é um pedido?

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POV Vinícius
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Depois da ligação do Lucas com o pai, ele ficou meio distante. Os meninos não ouviram por ele ter falado baixo, mas ficaram preocupados quando o viram chorar no meu ombro.

Quando eles foram embora a gente continuou sem conversar sobre isso, eu não iria pressioná-lo, então esperei até que ele falasse.

- A gente postou aquela foto que eu tava abraçando seu pescoço, lembra?- ele fala enquanto eu bolo um beck pra nós

- Lembro, você tava lindo nela inclusive

- Foi por isso que meu pai me ligou, ele me chamou de bicha e outras milhares de coisas homofóbicas. Aquele filho da puta nunca fez nada pra me ajudar no futebol, pra eu chegar onde eu tô, e vem querer opinar na minha vida.

- Eu estaria mentindo se dissesse que eu entendo, eu não sei como te ajudar. Mas posso te dar um abraço e muito carinho de consolo - eu sorrio e abro os braços pro Lucas, ele vem me abraçar e se senta no meu colo.

- Obrigado por sempre me ajudar, gatinho - ele fala enquanto eu acendo o cigarro de maconha.

- Não fica me elogiando assim... não sei reagir - eu falo sorrindo envergonhado.

Paquetá traga uma vez e me beija, soltando a fumaça na minha boca, assim como no dia da festa.

Minha língua invade a boca alheia, separo o beijo quando sinto algo quente queimar minha barriga desnuda, era o cigarro.

Lucas rapidamente segura o cigarro e passa a mão pela minha barriga pra tentar diminuir a ardência.

- Tá doendo?
- Não, tá ardendo um pouquinho só - pego o cigarro e vejo que ainda está aceso, dou uma tragada pra relaxar e apoio uma mão na cintura do Paquetá. Ele puxa o cigarro da minha mão e traga também.

Aproveito que ele tá segurando o beck e começo a beijar seu pescoço, clavícula e ombros. Lucas inclina a cabeça me dando espaço pra continuar o que eu estava fazendo.

Ele fuma o cigarro quase inteiro nesse tempo em que eu estou marcando sua pele. Eu fumo o que restou e coloco a ponta em cima da cômoda.

- Tô com fome.- eu falo quando ele se encosta no meu peito.
- Tem leite a vontade aqui...

- Safado - ele solta uma gargalhada que me faz rir também
- Sou muito, né?
- Sim, acontece uma vez no século. Tenho que comemorar - falo malicioso

- Idiota!- ele ri contra o meu peito.
- Não era você que tava oferecendo leite ainda agora?
- Era, mas eu não tô realmente com vontade de fazer isso

- Tá bom - eu beijo a testa do Lucas e dou batidinhas na coxa dele pra que ele se levante do meu colo.
- O que foi?- ele pergunta depois de se levantar
- Eu realmente tô com fome
- Ah

Eu pego uma vasilha e coloco cereal e leite, depois volto pra cama.
- Liga a TV - Lucas fala entrando no meio das minhas pernas.
Faço o que ele pede e começo a comer.

- Quer?- pergunto colocando a colher na frente da boca dele, ele a abre e come o cereal.
- Você me marcou muito?

- Não, acho que só aqui vai ficar roxo.- passei os dedos por uma marca no pomo de Adão dele.
- Tá.
- Mas, por que?
- Amanhã tem natação.
- Ah é.

Eu comi o cereal depois a gente se levantou pra arrumar nosso quarto. Lucas colocou uma música e nós fomos tirar os lençóis das camas.
- Eu coloco na roupa suja ou na máquina?- Paquetá pergunta segurando os tecidos.

- Coloca na máquina logo, pega os uniformes também.- eu falo e entrego os outros lençóis nas mãos dele. Lucas colocou as roupas na lavadora e veio me ajudar a tirar o lixo que tinha debaixo das nossas camas e em cima da cômoda.

Meu colega de quartoOnde histórias criam vida. Descubra agora