Nothing is as it seems

Jealous?

Regulus Black e Sirius Black, irmãos e melhores amigos.

Sirius teria que ir embora e Regulus não gostava da ideia de não ter seu irmão consigo, então o fez prometer mandar cartas.

Sirius mandava várias no começo, mas ao longo do ano ele foi ficando muito ocupado com os novos amigos pra mandar cartas todos os dias para Regulus, esse que por sua vez havia ficado com raiva do irmão não o mandar mais cartas com tanta frequência e ele sabia que a culpa era de um certo Potter, o atual melhor amigo de seu irmão.

Nas férias do primeiro ano de Sirius, Regulus não o recebeu com a animação que se era esperada;seus pais estavam negligenciando o pequeno Sirius, esse que já esperava, mas não de Regulus.

—Reg, tá tudo bem?—Pergunta o moreno mais velho enquanto entra no quarto de seu irmãozinho.

—Sim, Sirius. Por que não estaria?—Fingir indiferença era algo trabalhado naquela família desde os primórdios e como um bom Black caçula que era, ele sabia usufruir dessa arte.

—Achei que você iria me buscar na KingCross junto com o Monstro. Nas cartas você parecia tão animado pra saber sobre meu ano em Hogwarts.—Sirius sentou-se na cama do menor ao seu lado enquanto tentava analisar o que o irmãozinho pensava. Regulus estava chateado com algo e Sirius iria descobrir o que era.

—A mamãe não me deixou ir.—Falou fingindo ler um livro qualquer de poções do 1° ano de Hogwarts que o mesmo fez o Black patriarca comprar para ele junto com os materiais de Sirius.

Sirius sabia que isso era uma meia verdade. Walburga realmente não deixara o garoto ir, mas conhecendo Regulus, ele daria um jeito, ele sempre dava, mas a questão é, porque o cacheado não quis ir e o ignorou após um ano letivo inteiro longe dele.

—Vamos, Reg, o que está te incomodando. A mãe te ameaçou de novo? Foi porque entrei para a grifinória?—Falou tirando o livro das mãos do garoto, eles tinham que conversar.

—A mamãe não me ameaçou, Sirius, mas ela talvez tenha razão e os grifinórios sejam uns metidos influenciáveis e você se tornou um e agora não liga pra nossa família, nem pra mim.—O pequeno garoto de 9 anos falava com lágrimas nos olhos. Então o seu irmãozinho estava com ciúmes.

—Hey, estrelinha, você tá com ciúmes?!—Riu divertido. Sabia que seu irmão era apegado a si, ele também era no garoto, mas não sabia que era tanto. Regulus não respondeu e ignorou a pergunta/afirmação.—Reg...Ei, eu ligo pra você, ligo pra nossa família, você é minha família. Desculpa não ter mando tantas mensagens, eu tinha muitas coisas pra fazer e você vai ver quando for seu primeiro ano. Mas eu me importo com você, você é meu irmãozinho, lembra? Então para com isso e vem me dar um abraço, pois eu tava morrendo de saudades.

Ainda com uma leve carranca no rosto infantil, o garoto permitiu que seu irmão o abraçasse e por mais chateado que estivesse, não podia negar que havia sentido tanta falta de seu irmão mais velho. Sirius o protegia, por mais que o mais novo negasse que precisava de proteção, e estar sem ele por perto pela primeira vez em 9 anos foi difícil, até demais.

As férias foram boas ao lado de Regulus. Eles leram, conversaram, jogaram quadribol juntos, por mais que Sirius não amasse o esporte tanto quanto seu irmão, mas fazia para agrada-lo.

O segundo ano chegou e Sirius não via a hora de ver seus amigos. Amava estar com seu irmão, mas a áurea da mansão Black era tão sombria quanto seu nome sugeria.

Sendo um bom Maroto que era, apelido inventado por ele e James e apoiado por Remus e Peter, ele amava fazer pegadinhas e acabava arrastando Remus, que era o completo oposto dele, tanto que se complementavam de forma instantânea.

Regulus por outro lado estava em casa enviando cartas para sua prima Tonks, isso as escondidas. A garota entraria em Hogwarts junto com ele e o mesmo estava ansioso para ver a prima.

Mesmo que seus pais não tolerassem a mera menção da garota e sua família, ele ainda assim mantinha contato, isso graças a um encontro inesperado de suas famílias, se tornaram amigos e prometeram trocar cartas sempre e desde seus 7 anos vem sido assim.

O ano passou lento demais para o Regulus de 10 anos e rápido demais para o pobre Sirius que ansiava e odiava a volta a casa.

Essas férias por sua vez foram exaustivas. Seus pais o importunaram e não deixaram quase os garotos brincarem e serem crianças comuns. Regulus se encontrava aflito sobre sua ida a Hogwarts, nunca fora bom com pessoas e iria conhecer o descarado do Potter. Não era segredo para ninguém que Regulus não gostava do grifinório mais velho, coisa que agradava seus pais e deixava Sirius intrigado, afinal, ele sabia que James iria amar conhecer Regulus, já Regulus, bom, nem tanto.

No trem para Hogwarts, Regulus fez questão de ir junto a futura Lufana de cabelos coloridos ao invés de compartilhar a cabine com seu irmão e os amigos encrenqueiros dele. Regulus não queria problemas logo em seu primeiro dia e também não queria aborrecer sua mãe.

Regulus se encontrava encantado com Hogwarts, e por sorte foi designado para a casa das cobras, o que deixou não só ele aliviado.

O garoto se encontrava animado para enviar uma carta para casa avisando a casa que caíra. Ele queria a validação de seus pais, claro. O pequeno Regulus ainda não entendia que, infelizmente, ele nunca teria essa validação, por mais que tentasse.

Sirius estava feliz pelo irmão, pelo menos ele não seria azarado e torturado assim que pisasse em casa, mas por outro lado ele se sentia sozinho, sem alguém que realmente entendesse o que ele passa. Ele queria proteger Regulus, mas também queria ser protegido, entendido e acolhido, porém, no geral, isso era difícil tendo em conta que ele era o irmão mais velho.

Era apenas o segundo dia de Regulus em Hogwarts e James não teve sequer uma brecha para se dirigir ao garoto. Ele estava animadíssimo com a ideia de se tornar amigo do irmão de seu melhor amigo, o que o James de 13 anos não sabia era que o Regulus de 11 anos nutria apenas raiva pelo grifinório e iria passar maus bocados frente ao, agora, sonserino.

1 semana, é isso, 1 semana que James tentava se aproximar do Black e ele sempre dava um jeito de fugir de suas investidas. James, como um bom grifinório que era, não desistiria fácil, então decidiu seguir o sonserino pela escola sempre que pudesse e isso com certeza não iria acabar bem.

 

Notas do autor.
É, eu tô em um pico de criatividade kakak
Enfim, espero que gostem desse capítulo.