12☆Prisioneiros de Ambrose☆

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Raika sente todos os ossos do seu corpo doer como se tivesse caído de um penhasco. Ela se força a abrir os olhos mesmo que seu corpo pedisse para mantê-los fechados e voltar a dormir.

O aço frio contra seus pulsos é tornozelos lhe indicam que ela estava acorrentada mesmo antes de olhar para as correntes que lhe penduravam pelos braços contra a parede e prendiam suas pernas.

Olhando em volta pode notar que o local em que estava não era a sala de antes. O ambiente tinha uma iluminação melhor e no lugar do cheiro de mofo havia um leve toque de lavanda, os móveis estavam bem conservados e nenhum sinal de poeira à vista, tambem havia uma escada em espiral conectada a um andar acima. O outro lado do cômodo era mobiliado com uma cama com dorcel e sobre ela uma criança repousava, a mesma criança das fotos de antes. Não aparentava ter mais que sete anos, parecia que dormia tranquilamente mas a jovem fada sabia que a realidade era outra: aquela criança estava morta.

Ao olhar para o lado finalmente o encontra, Yohan ainda desacordado.

Ela luta para se soltar mas a única coisa que consegue é machucar ainda mais os pulsos acorrentados. O aço astava protegido por magia que o tornava ainda maos resistente e bloqueava seus poderes. A única forma de abri-las era com a chave.

— É inútil — a voz familiar vinha da mulher de cabelos escuros e olhos violetas que descia as escadas — não vai conseguir se soltar não importa o quanto tente.

Raika a encara acompanhando cada movimento atenta a qualquer sinal de que a mulher faria algo contra ela ou o outro ao seu lado.

— Esse olhar ameaçador não combina com uma criança tão fofa quanto você — sorri e coloca a bandeja que trazia sobre o criado mudo ao lado da cama, naquela bandeija estava a chave que ela prescisava junto de uma jarra com agua e um copo. — Meu nome é Ambrose. Posso saber o seu?

A acastanhada permanece em silêncio obiservando, indiferente. Então a ladra de memórias se aproximar dela.

— Foi muito esperto da sua parte criar aqueles espinhos e se furar antes de adormecer. Como sabia exatamente que aquela erva com espinhos era o antídoto para aquela porção?

Raika vacila inpercepitivelmente. A mulher havia percebido o que ela fizera. Um pouco antes de perder a consciência ela controlou ervas que chegaram até suas mãos, não para atacar a oponente mas sim porque aqueles espinhos eram o antídoto para o veneno que estava sendo usado contra ela e o mais velho.

— Graças a isso, você só ficou desacordada por alguns minutos — a mulher desvia o olhar para Yohan — É uma pena que seu irmão não teve a mesma sorte.

Quando termina de falar, Yohan começa a se mecher minimamente acordando aso poucos, pela dificuldade em abrir os olhos a mais nova soube que ele se sentia como ela ao despertar.

— Como...? — a mulher retruca

— Sinto que tem espinhos na minha bota — diz ele com a voz ainda sonolenta.

— foi mal — Raika finalmente fala com um sorriso ladino — foi o melhor que pude fazer na hora.

Ambrose finalmente percebe, a jovem fada também havia criado plantas com o antídoto para seu irmão.

— Você é realmente incrível — se aproxima da menor segurando seu rosto com uma das mãos — Acho que posso fazer bom uso dessa sua mente brilhante.

— Tira as mãos dela — Yohan ordena com ira nos olhos.

Raika tenta se desvivenciar das mãos geladas da mulher mas é em vão tentaculos de magia emergem da parede fazendo-a ficar imovel. Ambrose aproxima seu rosto do dela colando suas testas. Toda a cor do rosto do azulado some ao perceber o que a mulher pretendia fazer.

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