Nothing is as it seems

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As aulas acabaram por se tornar muito chatas. Não que os assuntos fossem desinteressantes, não, mas acabam se tornando chatos quando tudo que James tinha na mente era que Regulus o chamou de James e aparentemente confiava em si para desabafar algo, esse algo que ele pensa que pode ter sido sobre Sirius. Os irmãos andavam distantes após tudo que ouve nas férias, como Sirius se mudar para a mansão Potter. James era lerdo, até demais, mas isso não fugiu de sua vista, porém ele também não se intrometeria, não era da conta dele.

Após terminar todas suas aulas, ele se dirigiu a seu dormitório e mais tarde naquela noite, um James de pijama se levantou sorrateiro, pegou sua capa da invisibilidade e se dirigiu a torre de astronomia.

Um James levemente sonolento se sentou e pôs-se a esperar o sonserino mais novo, esse que se encontrava em sua cama nas masmorras pensando se realmente não iria de encontro ao grifinório que tanto mexia consigo.

Regulus sabia que era injusto com James, que o garoto não tinha culpa de como ele se sentia, ele não tinha culpa que ele era tão errado. Regulus iria, mas iria para dar um basta na proximidade entre eles.

James já se encontrava cochilando quando foi trazido de volta por um barulho, levantou-se rapidamente ao encontrar um Regulus com a aparência bagunçada na sua frente.

—Reg! Achei que não viria. Tá tudo bem?—Se aproximou do sonserino que sentiu como se tudo em seu ser estivesse aos poucos desistindo da ideia que outrora passava em sua mente.

—Sim!—Falou o mais sério que conseguiu. Ele não queria ver um olhar triste ou decepcionado naqueles olhos, ele não queria, ele queria olhar para aqueles olhos e ver felicidade, mas não qualquer uma, ele queria ser a razão da mesma.

James não se pronunciou, apenas olhou para o garoto mais novo que si e esperou, ele não sabia bem o quê.

Regulus quis tanto tocar James e para alguém que não gosta tanto do toque assim, ele queria muito mesmo e ele fez. Levou sua mão direita a bochecha esquerda de James que sentiu um arrepio correr seu corpo com tal toque.

O sonserino gostou de tocar James e ele perigosamente queria mais, então ele obedeceu isso. Ele aproximou seu rosto do de James aos poucos até que estivessem quase se beijando e antes que ele pudesse pensar em algo, James estava o beijando.

Potter sentiu como se estivesse no paraíso. Não era como beijar qualquer outra pessoa, era Regulus ali e mesmo sendo apenas um selar de lábios um tanto desajeitado, foi perfeito.

Regulus não sabia o que pensar ou sentir. Alguém o beijou por livre e espontânea vontade e não qualquer alguém, James Potter o fez.

Afastando-se alguns centímetros e juntando suas testas, James encontrou um Regulus de olhos fechados e lábios entreabertos em um suspiro silencioso. O Black caçula era lindo, ele parecia um anjo.

Regulus odiou o afastamento, ele queria mais, mas não havia se recuperado ainda daquele beijo, então continuou de olhos fechados por um tempo antes de abri-los novamente e encontrar James levemente corado com os lábios inchadinhos e dessa vez ele quem juntou seus lábios novamente, em um beijo menos tímido que o primeiro. James pediu passagem com a língua, Regulus hesitou um pouco, mas logo deixou a língua quente e macia invadir sua boca e por Merlim, Regulus sentiu suas pernas fraquejarem e mãos maiores que as suas segurar sua cintura, o fazendo contornar seus braços nos ombros do maior.

O ar já faltava, então descolaram seus lábios e olharam um para o outro.

—Eu—Regulus o interrompeu.

—Não fala nada, James.

Regulus pensou em fugir, ir embora e se esconder do mundo, mas ele logo lembrou de como se sentiu quando fizeram isso com ele, ele não queria ver James mal, sem falar que o sonserino se encontrava afetado pelo beijo do maior.

Ambos, ainda em silêncio se sentaram lado a lado. Regulus não queria pensar, ele teria muito pra fazê-lo amanhã. James se perguntava se o sonserino estava bem e como quem lê pensamentos, Regulus responde:

—Sim, eu tô bem, James!—Falou com um ar entediado.

—Você tá me chamando de James.—Falou como a maior novidade do mundo.

—É o seu nome, não?!

—Sim, mas eu me refiro que você só me chamava de Potter.

—Prefere assim?—Desviou o olhar de suas mãos para o garoto ao lado, esse que não sabia se olhava nos olhos do garoto ou para a boca que outrora beijara.

—Não, eu gosto quando me chama de James.—Falou em um sussurro um pouco alheio.

Mesmo com um lado de sua mente o dizendo o quão errado aquilo era, ele não conseguia ignorar o lado que implorava por James.

—Meus olhos estão aqui em cima, James.—Rapidamente James desviou os olhos, logo notando que era uma provocação por parte do sonserino. Agora os olhos do mesmo era quem estava em seus lábios.

Regulus pareceu acordar e virou o rosto. James estranhou, ele parecia querer agorinha, mas tudo bem.

—Reg? O que foi? Eu fiz alguma coisa?

—Não, eu só, isso parece errado.

—Porque? Por causa do Sirius? Se for—Regulus um interrompeu.

—Não tem nada a ver com Sirius. É só que, olha pra gente, somos dois garotos, isso—Foi a vez de James o interromper.

—Regulus? Sério isso?—Não viu sobra de zombaria no rosto do garoto. Ficou feliz pelo sonserino o ver verdadeiramente como um menino, mas isso não fazia sentido pra si. Eles eram garotos, sim, e daí?—E daí que somos garotos? Errado é machucar alguém ou impedir alguém de amar quem ele ama. Eu gosto de você,. Reg, de verdade, eu consigo ver isso agora.

Regulus não sabia o que dizer ou pensar. James gostava dele...James Potter acabara de se declarar pra ele.

—Você...gosta...de mim?—O mais novo pareceu esquecer por alguns segundos do assunto anterior.

—Porque eu te beijaria se não o fizesse?—Regulus concordou com a cabeça. Ele precisava pensar, fora muita informação, ele não sabia o que sentir, até seu desentendimento com o irmão fora esquecido.

—Tudo bem se eu for deitar agora?—Por mais nervoso que James estivesse, ele sabia que Regulus precisava ficar sozinho agora.

—Posso pelo menos que levar ao dormitório.—Com um breve aceno de concordância, ambos garotos se dirigiram juntos pelo corredor de Hogwarts, sem a capa dessa vez, James não queria que o garoto se sentisse impelido a tocar em si.

Ambos foram dormir com o coração eufórico e cheio de dúvidas.

Notas do autor
Mano, espero que se Day e Dyllan estiverem lendo até aqui tenham gostado kkk
Vejo vcs amanhã na escola, menines.
E pra galera daqui do Wattpad, espero que tenham gostado, até maiss.