seventeen.

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Depois do momento levemente — foca na ironia — constrangedor entre a menina do aeroporto não ter aceito o fato de Jooha ter namorado, pois segundo ela, cria firmemente que ele era hétero, e feito o maior escândalo, pudemos ir embora em paz. 

Eu já estava quase perdendo minha paciência e dando na cara daquela loira de farmácia, quando um segurança surgiu do além e levou aquela sem noção. Quando entramos no carro, foi um silêncio absoluto, isso até o celular dele começar a tocar e no ecrã estar escrito em todas as letras "Meu bombomzinho" e já digo agora, como uma pessoa amarga e solitária, que a primeira coisa que eu fiz foi vomitar arco-íris. 

Ele atendeu e a voz extremamente animada e feliz de Yuri preencheu todos os auto falantes do carro, perguntando onde estávamos e quando iríamos chegar, que já estava tudo pronto para minha chegada no apartamento deles. 

— Amor, já estamos no bairro do nosso condomínio, logo iremos chegar. Não fique afobado. — a expressão séria foi substituída por um sorriso completamente genuíno ao ouvir a voz de Yuri que deixou levemente invejosa pela relação tão fofa dos dois — É só questão de tempo.

Alex? — chamou e eu, que estava praticamente meio dormindo, porque estava quase caindo no sono quando ele ligou.

— Hmn? Eu? — me atentei e o ouvi dar uma curta risada. 

Provavelmente tinha reparado em minha voz meio débil.

Está cansada? 

— Não vou nem responder esta pergunta, Yuri. — resmunguei e ele riu do outro lado da linha com meu mau humor.

Aconteceu de novo, Joo? — esse desgraçado sabia o que tinha acontecido, porque mais do que ninguém, era bem informado que seu namorado era muito bonito.

— Sim, e ela está de cara virada desde então. Não que já tivesse chegado com uma cara muito boa... — brincou e eu quase voei no pescoço dele.

Já tinha mencionado antes que eu não gosto dele? Não? Pois já deixo dito, eu não gosto dele. 

Relaxa, ela é assim mesmo. — comentavam descontraídos sobre minha pessoa, como se eu simplesmente não estivesse aqui também — Se acostume, porque é quase sempre assim. Você vai passar mais tempo com ela do que eu, então é melhor que se deem bem. 

QUASE caí dura. Como assim terei que passar mais tempo com ele?! 

— Yuri, como assim...?

Ah, eu não tinha te falado? — riu sem graça — O Joo, trabalha em casa.

— É, Alex. Eu trabalho em casa como tatuador e, às vezes, vou para a casa de clientes.

Meu ânimo de morar com Yuri desmoronou rapidamente em segundos.

Não me levem a mal mas, sinceramente, só de pensar em estar boa parte do dia - sozinha - com esse Zé bonitinho me dá nos nervos. Por algum motivo, desde que Yuri o apresentou para mim, nunca, nem uma única vez, consegui olhar 'pra cara dele sem me sentir enjoada. Aceitei que nosso santo não bateu e deixei por isso, mas ainda me sinto incomodada, estar tão perto dele me constrange. Não sei dizer se esta é realmente o termo certo a se usar em tal situação, contudo, sua presença me causa desconforto visível, visto que ele também me evita. Provavelmente notou minhas reações nada discretas em sua presença, desde o primeiro encontro em Kwangju, na província de Jeolla do Sul. Bem próximo a Jeju, razoavelmente.

Lembro-me bem daquela humilhação que passei há três anos e meio. Ainda me sinto estranha ao lembrar da situação em que me meti, ao quase invadir o banheiro masculino, pois tinha certeza que esse maluco tinha pego o meu liptint. E isso que eu nem sabia que eles estavam quase em um relacionamento.

A Nᴏᴏɴᴀ ᴛᴀ ɢʀᴀᴠɪᴅᴀ?! | × BTS Onde histórias criam vida. Descubra agora