Rainha Helena desperta ainda sonolenta com o tumulto na porta de seu quarto que a obriga a acordar.
O pouco que se podia ouvir devido a boa isolação sonora do quarto era que alguém discutia do lado de fora.
Com brutalidade a porta de seu quarto é arrombada e a pessoa que ela menos queria ver o rosto aparece em sua frente. Arturo lhe obriga a se levantar da cama sem quaisquer gentileza.
- Pra onde você mandou a vadia e o bastardo? - esbraveja o homem com fúria no olhar.
- Do que está falando? Finalmente endoidou de vez?
O Rei levanta a mão e desfere um tapa contra o rosto da mulher.
- Não seja dissimulada, eu já sei de tudo, então é melhor me dizer onde aquela puta é seu pequeno espúrio estão escondidos.
- Então deveria saber também que mesmo que me levem a força não direi uma palavra sequer - por nenhum segundo a mulher vacilou.
O Rei desconta sua raiva nos objetos do quarto destruindo tudo que via pela frente.
Os criados apenas assistiam assustados sem coragem para intervir a rainha permanece indiferente ao comportamento inapropriado do dito rei à sua frente.
- se acha que seu silêncio é o suficiente para me impedir, saiba que está enganada - diz o homem dando uma pausa na destruição do cômodo - eu encontrarei eles e darei um fim a essa brincadeira de mal gosto.
- Divirta-se tentando - foi a resposta de Elena. Já faziam anos que Ambrose e Luck haviam partido, não seria fácil encontrá-los agora.
/ / / /
Dos aposentos da rainha ele segue pelos corredores do castelo com um destino em mente.
Só de pensar que sua imagem que tanto lutou para construir poderia ser destruída por um bastardo indesejado. Quando o médico lhe contara o que descobriu sobre a criança da dama de compania da rainha tudo que veio à sua mente era que precisava se livrar de ambos o mais rápido possível, não iria permitir que manchassem sua imagem perfeita.
O homem segue pelas escadas que davam para os calabouços do castelo. A medida que descia os degraus o local ficava menos iluminado. Ele não permitiu que nenhum criado o seguisse, apenas aquele guarda que estava sempre ao seu lado.
No fim do calabouço escuro e frio tinha uma sala com enormes grades de um metal espesso que nem mesmo com um ataque mágico se romperia mas apenas um toque do rei - que era a única pessoa com acesso aquela sala - a porta se abriu.
Era um quarto cavernoso em forma de domo que não tinha nada além de um celo enorme desenhado no chão.
O guarda se põe à entrada do cômodo e o rei o adentra ficando no centro do celo.
Ele murmura algumas palavras em outra língua e as linhas que formavam o desenho no chão começam a brilhar, uma sobra surge por entre as linhas se juntando em um ponto em frente ao rei tomando uma forma humanoide.
- Ao que devovo a honra de seu chamado meu mestre? - a voz da criatura era rouca e melancólica.
- Tenho algo que preciso que faça
- Sabe que não fasso nada de graça, certo?
- estou disposto a lhe poupar desse celo onde esteve preso nos últimos séculos se cumprir com essa missão.
Uma linha vermelha se curva, onde estaria a boca do ser se fosse humano, esboçando um sorriso medonho no "rosto" dele.
- Vai ser um prazer negociar com vossa magestade.
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Memórias
FanfictionO que era pra ser uma missão para relembrar os velhos tempos como winx, acaba com em uma tragédia para a Fada da natureza. Depois de perder a memória, Flora terá que lidar com a vida de esposa e mãe mesmo sem se lembrar de um dia ter casado e tido...