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3 dias de passaram após o beijo entre o sonserino e o grifinório, James sentia saudade de conversar com o sonserino, mesmo que ele mais falasse do que ouvisse, mas ele sabia que precisa dar tempo ao tempo e a Regulus.

Remus estava achando James estranho, mais distante do que o normal e isso não era normal.

—Prongs? Tá tudo bem? Você anda distante ultimamente, até o Peter que é avoado percebeu. Aconteceu alguma coisa?—Perguntou se sentando ao lado do amigo no sofá na comunal da grifinória.

—Ah, oi, Remmy! Tudo bem sim, eu só ando pensando em algumas coisas.—Falou brincando com a barra da camiseta vermelha que usava.

—Sabe que pode falar comigo ou com Sirius, o Peter também, não sabe?—Colocou a mão sob o ombro do amigo. James olhou para o amigo ponderando se falava com ele ou não e decidiu por falar ao menos um pouco.

—Sabe, Moony, eu gosto de um garoto, mas ele não, bem, eu não sei bem se ele gosta de mim, ele me beijou, então talvez goste, né?!?—Remus acenou para que ele continuasse e foi o que ele fez.—Ele acha que é errado dois garotos se gostarem e sim, ele sabe que eu sou um garoto trans, não que isso mude exatamente algo, mas achei que por ele não ligar para esse fato ele ficaria menos,...não sei, Remmy.—James se sentia aborrecido, não sabia o que fazer.

—Bom, Jay, se ele realmente gostar de você, ele vai tentar driblar esses sentimentos dele, mas isso é algo sobre ele, Prongs, não há muito que possa fazer, apenas ouvi-lo e acolhe-lo caso ele precise.—Falou com um sorriso acolhedor. James nunca se arrependia de falar com Remus, ele sempre tinha razão das coisas.

Ambos acabaram por ficar horas conversando e James acabou dormindo no sofá da comunal, coisa que já fizera várias vezes.

Regulus por outro lado se sentia inquieto. Sentia saudades do falatório do Potter, do cheiro dele e até da mania insistente que o acastanhado tinha de batucar o dedo em qualquer superfície em um padrão que não demorou muito para o sonserino decifrar; ele gostava de padrões.

Passara 3 dias e ele ainda não sabia muito bem o que fazer, então foi conversar com sua fiel confidente, Ninf Tonks.

—Reg!—Sorriu animada ao ver o primo.

—Oi, Ninf, posso falar com você? Em particular?

Ambos se dirigiram a um corredor vazio.

—Você tá bem, Reg?—Perguntou vendo o primo e amigo torcer as mãos uma na outra enquanto se balançava de um lado para o outro.

—Eu gosto de alguém!—Admitir aquilo foi como tirar um peso, mas daí vinha o grande “problema”.—É um garoto, Ninf.

Tonks estranhou a falta de um sorriso no rosto do primo, será que o garoto não o correspondera?

—Ele gosta de você?—Perguntou cautelosa.

—Sim.—Falou se movendo mais e mais no mesmo lugar.

—Isso é bom, né?!?—Questionou incerta.

—Eu não sei, Ninf. Ele é um menino, pior, um grifinório, eu não posso gostar dele, os meus pais eles vão, eles vão—Regulus começou a hiperventilar e Tonks vendo isso tratou de acalmar o garoto.

—Reg, calma! Uma coisa por vez. Primeiro, qual o problema em ele ser um garoto? Sei que existem inúmeros preconceitos, eu entendo, mas se você gosta dele e ele de você, o que impede que fiquem juntos? Segundo, me desculpa, mas seus pais são extremamente ridículos. Eles não definem quem você é, Reg, ou quem amar, por mais que pareça que sim.—Regulus olhou apreensivo e ofegante para a prima. Ele estava ciente que seus pais eram antiquados, desprezíveis, mas ainda doía pensar sobre isso e até o dava uma certa raiva, mas a prima tinha razão, talvez ele devesse tentar.

Conversaram por um tempo, Ninf sabia o acalmar, a garota era doce e gentil, típico de uma lufana, mas também sabia proteger como ninguém.

Era fim de semana, então ele esperaria domingo à noite para encontrar James na torre de astronomia. Mandou uma carta para o garoto e não esperou retorno, ele só queria parar de pensar um pouco nisso, foi aí que se lembrara que seu irmão ainda estava brigado com ele. Ele iria falar com o mais velho.

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