ay caramba

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- Não posso aceitar isso, Kuscevic. - ela se afastou por completo, e porra, que falta o corpo dela fez no meu abraço - Eu não quero que você se envolva em briga por causa de mim, Carlos é um problema meu. - revirei os olhos, agora?

- Ele já foi um problema meu e eu soube resolver, por que você não quer que eu te ajude? a gente se livra dele até o final de semana que vem, eu prometo. - certo, era um prazo meio curto mas eu tenho dinheiro o suficiente pra contratar um assassino pra cuidar dele.

- Você não entende... não é só você, e eu que está em jogo... é a tua carreira Benjamín. eu nunca vou me perdoar se ele te prejudicar no Palmeiras, pra se vingar de mim. - suspirei levando as mãos na cintura - Sem contar que...

- Viviane, escuta. - segurei seu rosto a fazendo me olhar - Eu não tenho medo de nada que ele possa me fazer. eu não vou deixar você sozinha em momento algum, mesmo que você queira. entendeu? - ela suspirou segurando minhas mãos, as tirando do seu rosto e olhando pro lado.

- Eu odeio que as pessoas tenham pena de mim Benjamín, odeio que tenham que cuidar de mim, odeio, odeio, odeio! odeio que me coloquem como prioridade, que tenham que me defender porque não sei me cuidar, e eu não quero fazer isso com você, você não merece e porra, você sempre foi um grosso comigo, por que você se arrependeu do nada agora? - suspirei passando a mão no cabelo, a vendo com cara de choro.

- Quer saber? - disse a olhando depois de um curto tempo em silencio - Você é uma mimada, uma criança mimada do carajo, isso que você tá fazendo é criancice pra chamar atenção, tá fazendo cu doce porque não quer admitir que precisa de ajuda, tudo bem, se vira sozinha então, vamos ver se você consegue. - cruzei os braços e sua feição mudou de choro, pra raiva.

ela me encarou por segundos me deixando sozinho na cozinha, e bateu forte a porta do quarto.

- Porra! - sentei no balcão me dando conta do que tinha acabado de fazer - O quarto também é meu!

minha visão estava se turvando devido a agua nos meus olhos. me peguei chorando por causa dela. minha cabeça começou a latejar, me lembrando que eu não deveria ter bebido ao invés de almoçar, mas foi por uma boa causa. se eu não tivesse bebido, era bem provável que eu não desceria uns socos no Martínez, teria sido um cordial homem que mandaria ele tomar no cu e fecharia a porta, depois chamaria a policia e continuaria comendo minha saladinha em paz.

joguei minha salada fora e fui tomar um banho, pra me refrescar e tentar amenizar as várias dores que eu estava sentindo. a culpa por ter respondido Vivi daquela forma, a deixar sozinha nesse momento fodido, estavam doendo na minha alma. mas não conseguia tirar aquele beijo da cabeça, Deus como foi bom. eu preciso mais daquilo, e logo.

eu com certeza agi de uma forma ridícula a chamando de criança, mas não vou dar o braço a torcer, a culpa não é só minha, porra, por que ela não admite que também sente algo por mim? por que não aceita minha ajuda? será que é tão difícil?

depois do banho, não tive a audácia de entrar no quarto que também é meu, por puro ego, confesso. decidi deitar no sofá, com a consciência mais pesada que uma bigorna. mas eu não errei sozinho.

- Kuscevic, Kuscevic, acorda caralho. - me acordei com meu corpo sendo balançado e quando meus olhos enxergaram com clareza novamente, vi a figura morena a minha frente - Se arruma, a gente vai sair. - me sentei rápido demais e minha cabeça voltou a doer, merda.

isso saiu de menos 0 pra mais 1000 de um jeito que

- Pra onde? - perguntei a vendo sair da minha frente - Viviane! - me levantei com a mão na cara a vendo na porta do banheiro - Pra onde a gente vai?

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⏰ Última atualização: Feb 07, 2023 ⏰

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𝐞𝐧 𝐞𝐥 𝐦𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐜𝐮𝐚𝐫𝐭𝐨 ▪︎ 𝐁𝐞𝐧𝐣𝐚𝐦𝐢́𝐧 𝐊𝐮𝐬𝐜𝐞𝐯𝐢𝐜Onde histórias criam vida. Descubra agora