Prólogo.

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Prazer, eu sou a Line (Kaline) pra quem não me conhece.

Essa é primeira fanfic que vou publicar no meu perfil... eu nunca fiz isso, então espero que vocês tenham paciência comigo.

Enfim, boa leitura,espero que gostem!

×

Toronto, Cidade do Canadá.

07/02/2020.

09:22 AM.

Carla Maraisa passava as mãos sobre suas pálpebras, na esperança de tentar ficar acordada pelas próximas vinte quatro horas, ser cirurgiã de trauma e trabalhar cem horas por semana não era fácil, ainda mais quando se tem uma filha e um divórcio para cuidar.

- Dra Carla. - Sua interna a chamou, a outra apenas fez um som com a boca para a mesma prosseguir. - Tem vários traumas chegando na emergência, um carro perdeu o controle no meio da corrida e causou pelo menos mais três acidentes.

- Corrida clandestina? - Sua interna assentiu, ao estreitar os olhos em puro tédio, ouviu seu pager aptar.

Maraisa levantou da cadeira e jogou o resto do café que já tinha esfriado na lixeira, vestiu seu jaleco e colocou seu estetoscópio sobre o pescoço, saindo do refeitório, sua interna a seguiu a passos largos.

- Qual é o caso? - Perguntou ao chegar na sala de trauma.

- Homem com fratura exposta nas regiões do abdômen e um possível traumatismo craniano. - Maraisa pediu licença aos enfermeiros e começou os exames iniciais.

- Não tem nada mais oque se fazer aqui, hora do óbito...nove e trinta e três. - Sua interna a olhou confusa.

- A maioria dos traumas que chegam na emergência, está quase morto ou não tem salvação, se acostuma... e bem vinda ao seu primeiro plantão.

{...}

- A sala de cirurgia três está ocupada, Dra Carla.

- Então reserva a dois, ou o paciente morre em duas horas. - Quase esbravejou, o enfermeiro assentiu com a cabeça baixa e saiu de sua frente.

- Esse papel de mandona não combina com você.

- Maiara! - Maraisa exclamou e correu na direção de sua irmã. - Me visitando, não era você que odiava hospitais?

- Bom, eu ainda odeio. - Saiu dos braços de sua irmã. - Mas eu precisava passar aqui...

- Não me diga que você conhece alguém do acidente?

- Conheço sim, houve algum óbito?

- O primeiro que eu atendi foi um homem, ele não resistiu.

- Hm... vou esperar mais informações na recepção.

- Espere, eu vou pedir para minha interna achar o seu amigo... - Maiara assentiu, deixou um beijo no rosto da morena e seguiu para recepção.

- Dra Emma. - Chamou sua interna. - Acompanhe essa moça e a ajude obter informações de todos os pacientes desse acidente.

A novata ia falar algo, mas deixou quieto ao ver que Maraisa lançou um olhar de reprovação para o seu próximo passo, ao entender que não iria auxiliar em alguma cirurgia no seu primeiro plantão, correu atrás de Maiara.

- Esses internos.

Negou com a cabeça e verificou o pager, colocou o mesmo pendurado em seu jaleco e foi se lavar para cirurgia. Iria fazer uma reparadora de emergência, já estava cansada de tudo e só queria ir pra casa.

Felizmente a cirurgia foi um sucesso e o paciente já não corria tanto risco de vida, mas teria que ser monitorado a noite toda para possíveis complicações.

- Dr Carla...

- Estou ouvindo, Emma.

- O chef está pedindo um parecer na emergência.

Maraisa levantou da maca que estava deitada e ajeitou o cabelo, sua interna entregou o prontuário a ela e ambas correram para emergência.

- O que aconteceu com ela? - Maraisa perguntou.

- E-ela... não sei, eu só estava tomando banho e quando ouvi ela chorar corri para ver oque havia acontecido. - Vanessa tentava se explicar. - E quando cheguei no quarto ela estava no chão.

- Você é sem noção, já disse que não pode deixar ela sozinha. - Maraisa se aproximou da maca e sua filha chorava, parecia estar com dor.

- Eu só deixei ela dormir sozinha por dez minutos.

- Mas ela só tem dois anos, porra! - Maraisa gritou com sua esposa.

- Dra Carla, não vou admitir você gritar no meu hospital, sua filha está precisando de exames e você está atrapalhando. - O chefe da cirurgia falou mais alto.

- Vamos fazer alguns exames para ver oque aconteceu, provavelmente só foi um susto e por isso o choro.

- Façam todos os exames na minha filha.

- Vou cuidar dela, agora vá para sala de recepção. - Bruno falou.

- Quero ficar aqui, não vou sair do lado dela. - Maraisa segurou o bracinho de sua filha, que se mexia o tempo todo.

- Ou você vai cuidar dos seus pacientes, ou vá para sala de recepção esperar por notícias. - Bruno foi firme.

Maraisa deixou um beijo desajeitado em sua filha e saiu da sala, batendo a porta, sua esposa a acompanhou.

- Maraisa, me desculpa...

- Vanessa, última pessoa do mundo que eu quero ver é você, então me deixa em paz!

Levantou furiosa e foi atrás de alguma cirurgia ou paciente, mas parecia que o hospital estava tranquilo depois do acidente.

- Pega qualquer caso da emergência e trás pra mim. - Falou para Emma. - Sabe se minha irmã obteve informações?

- Sim, o amigo dela está bem e pelo que parece só deslocou o ombro.

- Menos mal... ao achar algum paciente pra mim cuidar, avise Maiara sobre minha filha.

Emma assentiu e saiu para atender os pedidos da sua superior, Maraisa já estava no seu limite, então foi descansar um pouco em algum lugar, longe de todos.

(...)

- Achei uma paciente do acidente.

- Ótimo, deixa eu ver o prontuário. - Emma entregou o prontuário a Maraisa e a seguiu.

- Boa tarde, hm... - Maraisa abriu a porta e verificou a paciente. - Marília Mendonça? - Perguntou para confirmar o nome da paciente.

- Sim, Marília Mendonça.

{...}

E assim começa mais uma estória para os amantes fiéis de malila, beijos.

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