À três.

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Em tão pouco tempo a vida de Magnus e Alec havia se transformado tanto. Desde o nascimento de Max tudo ganhou um novo sentido. Por mais que tivessem se preparado por 9 meses, para a chegada do filho não esperavam aquela montanha russa de sentimentos avassaladores. O bebê era o coração deles batendo fora do peito, o amor imenso que sentiam um pelo outro em forma de gente.

Uma pessoinha pequenina, mas que havia tomado conta da mansão e da existência dos dois. A vida à três ainda era uma novidade e cada dia trazia uma nova descoberta. Aos poucos, Magnus e Alec aprendiam a reconhecer o que cada chorinho do filhote queria dizer, se era fome, fralda suja, algum incômodo ou simplesmente vontade de ficar no colo.

Mesmo com as noites mal dormidas e do cansaço, estavam muito felizes e aproveitando todos os segundos daquela nova fase, com a qual tanto sonharam. Magnus se sentia no céu, às vezes, era impossível segurar as lágrimas quando via o marido com o bebê nos braços. O alfa cuidava para que Alexander não pegasse muito peso, nem se levantasse ou abaixasse bruscamente, a final ele tinha passado por uma cesariana e ainda se recuperava da cirurgia.

Em dois dias, Max completaria 1 mês de vida. 30 dias, 420 horas, 43.200 minutos que tudo ganhara um novo colorido e Magnus queria comemorar a altura. Adoraria fazer a festa em um buffet infantil, com muitos brinquedos, balões e um bolo enorme, contudo Alexander, sempre mais contido, disse que era um exagero fazer uma comemoração tão grande. Deveriam sim celebrar o primeiro mesversário do filhote, mas com algo simples, apenas para os familiares, até mesmo porque, Blue era pequenininho demais para muitas luzes e barulhos.

Obviamente, seu anjo tinha razão. Portanto, o alfa pediu ajuda a Isabelle e Catarina para organizar uma festinha simples, porém fabulosa, para o bebê. Teriam pouco mais de 48 horas para os preparativos, mas com dinheiro e os contatos certos tudo era facilitado. Quando Magnus e o marido foram decidir o tema, a escolha foi tão óbvia que não levou sequer 1 minuto: Blueberry.

A fruta azulada tinha um significado enorme. Desde o dia em que souberam que o ômega estava grávido e Magnus sentiu o aroma do filhote o apelido sempre fora Blueberry. E o cheirinho frutado dele estava cada vez mais forte, misturado ao toque amadeirado de sândalo. O alfa ficava a ponto de explodir de orgulho todas as vezes que olhava para Max e via suas características mais marcantes presentes nele: os olhos puxados e o tom de pele, embora o bebê fosse de um marrom um pouco mais claro. Blue também tinha muito de Alexander, os olhinhos azuis, o nariz empinadinho e os lábios cheinhos, era tão adorável quanto seu anjo.

Perdido em pensamentos e com um sorriso bobo que se recusava a deixar seu rosto, Magnus voltava para a mansão depois de dirigir rapidamente até o hipermercado que ficava ali perto. Até tentou fazer as compras pelo aplicativo, mas demoraria demais para ser entregue e precisavam de alguns itens com certa urgência. Em meio a correria, tinham esquecido completamente que a carne vermelha do freezer tinha acabado e a última bandeja de filé mignon tinha sido descongelada na noite anterior.

É claro que poderiam pedir as refeições por delivery, mas optavam por cozinhar na maioria das vezes, por ser mais saudável. O alfa não queria se afastar por nenhum segundo de Alexander e de Max, mas foi necessário. Aproveitou também para comprar mais alguns pacotes de fralda e mais latas da fórmula que o bebê mamava. Era impressionante como um corpinho tão pequeno fazia tanto cocô, xixi e tomava tanto leite!

Por ser um mini alfa legítimo, Max era bastante comilão. Segundo Julian Blackthorn, um bebê com essa característica precisava de mais calorias para se desenvolver, por isso ele mamava bastante a cada três horas. Como ômegas masculinos não eram capazes de produzir leite, por não terem as glândulas mamárias desenvolvidas, era necessário oferecer água ao filhote para que ele não desidratasse.

Eu Sabia Que te Amava (Malec ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora