+18| Emma Miller, uma recém formada advogada, se vê perdida em meio ao fim do mundo. Contudo um caçador consegue salvá-la do seu maior cativeiro, sua mente.
Depois de sofrer uma grande decepção, Emma precisava aprender a sobreviver. Em meio ao caos...
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uma semana antes...
EMMA MILLER
Era final da tarde de mais um dia em minha vida. As noites começavam a esfriar drasticamente, porém eu até que gostava do frio. O que eu não curtia tanto era estar naquele inferno chamado Atlanta. Mesmo sendo um dos piores lugares do mundo a vista era até bonita.
Olhava pela grande janela que tomava a parede de meu apartamento novo, o céu estava nublado e diversas pessoas caminhavam pela rua, era uma vista de tirar o fôlego de qualquer um.
Ter uma vista como aquela em minha casa foi um dos meus sonhos por anos e hoje finalmente consegui realizar.
Na verdade tudo que está acontecendo em minha vida é como um sonho.
Eu tinha conseguido o emprego dos meus sonhos, estava namorando um cara incrível e iria morar no melhor bairro de Atlanta, uma cidade de merda, mas mesmo assim... nem sempre podemos escolher.
A verdade é que eu queria mesmo estar em New York ou Miami, mas infelizmente a melhor oportunidade de emprego apareceu em minha cidade natal. A cidade que eu fugi por anos.
Há alguns meses me formei em Harvard em direito e desde então eu estava a procura do emprego perfeito. Fui contratada a duas semanas pelo maior escritório de advocacia dos Estados Unidos, sou realmente uma vadia inteligente e sortuda. No fim tive que voltar para Atlanta, tinha trabalhado duro por esse diploma e não poderia me dar o luxo de desistir.
Respirei fundo e tomei mais um gole de meu café preto. As memórias horríveis daquela cidade me assombrava, mas eu precisava esquecer meu maldito passado. Olhei para meu apartamento espaçoso e sorri, eu tinha acabado de pegar as chaves com o corretor, não tive a chance de olhar muito ele. Comecei a explorar o lugar, a sala era relativamente grande e tinha uma cozinha em estilo americano. Já tinha alguns móveis, mas todos eram bastante impessoais, preciso comprar algumas decorações.
Além do quarto principal com banheiro e closet, tinha mais dois quartos, um banheiro e um lavabo. Depois de explorar os quartos eu fui até a cozinha e abri a geladeira, meu celular vibrou no bolso do meu casaco, era Ethan. Fechei a geladeira e atendi o celular.
— Oi amor.
Ethan Jenkins era meu namorado a cerca de um ano e oito meses, havíamos nos conhecido em Boston e nos apaixonado quase à primeira vista. Eu queria me casar com ele, mas ele era super metódico e precisava me conhecer mais antes de decidir se eu valia a pena.
Para a família dele eu não valia a pena, eles não me consideravam o suficiente para Ethan. A primeira vez que conheci a família dele foi no feriado da independência, eles eram de uma longa linhagem de nigerianos e me olharam com bastante desgosto ao percebe que eu era mestiça. Eu era a porra de uma mestiça que iria arruinar o sangue nigeriano perfeito da família dele. E na verdade eu nem conseguia entender essa merda, a vovó Jenkins era literalmente casada com um branco.
