Capítulo 3

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4 anos antes


Conheci Theo aos seis anos quando ele foi ao orfanato com a mãe eu estava chorando em um canto, pois eu tinha sido rejeitada por mais uma família e o idiota me disse que chorar só me deixava mais feia, então ele me deu uma bola de sorvete de chocolate e disse que tudo melhorava com sorvete, daquele dia em diante viramos inseparáveis farinha do mesmo saco companheiros de aventura Theo fazia com que meus dias ficassem mais interessantes pregávamos peças nas pessoas, montávamos acampamentos em eventos sociais para adultos, e quando brigávamos resolvíamos com sorvete.


Aos oito anos eu comecei a frequentar a mesma escola que Theo e seus irmãos Thomas e Mariah, quando fomos ficando mais velhos eu ganhei permissão para ir à casa dele nunca tinha visto um lugar tão grande cada um tinha seu quarto o que era uma novidade e tanto para mim. Aos 14 anos quando eu finalmente ganhei uma família foi o momento mais radiante da minha pequena vida, eu estava naquela fase estranha que todo pré adolescente passa muitas espinhas, mau humor e em guerra com o mundo, ao contrário de mim ele não teve uma fase feia ele era o crush da grande maioria das meninas da nossa faixa etária, então a atenção dele começou a ficar concorrida demais para mim, ele estava ocupado lidando com meninas e eu ocupada com o ballet e os estudos, mas sempre no final ele me procurava não importa o que acontecesse era para mim que ele ia.


Nós tínhamos praticamente uma rotina Catarina me deixa na escola pela manhã e quando eu não tinha ballet a tarde Theo vinha andando comigo até em casa, às vezes ficávamos conversando na beirada da praia outras íamos para casa dele jogar videogame ou eu convencia a ver um filme, ele jogava vôlei então eu também assistia seus treinos de vez em quando e ele via minhas apresentações,meu ciclo de amigos era baseado na família Bragança, Mariah e eu gostávamos de irritar Thomas quando ele começava a namorar uma menina sempre contávamos coisas constrangedoras para elas.


Logo depois que Catarina assumiu de vez o papel de minha mãe não que ela já não fizesse isso antes ela era o mais próximo que tive disso durante toda vida, ela conversou comigo aquela conversa constrangedora que sempre rola entre pais e filhos para mim não foi por que tudo que eu sempre quis foi essa relação, foi nessa conversa que me questionei alguma vez se eu gostava de Theo mais que uma amizade, mas nós duas concluímos que eu só precisava conviver mais com outras pessoas deixar as pessoas entrarem em minha vida. Eu comecei a sair com Mariah e as amigas dela, acabei conhecendo várias outras meninas, mas eu me sentia diferente de todas elas pareciam que ninguém me entendia, mas mesmo assim fiz alguns colegas me deixei mais aberta.


Um dia durante a tarde eu estava sozinha em casa tinha acabado de chegar do balé quando recebi uma mensagem de Theo que demorou poucos minutos para chegar em minha casa ele estava indignado subimos para meu quarto e sentamos no tapete.


_ Você chegou muito rápido, tá me vigiando agora.- falei brincando._ Eu estava no shopping com Camila, mas ela encheu meu saco.


Ele não parecia querer falar nada provável que era algum problema com Camila então também não falei nada, comecei a desfazer o coque eu meu cabelo grampo por grampo já que meu cabelo estava curto usava muitos, o silêncio era estranho e ruim, mas necessário não sabia muito como agir quando ele falava da sua vida amorosa.


 _ Você não tem ideia de como vocês são complicadas. — Ele disse deitando de vez no tapete e olhando para o teto do meu quarto. _ Achei termos combinado de não falarmos de assuntos que eu não domino, amor e flertes e com você Theo.

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