Nothing is as it seems

Date?

Esse era o 5° ano e James mal conseguia acreditar que daqui 2 anos ele não estaria mais em Hogwarts e é, aquilo assustava ele. O que ele faria da vida? Ser um auror? Descer magia em filho da puta? Ele não sabia, mas ele tinha muito o que estudar e resolver, então essa decisão teria que esperar.

Regulus andava meio pensativo sobre muitas coisas em sua vida e sobre si mesmo. Ele não sabia com quem falar, bom, ele falou com James e era bom falar com ele, mas ele não podia falar sobre James para o próprio James, então não sabia bem o que fazer e em uma de suas tardes no jardim com Ninf, eles costumavam passear pelo jardim juntos pelo menos duas vezes na semana e Ninf sabia que essas horas eram sagradas pra Regulus, o sonserino decidiu conversar sobre como se sentia com ela.

—Ninf, tenho algo em mente.—falou olhando para as flores que haviam ali, ele gostava delas, eram bonitas e cheirosas.

—Quer falar sobre?—Perguntou olhando para o primo.

—Sim!—Seguiu falando ao não ver sombra de fala por parte da garota.—Acho que sou gay, mas nunca beijei uma garota pra saber.

—Não precisa beijar pra saber, Reg! Eu mesmo sei que gosto de meninas, meninos e tudo no meio disso e até então eu nunca beijei ninguém.

—Então você é pan que nem o James.—Falou meio alheio.

—James? O Potter?—Regulus percebeu que falou demais, mas bom, era Ninf, ela não iria surtar como Sirius fazia.

—Sim, ele é pan e gosta de mim.—Uma sombra de sorriso ameaçou surgir no rosto do sonserino.

—Ahh, então é dele que você gosta!—Falou animada quase pulando no primo.

—Achei que já tivesse sabendo. Esperava mais de você, Ninfadora.—Falou tentando um ar brincalhão e Ninf sendo Ninf, riu.

—É bom saber que está aceitando que gosta dele, mas falou isso a ele?—Perguntou curiosa.

—Não!—Falou apenas isso, não queria falar exatamente sobre aquilo.—Voltando, como eu descubro se gosto de meninas também?

—Bom,...se imagina beijando uma menina ou fazendo coisas além com ela?—Perguntou olhando para um rosto contorcido do primo.— Não, né?!—Regulus negou com a cabeça.—Ok, mas já chegou a gostar romanticamente de uma?—Novamente Reg negou.—E com meninos? Com o James?

—Meninos, talvez, James, sim—Corou fortemente.

—Eu não posso te dizer o que você é ou não, mas espero que você tenha analisado melhor como se sente a partir dessas perguntas, ok?

Regulus sorriu para a prima.

O Black mais novo não tinha certeza se era gay mesmo, mas ele sabia que gostava de um garoto e esse garoto era James.

Esse ano, diferente do ano passado, a grifinória estava ganhando, não só no quadribol. James estava animado com isso, mas vamos ser sinceros, ele estava muito mais feliz por estar encontrando Regulus todas as noites na torre de astronomia e dessa vez o garoto não parecia querer desistir disso.

Ambos se encontravam sentados sob cobertores e almofadas transfiguradas pelo Potter. Regulus lia um livro qualquer e por perto dele estava o livro trouxa, ele ainda se encontrava hiperfocado em tal.

—Ainda lendo o livro trouxa?—Perguntou deitado nas almofadas.

—Sim! Terminei, mas li de novo.—Falou desviando os olhos do livro pra o grifinório. James estava usando uma calça xadrez vermelha de pijama e uma blusa cinza e ele estava lindo. Regulus passou a olhar cada detalhe, desde as coxas grossas do garoto até a pele morena. O sonserino queria muito beijar aqueles lábios de novo.

—Posso te beijar?

A pergunta surpreendeu ao Potter e até a si mesmo. Potter acenou positivamente com a cabeça e em seguida um sonserino também de pijama encontrava-se colando seus lábios. A posição era estranha, então James puxou o mais novo pra cima de si, este que não negou e avançou. Dessa vez Regulus foi quem pediu passagem com a língua e James cedeu com pressa colando mais ainda seus corpos. James levou uma mão a nuca de Regulus segurando firmemente os cabelos longos cacheados do sonserino.

Regulus levou suas mãos a cintura do Potter, mesmo que não soubesse bem onde tocar e se o grifinório gostaria, mas não pensou muito. Os lábios de James se descolaram dos de Regulus e se puseram a deixar selares no pescoço lisinho do garoto.

—Isso é bom!—Falou suspirando em seguida.

James sorriu com como o sonserino estava, mas acordou pra realidade ao sentir algo duro roçando em si lá embaixo e logo parou afastando o mais novo.

—Huh?  O que foi?—Perguntou um Regulus bagunçado. James não sabia o que dizer e não queria que o garoto o entendesse errado.

—Eu acho melhor a gente voltar a ler, sabe?—Falou torcendo pra que o garoto entendesse o que ele queria dizer. Regulus pareceu notar e saiu de cima do grifinório o mais rápido que pôde.

—E-eu, desculpa, eu vou, é melhor eu ir—O Black parecia totalmente perdido e antes que James pudesse falar algo, o garoto já havia saído porta a fora.

Regulus correu pra o banheiro dos monitores mais próximo e por sorte não era o da Murta. Ele se sentia um idiota por ficar excitado assim tão rápido, malditos hormônios adolescentes.

James por outro lado não estava tão diferente do sonserino, mas resolveu respirar fundo, arrumar a torre e acabou vendo que Reg havia esquecido seus livros.

Iria guardar-los para devolvê-lo.

Finalmente a grifinória havia ganho novamente e dessa vez todos iam comemorar em Hogsmeade e James decidiu convidar Regulus, mesmo que a casa dele tenha perdido. James mandou uma carta para o garoto avisando que o esperaria próximo ao caldeirão furado, afinal ele sabia um atalho que dava em um rio e o local era bem privado, então não correriam o risco de serem vistos por alguém que conheça os pais do mesmo ou por Sirius, porque James não estava nem um pouco afim de ser assassinado pelo amigo por estar...bom, fazendo algo com o irmão mais novo dele. Por sorte o Black mais velho estaria bêbado demais pra ver o sumiço do amigo.

Regulus recebeu a carta e ficou incrédulo, porque primeiro, a grifinória venceu, o que caralhos um sonserino iria comemorar? E segundo porque isso era uma espécie de encontro... não era? Ele não sabia, mas tinha que estar bonito, não, excelente.

Recorreu a sua estilista favorita, Pandora Lovegood, aquela garota fazia milagres.

—Certo, Reggaezinho, vamos te deixar lindíssimo.

—Isso eu já sou, Pan.

—Convencido—Sorriu e começou a fuçar as roupas que o amigo tinha e de lá tirou uma calça jeans trouxa que ele comprou em sus primeira vez em Hogsmeade, uma loja nas profundezas do vilarejo vendia alguns artefatos trouxas. A calça era preta e ficava levemente colada no garoto, uma blusa branca de botões, alguns acessórios como anéis, colar e brincos e no meio de alguns acessórios da amiga ele achou uma fivela verde pastel com uma estrelinha dourada brilhosa no meio e vendo o olhar do amigo para a fivela, Pan a pegou e colocou em uma mecha de cabelo do garoto e o virou para o espelho.

—O que acha?—Perguntou animada. Regulus havia amado, ele se sentiu bem, muito bem e o sorriso no seu rosto mostrou isso.— Então agora a fivela é sua.

Regulus tentou negar de começo, mas ela sabia que o amigo queria a fivela e estava negando por pura pressão social em sua mente para negar aquilo que ele queria muito, apenas por educação.

Regulus saiu por uma passagem secreta que James o havia ensinado com sua capa de Hogwarts em mãos, vestindo a mesma apenas quando chegou ao vilarejo.

Potter havia ido com uma calça jeans azul e uma camiseta estupidamente vermelha e um all star amarelo, claro que com sua capa do uniforme, tinha que vestir algo que dissesse que o mesmo era um aluno.

Quando James viu Regulus se aproximar e por Merlim, ele estava lindo e James só teve mais certeza que estava apaixonado por aquele garoto. E quando Regulus viu James ele também soube que havia se apaixonado profundamente pelo grifinório.