Capítulo 23

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Sofia Narrando,

Não tinha mais nada pra fazer em casa depois de tudo limpo e arrumado eu tomei um belo banho e fui atormentar meu noivo no seu trabalho, parava a cada esquina para ficar informada das fofocas com as velhas que estavam sentadas ali olhando todo o movimento da rua, o percurso que era de 10 minutos levou quase duas horas, eu já estava com a barriga doendo de tanto rir.

Mas sabe quando você está com aquela sensação de que tem alguém te observando era assim que me sentia e quando vi um dos seguranças do Falcão passar eu peguei o bonde e fui junto contando as fofocas novas que tinha descoberto o que fazia ele gargalhar.

Falcão estava na sua sala bem concentrado olhando vários papéis na messa que nem me viu chegar.

Posso entrar?

Falcão: Você sempre pode, cansou de fofocar nas esquinas do morro.

Calunia hora dessa, eu estava trocando informações querido, o que faz de bom? 

Falcão: De bom nada, verificando a ficha dos novos moradores.

Deixa-me ver se não tem nenhuma concorrência aqui.

Falcão: nunca vai existir concorrência pra você amor. - Eu o beijei e fui ver as fichas, famílias, travesti, mulher fugindo do marido agressor e a última ficha me fez jogar todas as outras no chão.

O que ele ta fazendo aqui?

Falcão: Quem amor, conhece ele?

Não o deixa chegar perto de mim por favor não deixa. - Ele me abraçou e eu não contive o choro de medo de reviver toda aquela dor do passado que eu lutei tanto pra tentar esquecer.

O ChamadoOnde histórias criam vida. Descubra agora