a briga

34 5 14
                                    

▪︎▪︎▪︎▪︎ BK4 ▪︎▪︎▪︎▪︎

respirei fundo antes de abrir a porta. rezei pra todos os santos que eu mais tinha fé e esse cara não vai ver a Vivi nem se eu tiver morto.

- Que é que você quer carajo? tá achando que aqui é a porta da zona pra ficar batendo desse jeito? - abri a porta e disse firme logo de cara, arrancando um riso debochado dele.

- Cadê ela? - continuei olhando nos olhos escuros do terrorista - CADÊ ELA, HIJO DA PUTA?

- Abaixa a voz antes que você não consiga nem falar mais. - ele respirou como um touro de tourada e eu queria muito rir disso - A Viviane não está aqui.

- Como não tá? eu escutei a voz dela, eu quero falar com ela agora! VIVIANE!

- Hermano, cala a boca, pelo amor de Deus, a única pessoa além de mim aqui é a minha irmã, eu sequer vi a Viviane hoje, agora dá pra você dar um fora? - como eu imaginava, minha desculpa não o convenceu nenhum pouco.

- Eu quero entrar. - ele disse com as mãos na cintura

- Pois vai ficar querendo. - cruzei os braços me encostando no batente da porta.

- Você tem noção de quem sou eu, pra me responder dessa forma? - segurei o riso, rico é um sarro.

- Sei e você também sabe que se você entrar sem a minha permissão, é invasão de domicílio e que você pode ir dar um rolê na delegacia, né? - ele engoliu seco olhando em volta.

- O que você quer? quanto você quer? - ele abriu a carteira - Eu pago o que quiser.

- Eu quero que você vá embora e nunca mais me apareça aqui, é tão difícil? - ele guardou a carteira e me encarou.

- Não é possível que seja você... - Carlos analisou meu rosto minuciosamente pra confirmar sua dúvida - Como sempre me impedindo de ter tudo que eu quero. - sorri fraco.

- Com esse jeito de querer tudo, não sei como você tá com a Vivi. - seus punhos cerraram e antes que ele ameaçasse me bater, ele respirou fundo - Parabéns.

- Chileno bastardo... não me obrigue a te dar uma coça depois de tanto tempo... - me mantive sério, apesar de reviver cada soco e chute que ele me deu naquele instante - Eu só quero ver, a MINHA namorada, só isso.

- Se você ver ela, você vai sumir daqui? - ele concordou - Ótimo, fique a vontade pra procurar porque eu já falei que ela não tá aqui, seu argentino imbécil. - dei espaço pra ele que foi direto ao meu quarto, meu e dela, no caso.

- Você não fez isso ratón. - ele estava com o vestido que ela usou ontem - VOCÊ NÃO FEZ ISSO HIJO DA PUTA! - sorri fraco olhando pro desespero do mesmo, que ia fazer a cena de chorar.

bom, antes de abrir a porta, eu peguei o vestido dela que tava no banheiro e joguei na minha cama. o tênis e a bolsa dela estavam por perto e ele é burro o suficiente pra comprar isso.

- Eu não tenho culpa se você não faz as coisas bem feito meu caro. - me encostei no balcão, cruzando os braços - Nem pra transar direito você serve Martínez, nossos colegas de Real Madrid iam amar saber disso.

- CADE ELA? VAGABUNDA, VERGONZOSA... - ele abriu a porta do banheiro e tentou abrir a porta de Piquerez - ABRE VIVIANE, ABRE VAGABUNDA.

- Ou, ou cara, chega, minha irmã tá com dor de cabeça junto com o Piquerez aí e se não quiser tomar um cacete de graça, vaza. - disse tentando pegar o vestido dele, que não cedeu.

- Você disse que... tava sozinho, VIVIANE, VOCÊ TÁ AÍ, ABRE ESSA PORTA CARAJO. - ele forçou pra abrir e falhou, graças a Deus, porque agora até eu fiquei com medo.

𝐞𝐧 𝐞𝐥 𝐦𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐜𝐮𝐚𝐫𝐭𝐨 ▪︎ 𝐁𝐞𝐧𝐣𝐚𝐦𝐢́𝐧 𝐊𝐮𝐬𝐜𝐞𝐯𝐢𝐜Onde histórias criam vida. Descubra agora