seventeen

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Depois da fala da Sra. Forbes tudo foi um caos. Louis se aproximou de Harry, segurou sua cintura e o conduziu para longe dali consigo, o levando até onde estavam seus irmãos reunidos.

— Mas que merda é essa? — Louis questionou olhando fixamente para Klaus, que sorriu para o irmão.

— Se acalme, irmão. Dessa vez não fui eu, o evento de hoje era importante para a família. — Klaus disse calmamente. Vários policiais passavam por todos os lados algemando todos que se recusavam a ir com eles para a delegacia.

— Eles sabem. — Harry se assustou com a aparição repentina de Zayn. — Ao depor, eles vão oferecer um copo de verbena para todos e testar outros métodos antigos de identificação de seres sobrenaturais.

— Merda. — Louis xingou.

— Quem descobriu isso? — Lottie questionou, parecendo assustada com a possibilidade de ser descoberta.

— Carol Lockwood ordenou essa operação da polícia na próxima morte que viesse a ocorrer na cidade. — Zayn explicou. — O filho dela faz parte da alcateia, ela deve ter notado alguma anormalidade.

Quando a casa havia sido totalmente revistada e já haviam poucas pessoas que ainda não tinham sido levadas ao hospital por uso excessivo de drogas ou álcool ou levadas a delegacia para prestar depoimento, Desmond veio até o grupo dos Mikaelson e Tomlinson com um ar desconfiado.

— Vocês são novos na cidade, imagino. — Se referiu aos Mikaelson.

— Somos irmãos de Louis, às vezes passamos um tempo aqui para visitá-lo. — Klaus explicou.

— Sei que é namorado do meu filho mas não vou passar pano para você e seus irmãos. É uma grande irresponsabilidade menores de idade como vocês fazerem uma festa na ausência dos pais e ainda tendo consciência do que vem acontecendo na cidade. — Harry sentiu vergonha pela bronca que seu pai estava dando em todos, mesmo ele estando certo. — A casa ficará em observação pela polícia, e vocês vão prestar depoimento, assim como você, Harry. — O cacheado se sentiu mal ao notar que Desmond parecia ter envelhecido anos em semanas, além do claro sinal de cansaço extremo. — Agora falando como pai, enquanto esse problema continuar a persistir, você está proibido se sair para essas festas, não quero ter que me preparar psicologicamente para encontrar o corpo do meu próprio filho no meio do meu trabalho. — Harry apenas assentiu.

Desmond se afastou e pelo seu olhar estava óbvio que ele iria com seu pai, não iria ficar. O grupo começou a dispersar, e Harry sabia que logo Elijah e Klaus não estariam mais ali, eles não se importavam com o que os mortais pensavam.

— Hoje foi uma merda, eu nem sei o que falar sobre o tal de James que parece que não te superou e fala sério, eu não sei se é o momento certo mas precisamos conversar, Louis.

Harry sentia o ar fugir os pulmões o tempo todo. Louis apenas assentiu e indicou que ele o seguisse. Harry suspirou ao se ver novamente no quarto de Louis, onde o som de vozes do primeiro andar era abafado.

— Eu nem sei se eu deveria perguntar alguma coisa sobre aquele cara porque não somos nada.— Harry começou, sentindo que tudo o que esteve sentindo nos últimos dias iria o fazer explodir se não fosse proferido. Louis o olhou com firmeza.

— Harry, você pra mim é muito mais do que imagina, sei que é tudo uma merda, mas pra mim você é o único que eu quero estar, ignore James, ele só foi conversar com você para o atormentar, não existe nenhuma chance de eu um dia querer alguma coisa com ele novamente, é passado. — ele dizia quase desesperadamente. — Harry, no meu mundo não é importante os títulos, sei que no mundo que você foi criado os títulos, "ficantes", "namorado" e "marido" é de extrema importância, mas pra nós isso não existe, não pensei que isso fosse te deixar chateado. — Harry pensou por um momento em como por essa perspectiva ele parecia estar fazendo drama.

— E onde está comunicação em tudo isso, Louis? — Ele sentiu seus olhos marejarem. — Eu desconfio estar me apaixonando por você e por isso imaginar que um imortal como você que você teve um caso no passado está rastejando por você me deixa chateado, mas a questão aqui é porque você não me diz o que está acontecendo pra gente entrar em um consenso juntos?

— Harry, a questão é que nesse caso nada vai resolver o fato de que eu estando perto de você eu represento perigo para a sua vida, como eu sempre disse desde o início, e ultimamente tudo vem provando que eu sempre estive certo. Você não merece o fardo que é ficar perto de mim, Harry. — Parecia que ele estava se obrigando a dizer o que dizia.

— O que isso quer dizer? — Harry se xingou mentalmente ao sentir uma lágrima dançando pelo seu rosto.

— Seu lugar é longe de mim, onde você estará seguro. Na verdade, recomendaria que voltasse para a casa da sua mãe e terminasse o ensino médio lá, longe dessa cidade infestada de seres sobrenaturais.

— Está tudo terminado então? É isso? — Harry não acreditava no que ele mesmo dizia. — Louis, se está preocupado com a minha segurança é só me tornar um vampiro também.

— Não sabe o que está dizendo. — Louis falou rapidamente. — A transformação não tem volta, você com certeza se arrependeria. Rebekah se pudesse nunca teria deixado de ser humana, o sonho dela é envelhecer, isso para nós é um privilégio.

— Você não deveria decidir isso por mim.

— Eu não vou me permitir arriscar sua vida mais do que já o fiz, Harry. — ele disse firmemente. — Estou fazendo isso justamente porque você é importante para mim o suficiente para sua vida valer mais do que a minha felicidade, espero que não se esqueça disso.

Foi o que Harry ouviu antes de abrir a porta e sair daquela casa, sem fazer a menor ideia se um dia voltaria ali novamente.

[...]

Eram 3h da manhã, Harry estava quieto em um canto da sala de Desmond, aguardando a sua vez de prestar depoimento para a polícia. Como o esperado, os Tomlinson haviam hipnotizado o Sr. Styles e a Sra. Forbes individualmente para pensar que todos da família já haviam feito o depoimento.

Harry estava sob a supervisão de um dos policiais da confiança de seu pai na sala, por isso não pôde saber se haviam pegado alguém no teste.

— Harry. — Virou o rosto para a porta ao notar que Desmond havia voltado para sala. — É a sua vez.

Harry foi levado para uma sala onde estavam Desmond, a Sra. Forbes, Carol Lockwood e o prefeito Lockwood ao seu lado, além de outros fundadores. Harry foi induzido a se sentar em meio aquele círculo.

— Harry, nos conte tudo o que aconteceu essa noite, do começo ao fim. — A Sra. Fobes mandou, e a escrivã começou a escrever no computador. Harry respirou fundo e começou a dizer o mais naturalmente possível.

— Quando eu cheguei na propriedade da família Tomlinson tudo parecia normal, como qualquer outra festa administrada por adolescentes. — Todos prestavam total atenção no que ele dizia. — Haviam muitas pessoas, não conhecia todas, mas a maioria eu conheço do colégio. Conversei por um tempo com meus amigos, Niall e Ava, então um conhecido veio até mim para conversar, não faço ideia de quanto tempo de passou, depois disso tive uma conversa com Charlotte Tomlinson e Louis Tomlinson, e foi quando eu ouvi o som parar e a polícia chegou no local. — Olhava nos olhos da Sra. Forbes ao dizer, ela o encarava de volta com desconfiança clara.

— Notou alguma coisa estranha acontecendo?

— Não.

— Você viu Walker Wood em algum momento?

— Não.

— Muito bem. — Disse por mim, o analisando. — Peço que beba um pouco de água, deve estar com sede. — Harry rolou os olhos pela mesa e viu o copo de água, que na verdade ele bem sabia que era verbena. Todos os olhavam com anseio. Sem questionar, Harry pegou o copo e tomou o líquido, sentindo o gosto amargo da verbena. Colocou o copo de volta em cima da mesa e viu a expressão de Desmond se aliviar. — Muito obrigado, Sr. Styles, pode ir para casa e tenha um bom fim de semana.

strange happenings [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora