamente junto do restante da equipe.

A conversa durou todo o tempo do café da manhã no refeitório , depois, Nestha foi até o coronel se reportar.

— Clã dos cabeça de prego? — O coronel Miles riu sem acreditar. — E acreditaram? — Ele duvidou.

Nestha sorriu. — Eu sou praticamente uma deles. — Ela zombou convencida. — Eles vão me estudar, eu preciso... Aprender a ser uma deles. — concluiu.

O coronel aprovou a atitude. — Isso que eu chamo de iniciativa, queria mais dez como você. — Elogiou.

Parker, que também ouvia o relatório de Nestha, resolveu finalmente falar. — Olha, Evans, só descobre o que os macacos azuis querem. Tá bom? A gente já tentou tudo. Remédio, educação, sei lá... Estrada. Mas não adianta! Eles gostam de lama. — Ele disse cínico. Ele então começou a mexer no monitor presente na mesa que os dividia. — E nada contra, só que... sabe como é. A porcaria da aldeia, está em cima do maior depósito de Unobtanium. Um raio de mais de 200 km em qualquer direção. Já calcularam a fortuna? — Ele riu novamente.

Nestha entendeu o que significava. Os nativos teriam de sair de algum modo de seu próprio lar...
— E quem vai falar isso pra eles? — Nestha perguntou, mesmo já sabendo a resposta.

— Adivinha? — O coronel Miles disse sugestivo. Seria ela.

Nestha riu descrente. — E se não quiserem sair? — Perguntou, esperando não ouvir o que estava pensando no momento.

— Ah, aposto que eles vão querer. — O coronel prontamente disse, quase como uma ameaça.

— Espera aí, calma. — Parker falou a Miles.
— Sabe, matar os indígenas pega mal. Mas tem uma coisa que os acionistas odeiam mais que a mídia caindo em cima. É um balanço bimestral muito fraco. Eu não fiz as regras, só me arranja alguma coisa que faça eles se mudarem. — Ele indicou o coronel. — Se não, a coisa vai ficar muito feia pra eles. — Nestha sentiu uma pressão imensa em suas costas.

As vidas de centenas de omatikaya estavam em suas mãos agora, e não havia volta.

— Você têm três meses, até às máquinas de terraplanagem chegarem. — Miles informou.

Nestha suspirou, cruzando os braços. — A gente está perdendo tempo. — Comentou como quem não quer nada.

Parker sorriu e deu um tapinha nos ombros de Nestha. — Gostei dessa garota. — Ele brincou.

Mᥲ'T᥉ᥙ'tᥱᥡ| A᥎ᥲtᥲr, T᥉ᥙ'tᥱᥡ.Onde histórias criam vida. Descubra agora