+18| Emma Miller, uma recém formada advogada, se vê perdida em meio ao fim do mundo. Contudo um caçador consegue salvá-la do seu maior cativeiro, sua mente.
Depois de sofrer uma grande decepção, Emma precisava aprender a sobreviver. Em meio ao caos...
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⚠️Aviso: esse capítulo contem menção a tentativa de estupro.
dia vinte e nove...
EMMA MILLER
Quase um mês desde o fim do mundo e tudo que eu fazia nos meus dias era tentar sobreviver.
Estava sentada em meu carro, a gasolina que eu tinha conseguido a poucos dias acabou de vez e eu já não sabia o que fazer. Olho para a garrafa em minhas mãos que também estava vazia, era a primeira água que eu tinha encontrado na última semana.
Eu estava começando a me desesperar, tudo tinha desandado depois daquele dia.
No dia que sai do prédio encontrei o mercado. O lugar parecia abandonado, mas uma das portas estava aberta e provavelmente foi saqueada. Entrei no lugar tentando ouvir algum barulho suspeito. Estava tudo revirado e não tinha sobrado quase nada nas prateleiras. Respirei fundo antes de entrar de uma vez no mercado, os corredores estavam iluminados pela luz das grandes janelas então era possível ver o que havia sobrado.
Guardei os únicos enlatados que tinha nas prateleiras, absorventes, uma lanterna e pilhas. Peguei uma barraca de acampamento e alguns produtos de higiene. Eu tinha cobertores e um casaco de inverno no carro, para minha sorte.
Porém tomei um grande susto quando um morto agarrou meu casaco. Eu não tinha visto ele estava distraída demais. O morto estava preso em algumas prateleiras, não conseguia sair sozinho, mas mesmo assim ele conseguiu me segurar e tentou me morder enquanto eu me soltava dele.
Eu fiquei bastante assustada, mas apunhalei sua cabeça com a faca que trouxe comigo. Foi uma sensação horrível, parecia que eu tinha matado uma pessoa de verdade, não um monstro.
Depois de pegar tudo que serviria para mim, voltei para meu carro que estava estacionado em frente a rua. Naquele dia eu tinha decidido me afastar o máximo que eu conseguia do centro de Atlanta, porém não foi um bom plano. Boa parte dos mortos tinha indo na direção da explosão, porém ainda assim havia aqueles que se desgrudaram do grupo, era perigoso ficar sozinha e sem proteção.
Além disso havia muitos carros nas ruas que bloqueavam as passagens principais.
Passei esses dias escondida em meu carro tentando não enlouquecer, mas era difícil quando havia tantos mortos pelas ruas. Muitas vezes eu conseguia me esquivar dos mortos, mas na maioria das vezes eu precisava matá-los. Já estava cansada de me esconder então uma semana depois decidi ir procurar meus irmãos na casa dos meus pais. Toda água que eu tinha acabara pouco antes de chegar no bairro deles, estava quase morrendo de sede.
O bairro de classe média estava praticamente vazio e já estava escuro quando eu finalmente cheguei.
Parei meu carro em frente da casa dos meus pais, foi naquele lugar que passei parte de minha vida. Fui infeliz, mas eu desejava mil vezes viver aqueles anos de novo em vez do inferno de agora.
