Memórias

17 ☆Novos aliados☆

— Por favor... me ajudem

Os três irmãos encaram a cena sem entender direito o que estava acontecendo. Porque diabos aquela mulher que a pouco tentava os matar agora suplicava por ajuda diante do casal que à imobilizaram? E ela também parecia diferente agora, não mais como uma mulher de meia idade, mas sim alguém que ainda está na casa dos vinte.

Pela expressão na face de seus pais eles sabiam que o memo passava pela cabeça deles.

Talvez aquilo não passasse de um teatrinho para confundi-los e escapar enquanto todos mantinham a guarda baixa.

— Eu imploro, me ajudem - Ela pede novamente molhando suas bochechas com as lágrimas que não davam sinais de que cessariam.

Flora encara a mulher caída imóvel aos seus pés com aquele olhar... aquele olhar não parecia de forma alguma fingimento. Era realmente um pedido de socorro ou talvez ela apenas fosse muito boa em encenar. A dúvida lhe assombrava mas não queria correr o risco de iguinorar o pedido de ajuda por mais que as chances de ser sincero fossem pequenas.

A fada se ajoelha perante Ambrose fitando os olhos chorosos da morena, o que faz Helia ficar em alerta, ele não evitaria em usar a outra adaga caso a mulher tentasse alguma gracinha.

— O que quer dizer com isso? - a acastanhada pergunta ríspida? — acha que farei algo por você depois de tudo que fez a mim e aos meus filhos?

— Não fui eu... eu não queria, juro que não queria, mas ele me obrigou — Responde entre soluços e lágrimas.

— Quem te obrigou?

— Mephisto

— Mephisto? - Yohan retruca ficando de pé depois de terminar de curar a irmã - O demônio Mephisto?

— Sim... Ele queria meus poderes e jurou salvar meu filho, então eu assinei o contrato...

— Você assinou um contrato comnum demônio? Tem merda na cabeça por acaso? — Raika interrompe.

— Eu não tive scolha, era a única forma de salvar meu bebê. Mas ele não cumpriu com o trato, meu filho morreu e agora ele quer traze-lo de volta à vida para cumprir com o acordo e roubar meus poderes. Ele tá tomando meu corpo para me obrigar a fazer isso.

— Então não é você que quer trazer seu filho de volta? — Tessia pergunta séria. Uma expressão nada comum no rosto angelical da pequena.

— Não, eu não quero, não mais — em nenhum momento as lágrimas diminuem, pelo contrário, enquanto mais falava mais chorava.

— E porque não está possuída agora? — Helia pergunta deixando claro que ainda não confiava em uma palavra que saia da boca daquela mulher.

— Eu não sei...

— tch! É claro que não

— Por favor, vocês precisam acreditar...

— Prove — Yohan interrompe se colocando entre a mulher e seus pais — nos entregue o que viemos buscar.

Flora e Helia se entreolham confusos mas não interferem no que quer que o filho estivesse planejando.
Raika fica de pé e se aproxima também.

— Preciso toca-la — Ambrose indica Flora com o olhar

Flora sente os ramos que prendiam Ambrose se mexerem levemente sem seu consentimento, ela desvia o olhar para a única pessoa no cômodo que poderia ser responsável por isso. Raika sinaliza com a cabeça pedindo controle total das plantas que aprisionavam a morena. Mesmo exitante ela concede o desejo da menor cujo o olhar permanece confiante.