ten

161 18 4
                                    

Só quando Louis estacionou o carro em frente a mansão da família Tomlinson que Harry entendeu o que Louis estava fazendo. Aquela era a casa do vampiro, levar alguém até a sua casa é um grande passo em um relacionamento, seja ele qual for.

- Fique tranquilo, apenas Lottie está em casa hoje. - Louis tentou o tranquilizar ao sentir o corpo do cacheado tensionar em puro nervosismo. Acariciou a coxa de Harry que estava coberta pela calça justa. - E acredito que ela esteja por aí infernizando a vida de alguém. Deve voltar só mais tarde.

Harry riu, aliviado por não ter que conhecer nenhum dos irmãos de Louis tão cedo. Louis abriu a grande porta de vidro de entrada, o guiando para dentro da casa enorme.

- O que exatamente é uma banshee? - Harry perguntou com curiosidade, retomando ao assunto do recente acontecimento.

- São basicamente mensageiras da morte. - Louis explicou calmamente. Tocou a cintura de Harry, o guiando para subirem a escadaria para o andar superior. - Elas gritam quando alguém está prestes a morrer, o grito faz os ouvidos das pessoas que estão por perto sangrarem. - Harry arregalou os olhos ao perceber enfim o que havia acontecido.

- Havia uma banshee no colégio, e ela anunciou a morte do garoto. - Concluiu, desacreditado.

- Exatamente. - assentiu. - Foi assim que eu soube que alguém havia morrido por perto.

- Você sabe se é uma aluna?

- Talvez seja uma funcionária. - deu de ombros. - Eu não sei quem pode ser. - Louis parou em frente a uma das portas do corredor, entre outras. Abriu a porta, dando espaço para Harry entrar primeiro.

Harry o olhou com curiosidade e entrou no quarto. A decoração era simples, minimalista, de certa forma. A paleta de cores do quarto eram neutras, variava entre branco, preto, cinza e tons semelhantes. Havia uma poltrona próxima a grande janela de vidro, uma escrivaninha com livros e uma cama king size no centro do quarto.

- Tem bom gosto. - Harry comentou ao andar pelo quarto. - Seu quarto passa uma sensação de paz.

- Obrigado. - sorriu pelo elogio implícito. - Charlotte me ajudou a escolher os móveis e decoração quando nos mudamos pela última vez. - Louis jogou sua mochila ao lado da escrivaninha e andou até a porta de vidro que aparentemente era o banheiro da suíte. - Vou tomar um banho, já volto. - avisou antes de entrar. Harry suspirou insatisfeito. Estava gostando de ver Louis usando aquelas roupas.

Harry olhou para a poltrona ao lado da janela e depois para a cama que parecia tão confortável. Sem pensar muito, andou até a cama, tirou suas botas e se deixou no canto. Era tão incrivelmente confortável, pensou ele ao se deitar. Não achou que Louis iria se importar com ele ali. Era tão mais confortável que a sua, por isso se permitiu ficar na cama, até ouvir o chuveiro desligar depois de longos minutos, e então a porta de abriu.

Harry estava de costas, com os olhos fechados. Suspirou ao sentir Louis se deitar ao seu lado, logo o cheiro do seu shampoo invadiu suas narinas de forma involuntária.

Os pelos de todo o seu corpo se arrepiaram ao sentir a respiração quente em seu pescoço, seguida de uma trilha de beijos sendo deixados pelo seu pescoço e maxilar. Sorriu ao sentir a mão de Louis em sua cintura, o puxando com cuidado para se virar. Abriu os olhos e viu o rosto de Louis próximo demais do seu, o bastante para reparar em cada mínimo detalhe que compunha o rosto perfeito de Tomlinson.

Desceu o olhar e viu que Louis usava apenas um short, e dava para ver um pouco da boxers que ele usava, da Calvin Klein. Conteve um suspiro.

Louis abraçou sua cintura, aproximando seus corpos. Harry se aconchegou ao corpo do vampiro, sentindo sua pele formigar em êxtase ao tocar a pele do outro. Sentia tanta vontade de tocar Louis sem peças de roupas impedindo o contato direto de suas peles.

- Me desculpe. - Louis disse depois de um tempo, Harry levantou seu rosto do peitoral do outro, analisando sua expressão. - Eu tentei lutar contra a minha vontade de me aproximar de você, ao mesmo tempo que não conseguia me controlar. Acabei sendo um idiota com você. - suspirou.

- Me deixou confuso e chateado na maior parte do tempo. - Harry soltou uma risada anasalada. - No entanto, eu entendo o porquê você tentava me afastar. Eu compreendo seus motivos, mesmo que não tenha adiantado de nada.

- Eu não vou tentar te afastar novamente. - Disse sério, acariciando o rosto de Harry. - Algo maior do que eu posso compreender me atrai a você, estou me rendendo a isso. - Harry sente a sensação de borboletas no estomago ao ouvir aquela pequena declaração.

Harry abre um sorriso genuíno, não conseguindo disfarçar sua satisfação ao ouvir aquilo. Ergueu o torço, aproximando seu rosto ao de Louis. Com uma força e rapidez que Harry ainda não havia se acostumado, o vampiro segurou sua cintura e o colocou por cima do seu próprio corpo.

Harry arfou, roçando seus narizes. Selou seus lábios em um toque suave, sentindo a textura dos lábios finos de Louis. Em um piscar de olhos, Tomlinson já estava por cima, tomando o controle do beijo, que agora era quase que necessitado. 

 — Você ainda vai me deixar louco, Harry Styles. — Louis murmurou perto do seu ouvido. Harry sorriu de lado, se afastando calmamente de Tomlinson.

— Boa tentativa, Louis. — o vampiro sorriu com a satisfação que foi ouvir seu nome ser pronunciado pelo mais novo. — Mas eu ainda quero uma explicação. O que aconteceu hoje?

— Tudo bem, meu amor. — Louis se rendeu, acariciando o rosto corado de Harry pelo apelido carinhoso. — Você está certo, precisamos conversar sobre isso. Não posso mais adiar essa conversa. Não quero esconder nada de você. — Disse baixo.

— Vai em frente. — Harry incentivou, totalmente concentrado em Louis, em sua voz, em seu rosto, forma como ele se movia. Tudo.

— A banshee eu desconfio quem seja, mas não tenho certeza. A bruxa... eu não sei quem possa ser, mas sei quem pode estar por traz. — Harry franze o cenho.

— Por traz? Alguém mandou ela matar um adolescente? Por que?

— Nem sei como te contar isso. — Louis disse com a voz cansada. Suspirou. — Ela mandou matá-lo por que o garoto era um lobisomem. — Harry abriu a boca em choque.

— Um lobisomem? — A ficha caiu. Realmente existiam outros seres sobrenaturais por aí. Harry se sentia amedrontado ao pensar nisso.

— Fica calmo, eu não vou deixar ninguém tocar em você, Hes. — Louis tentou confortar o garoto ao ouvir seus batimentos cardíacos se acelerando. — Esse garoto que era um lobisomem que fazia parte de um bando de lobisomens que é liderado pela pessoa esteve causando todas essas situações inexplicáveis. — Harry ouvia cada vez mais com mais atenção.

— Então você sabe quem é esse vampiro.

— Sei sim. — Suspirou, acariciando a mão delicada do cacheado. — Esse vampiro tem um vínculo comigo, por isso o conheço. — Engoliu em seco antes de terminar de dizer. — Ele é Klaus Mikaelson, e Klaus é meu irmão.

strange happenings [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora