Capítulo 7

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Era um novo dia. Nada de sonhos estranhos do passado, nada de ouvir vozes no ouvido, nada de nada. Era um ótimo dia. Killer estava bastante animado, sorrindo à toa. Mas ele sabia de uma coisa. ERA SEXTA FEIRA! Ele estava feliz, pois queria chamar seus amigos para sair no shopping! Mas tinha um problema, não sabia se sua mãe deixaria ele ir.

Ele não havia comentado nada de manhã, só foi caminhando com ela até a escola, sendo guiado é ajudado pela mesma. Aisha parecia cansada, com bastante sono. Killer... ele queria sair com seus amigos, como vocês já sabem. Tristonho, comentou extremamente baixo o que ele queria, o que fez a mãe questionar o que disse.

Killer: oooh mãe... - após ter dito isso, tanto ele quanto ela pararam de andar - posso ir no shospe com meus amigos? - ele fazia uma cara boba, parecia literalmente o ":D" em pessoa. Ele também estava bastante nervoso. E dava pra ver completamente. Aisha olhou pra ele, pra carinha estúpida dele, e respondeu.

Aisha: não sei. Vamos ver como vai ser o dia de hoje. Se eu estiver de bom humor eu deixo. - ela respondeu calmamente, o que preocupou Killer. Queria muito sair, seria uma das suas primeiras vezes, mas talvez ela não iria deixar. O que chateava muito ele. Tanto que, lágrimas pretas muito finas escorreram por seus olhos.

Retornaram o caminho, e, ao chegar na escola, foi cumprimentado por Geno, junto de Reaper, é claro. Sua mãe deu um beijinho no filho, e saiu andando. Geno achou bastante estranho aquelas lágrimas... um poder muito diferente. Mas não perguntou nada. Diferentemente de seu namorado, que na hora questionou. O perguntado bufou, fazendo mais lágrimas escorrerem.

Killer: não é nada... só o poder da minha mãe... misturado com o do meu pai. Quanto mais estressado eu fico, mais lágrimas escorrem. Agora com licença.

O pequeno sai, e um pouco depois, Geno bateu em Reaper e gritou por causa da pergunta boba e desnecessária. O mesmo ri, achando engraçado tudo aquilo.














Por um tempo, Killer estava bem, assistindo suas aulas normalmente. Tranquilo, sem pensar em nada, só em suas aulas. Era óbvio que algo ruim iria acontecer. Tinha dado um intervalo de 5 minutos, e ele estava pensando em como resolver seu dever de casa. Mesmo a escola sendo preparada para alunos especiais, ela não tinha muitas pessoas... cegas. Então era mais complicado para ele. Estava muito quieto, e sem seus amigos por perto. Então, as vozes começaram.

——: você é bem idiota, não? - a voz iniciou, era uma voz bem... infantil, e aparentemente irritada - Acabe logo com eles, aqueles que você chama de amigos, e os mate! - Nisso, Killer arregalou seus olhos - Você só precisa de mim, DE MIM!!! - Na hora, Outer entrou na sala, e foi até o seu amigo.

Killer: CALA A BOCA!! - seu berro foi tão alto, que assustou pessoas de fora da sala. Outer recuou, e Color, que havia acabado de entrar, correu até eles dois.

Color: KILLER! PORQUE VOCÊ TÁ FALANDO ASSIM COM ELE?!?

Outer: Calma color, não acho que era comigo, eu não falei nada... o que houve, Killer?

Killer estava desesperado, sua respiração era ofegante, e tapava seus "ouvidos" com força. Ele estava muito assustado. Lágrimas passaram a sair de seus olhos, e ele se levantou, e encostou em Outer, que deu um abraço nele. Começava a murmurar coisas como "já chega", "não fale isso", "eu quero ir embora"... Color, sendo mais forte que o outro, carregou ele pelas costas até a coordenação, para falar com a Psicopedagoga. Muita gente que via eles andando ficou preocupado, mas não fizeram nada. Somente encararam.

Chegando na coordenação, Color explicou o máximo que havia entendido da situação, e chamaram imediatamente os pais de Killer. Não era normal uma pessoa ter uma crise do nada, ainda mais se nunca havia apresentado nada. Sua mãe, por telefone, falou que era "comum", pois desde um trauma que sofreu na infância, ele tinha ataques aleatórios de pânico, raiva e medo. Mas nunca havia acontecido fora de casa.

A Luz na EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora