Vinte e cinco anos atrás...
Pequim, centro mundial chinês famoso pela superlotação humana, sempre fora um grande concorrente econômico de Hong Kong, distrito independente da influência governamental que colaborava mesmo sob forte pressão política e civil por inúmeras questões. Uma delas sempre foram os problemas políticos na instalação de uma mão invisível vinda do extremo leste da China, que estava se apropriando da liberdade de expressão e economia dos habitantes de uma das cidades mais caras do mundo, como uma sombra de uma tempestade pronta para ser descarregada em solo. Entretanto, em meio ao caos das relações diplomáticas e sem saber que algo se aproximava o suficiente para dizimar toda e qualquer vida em um raio de quilômetros, um certo encontro inesperado iria acontecer no meio do mercado de Hongqiao, um dos maiores centros turísticos do setor 8, por pura distração de dois corpos que se chocam, restando vários produtos caseiros e um smartphone voando desenfreadamente no ar e um belo desastre caído ao chão após um forte choque de distrações, deixando ambos completamente atordoados.
— Nossa... o que foi... — agonizava Polaris, tentando se levantar, quando observava um garoto se arriscando na via tentando pegar seu smartphone.
Mesmo após perceber suas compras espalhadas no chão, a preocupação com o prejuízo de quem esbarrou com ele parecia ser mais importante, porém, em um rápido impulso Polaris puxa o garoto pelo braço bruscamente, salvando-o de um provável fatalidade, pois, a mera distração da busca pelo objeto não o fez observar a velocidade desenfreada de um caminhão abarrotado de metal que estava atravessando a via local em uma velocidade sobre- humana, não obstante, acaba por destruir completamente o smartphone, entretanto, seu dono respira aliviado por não ter acontecido nenhuma atrocidade, enquanto o garoto põe uma das mãos na cabeça, em sinal de preocupação de costas para Polaris, que tenta amenizar o acidente:
— Você está bem? Me desculpa pelo que aconteceu...
Mal termina de falar e observa o garoto virar em sua direção, roubando completamente suas palavras, deixando-o estático e sem saber por onde começava a admirá-lo, seja por seus olhos escuros, cabelos longos, liso e claros, sua boca carnuda ou o perfume altamente hipnotizante que fazia seu coração acelerar cada vez mais, roubando-lhe a reação mais natural, até que o detentor de tal façanha solta um radiante sorriso e lhe tira do transe:
— Está tudo bem, eu só... fiquei preocupado com seu telefone, ele parecia bem... caro, não sei se poderia comprar outra agora... — um pouco tímido, ele o olhava com um semblante tímido, enquanto Polaris ainda estava em total transe.
— Não... o telefone é o de menos... eu... — gaguejando enquanto fitava-o.
— Você está se sentindo bem? Ah! Eu nem me apresentei, Yellows Huang...! — fazendo a saudação Kowtow, curvando-se em uma reverência com as mãos postas, até que Polaris, consegue voltar do transe.
— Ah! Sim...sim... desculpe, Polaris Zhao — curvando-se na mesma saudação. — Me desculpe pelo ocorrido, eu esqueci que as ruas ao redor do mercado são sempre movimentadas, aliás, eu não prestei atenção a esse ponto, mas, e suas compras...?
— Não se preocupa, a maioria tava embalado... — observando rapidamente algumas frutas e verduras pisoteadas.
Sem pensar muito, os jovens começam a pegar do chão os itens que estavam embalados antes que fossem pisoteados e aumentassem o desperdício e a sujeira no ambiente. Restando algumas radiantes risadas de Yellows ao observar o semblante sem jeito do jovem esbarrador, que faz questão de voltar ao mercado e ressarci-lo de alguma forma. Após algumas tentativas de fazê-lo desistir, insistentemente uma provável dívida tinha sido paga e um smartphone amassado tinha sido completamente descartado, período em que ambos aproveitavam para trocarem conhecimentos ao longo das horas de volta do mercado.
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HIPERVIOLETA
FanfictionQuando um vírus criado por uma super inteligência artificial começa a exterminar a humanidade, um esquadrão é acordado para combater a onda de morte que assola o planeta. Contudo, o que era pra ser um simples combate se torna algo mais profundo quan...