Deep Blue Eyes - SUAYEON

Capítulo V - O inimigo de meu inimigo

O sol acariciou os olhos de Gahyeon, que despertava abrindo os olhos lentamente, meio atordoada observando o local em que se encontrava, encostada em uma raiz árvore ao lado da égua amarrada na qual cavalgou por um bom tempo após Yubin mandar-lhe ir. Seu coração doeu ao lembrar daquela que foi deixada para trás, será que estava bem, se perguntava em silêncio.

Ela se levantou e limpou o vestido escuro que usava na noite anterior, constatou com si mesma que era horrível cavalgar com o mesmo, mas não tinha muitas opções, calçou suas botas e começou a observar a floresta ao seu redor, algumas árvores eram retorcidas e baixas, abrigando alguns pássaros que já cantavam e esquilos amedrontados, em grande parte a floresta era coberta por enormes espécies envelhecidas que escondiam a luz solar com suas extensas folhas, porém a troca de estação fazia grande parte das folhas começar a cair, abrindo uma maior visibilidade, as raízes eram discretas uma ou outra tomava a superfície dando relevo ao solo e era em uma dessas estruturas que Gahyeon pela madrugada encostou para descansar. Não queria ir muito longe, pois queria ter certeza de que Yubin seria capaz de te encontrar.

Apalpando à égua, que relinchou calma ao seu lado, parecia ser mansa pensou Gahyeon. Parou de acariciar o raso pelo e buscou em sua cela algo que pudesse ajudar a achar o seu destino.

Um bloco de notas com a capa de couro foi a primeira coisa que achou. Nas primeiras folhar continha algumas informações banais, sobre ingredientes e recursos que em forma estavam em forma de lista, talvez para conferir o que foi pedido, um mapa feito a mal com uma possível localização de seu destino., nas páginas mais recente havia a seguinte observação:

"Para Damizinha,

Seu cavalo está equipado, minha mais habilidosa égua, chama-se Ellie, é bom trazer ela inteira de volta.

A última vez que viram rastros da Princesa Bora foi em uma ladeira, seguindo aquela trilha principal e entrando na profunda mata ao Oeste próximo à fronteira com o centro, na clareira. Haviam corpos desfigurados a cima e sangue em toda parte, talvez ela possa estar ferida, talvez morta. Aquela desgraçada foi longe dessa vez, quase ninguém vai para aqueles cantos sabe? É loucura tal ato, os guardas andam a fazer ronda por esta área, sugiro atenção.

Não esqueça que metade é meu, trate de fazer um bom trabalho e a trazer de volta."

- Canalha... - Disse Gahyeon enojada ao se lembrar do Homem.

Havia também uma faca de caça e linha, talvez fosse útil para Yubin fazer algo imaginou, pegou a faca e colocou o coldre em sua cintura. Gahyeon se lembrou de uma vez em que namorou um guarda que insistiu em lhe ensinar a portar uma arma branca, seu pai acatou a ideia e a permitiu aprender a se defender, riu da memória repentina.

Então ao outro lado da cela viu a mochila que Handong havia feito para si, sua feição ficou séria, estava quase com os olhos marejados novamente. Viu que ali haviam as peças de roupas, um vestido de manga longa, uma camisas, um short e uma calças que facilitariam sua movimentação fora do castelo, uma túnica marrom com detalhes roxos que foi presenteada pela mãe de Gahyeon, que o pegou e vestiu rapidamente, sentia seu corpo aquecendo rapidamente, era como ser abraçada, ela adorou aquela sensação. Num relance em meio a outras peças, viu um livro com detalhes dourados nas bordas e o nome de Handong escrito na capa, se entristeceu ao realizar que se tratava de seu caderno de desenho da criada. Handong amava desenhar e pintar, foi ela quem mostrou diversos estilos e artista à SuA que acabou pegando gosto e tornou-o um hobby, entre os diversos desenhos de rabiscos, frutas, objetos e paisagens, havia vários retratos de Gahyeon e sua irmã, Handong uma vez comentou que as utilizava de modelo quando nem percebíamos. Um de seus últimos desenhos foi um retrato das irmãs abraçadas, logo após o aniversário de 18 anos da mais nova com seguinte recado: