fifteen

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Durante a tarde Harry interagiu diversas vezes com os Tomlinson, o que acabou com aquele receio que sentia em relação aos Tomlinson. Quando Louis o levou de volta para casa para que pudesse se arrumar, pegou o celular e viu que havia diversas mensagens e ligações de Ava e Jonh perguntando sobre a tal festa.

— Vocês estão convidados, Lottie pediu que eu convidasse todos que quisesse. — Harry falava com Ava ao celular enquanto arrumava a bagunça que deixou no seu quarto pela manhã, pois estava muito atrasado para a aula.

— Todos estão achando muito estranho que a Charlotte Tomlinson esteja fazendo sua primeira festa agora. Tudo bem, aquela vampira sempre foi muito popular, sempre esteve nas festas e tudo mais, mas eles nunca levaram ninguém para a casa deles. Eu acho que até o momento você é o primeiro mortal que se aproxima tanto assim daquela família. — Ava parecia desconfiada. — E eu duvido muito que Jonh vá a essa festa, desista.

— Talvez ela só queira aproveitar esse último ano.

— É o último ano de todos os Tomlinson, talvez ela pense que vai ficar um bom tempo sem aproveitar o ensino médio novamente, mas mesmo assim acho isso tudo muito estranho. — Suspirou. — Te vejo lá, Harry.

[...]

Harry decidiu usar uma camisa branca e calça skinny jeans preta, colocou um colar de crucifixo, tênis e abriu os primeiros botões da camisa. Estava pronto quando ouviu o carro de Louis parar de frente a sua casa

Harry parou por um estante, sua mente estava agitada, não estava tendo um bom pressentimento. Ele não conseguia ignorar seus pensamentos, e nem era mais sobre a festa de Lottie, e sim sobre Louis.

Desde que foi sequestrado por Rebekah, Louis andou estranho, estava distante, calado, além de que não conseguia parar de pensar no fato de que eles tinham algo indefinido, sentia cada dia mais que um sentimento sobre Louis crescia em seu peito, os momentos com ele ao seu lado se tornavam cada vez mais raros e desejados.

Parece que nunca era o momento perfeito pra tocar no assunto, e ele tinha medo de estragar aquilo que estavam tendo. Ele gostaria tanto de entender o que se passava na cabeça do original. Uma voz no fundo da sua mente o dizia que Rebekah havia o acordado sobre o fato de que  aquilo que estavam tendo não teria futuro. Harry é um mortal.

Respirou fundo e desceu para o primeiro andar e abriu a porta para Louis.

— Está perfeito, como sempre. — Foi o que Louis disse assim que abriu a porta. Suas bochechas ficaram levemente coradas ao notar estar sendo observado de cima a baixo por aqueles olhos azuis intensos. Aquele era o Louis que conhecia, mas sentia algo de estranho nele.

Entraram no carro em silêncio, algo fazia o clima estar desconfortável entre eles, e isso estava sufocando Harry. Louis estava lindo aquela camiseta que mostrava seus bíceps e com seu penteado que o deixava um ar charmoso. Como sempre, Harry se  via embargado com sua beleza. Acreditava que por ser um vampiro original, ele se mostrava perfeito em tudo, isso impressionava Harry.

— Louis, precisamos conversar. — O de olhos azuis o olhou brevemente e voltou a prestar atenção na direção do carro.

— Pode dizer, Hes. — Suspirou. — Estou ouvindo.

— O que está acontecendo? — Foi direto.

— Como assim? — Seu tom soou alterado, ele parecia um pouco surpreso pelo rumo da conversa.

— Você sabe que andou distante na última semana, o que aconteceu? Porque você anda calado assim comigo? Sempre está tão ocupado com tudo? A gente se vê tão pouco e parece que você está me evitando. — Tentou não deixar sua voz falhar.

— Harry. — Deu uma pausa de continuou, ainda sem olhar para Harry. — Eu sinto muito que isso te afetou de alguma forma, achei que nem tivesse notado.

— Claro que eu iria notar, Louis. — Harry o olhava, querendo que o outro fizesse o mesmo. — E porque está fazendo isso? — Louis ficou em silêncio por um momento. — Foi o que Rebekah disse, não foi? — Disse baixo, se sentindo realmente mal naquele momento por considerar que Louis não o quisesse mais por ser apenas um mortal. — Eu sou um humano, não sou o suficiente pra você.

— O que? — Agora ele parecia realmente surpreso, até olhou para o cacheado por um momento. — Harry, é claro que não. Não é nada disso, Rebekah estava falando merda, e ela não tem nada a ver com o que a gente tem.

— Me explica então porque está se comportando assim. — Pediu, sentindo seu sangue correr mais rápido e seu coração bater mais rapidamente.

— Eu não queria ter que conversar sobre isso agora. — Louis falou.

— E quando a gente vai conversar sobre isso, Louis?

— Harry, eu estou preocupado com você. — Ele disse alto, cortando a fala do outro. — Não percebe que minha família só tem malucos que poderiam te matar em dois segundos porque você é importante pra mim e eu não posso te proteger o tempo todo? — Harry se assustou quando Louis perdeu o controle da direção do carro por um momento e quase bateu no outro carro que vinha no sentido contrário. — Merda, me desculpa.

Harry então parou para pensar e fazia sentido o ponto de vista de Louis. A vida de Harry poderia estar por um fio.

— Está preocupado com a minha vida e não me diz o que está pensando porque? Porque não pensou em me contar isso? Seu objetivo era se afastar definitivamente de mim?

— Harry, merda, eu queria ter essa conversa com você em outro momento, porque hoje tá sendo um dia complicado e eu talvez esteja descontando minha irritação nesse assunto. — ele parecia estar com raiva de si mesmo. Harry estava com medo de ele novamente perder a direção do carro, que só não causou um acidente anteriormente pelos seus bons reflexos. — Eu gosto muito de você, e tudo que você faz, tudo que você sente ou que acontece com você me afeta porque você é importante para mim, e eu estou preocupado o que eu posso estar influenciando na sua vida.

— Rebekah não vai me matar, Louis. — Disse sem muita confiança, apenas no intuito de acalmar o outro. — Se ela quisesse já teria feito isso. E nada disso justifica a falta de comunicação, você está dificultando ainda mais isso de dar certo.

— Não é só Rebekah que representa uma ameaça a sua vida e ela pode mudar de ideia, Harry, eu só preciso errar com algo pequeno com ela e ela vai se vingar de mim como fez com Klaus e eu não posso te proteger de tudo e todos. — Agora ele soava mais calmo, mas parecia melancólico ao dizer. — Me desculpa por estar sendo um merda com você, mas eu realmente não sei lidar com isso.

Nesse momento ele estacionou o carro e Harry notou que eles haviam chegado na propriedade dos Tomlinson. Dava pra ouvir o som alto do lado de fora do carro, mas Harry não sentia nenhum pouco de vontade de sair daquele carro e se afastar de Louis. Era impressionante como as coisas ficaram uma merda de repente. Ele não queria ficar assim com ele.

— Eu nunca queria ter me afastado de você, nunca quis isso. Desde que eu te vi pela primeira vez tudo foi intencional, me lembro de te ver pela primeira vez na sala de aula e me impressionei pelo seu rosto angelical e seu jeito tímido, você chamou minha atenção Harry, e desde esse momento você foi se tornando cada vez mais importante para mim, nunca minha vontade foi te manter distante, eu vi isso como uma necessidade pelo seu próprio bem estar. — Harry ouviu em silêncio e agradeceu pelo carro estar escuro, Louis não precisava ver a emoção que surgia em seu olhar. — Esqueça isso por hoje apenas e vamos aproveitar a noite.

strange happenings [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora