Mimi.

1K 196 83
                                    

— Frankenstein? —  Maraisa perguntou confusa.

— Sim, você foi a médica que ameaçou me deixar igual a ele. —  Marília deu um sorriso para outra.

—  Pelo jeito está bem cicatrizado, e daqui um mês vai ser como se nunca tivesse machucado a testa.  — Maraisa se aproximou de Marília e verificou o ferimento da outra.

— Estou tomando cuidado e a devida atenção aos remédios. — Maraisa levou sua mão ao rosto de Marília e analisou o local.

— Ainda levo jeito pra sutura, nem parece que foi uma cirurgiã de trauma que fez esse bom trabalho. — Marília franziu o cenho e afastou seu corpo.

— Bom, vejo que sua filha está bem… — Olhou Marcela no carrinho que fazia sons estranhos com a boca.

— Ela está bem sim. — Marília olhou a garotinha, na mesma hora Marcela virou para ela e mostrou seus quatro dentinhos.

— Ela é linda. — Fez um carinho nos fios de cabelo da menina. — Estou indo atrás do Duque, ele tá impossível com essa mania de pegar tudo que vê pela frente.

— Ele é seu cachorro? — Marília assentiu.

— É sim. — Marília disse e saiu atrás de Duque, sem ao menos se despedir.

— Por isso você deve ser uma boa menina, se não vai ficar assim. — Maraisa olhou para trás e viu Marília correr atrás de Duque.

Ao chegar perto do seu carro, guardou o carrinho no porta malas e levou Marcela para Vanessa, ela não confiava em sua esposa para ficar com sua filha, mas não tinha outra opção.

— Seu pager não para de apitar. — Vanessa pegou Marcela no colo.

— Estou indo pro hospital… qualquer coisa me ligue.

Entrou no carro outra vez e seguiu para o hospital, por sorte ela morava a duas quadras, então chegava rápido no seu local de trabalho.

— Qual o caso?

— Mulher aproximadamente trinta anos, bateu o carro em um poste e acabou tendo um ferimento grave nas pernas…— Bruno começou a falar, Maraisa higienizou as mãos, colocou suas luvas e foi verificar a paciente.

— Verificaram se ela tem algum ferimento na região do abdômen? — Maraisa perguntou, a enfermeira negou com a cabeça.

— Não vejo motivos pra isso, Dra Carla.

— Então por que ela sangra? — Maraisa olhou para a paciente que tinha um sangramento no meio das pernas.

— Não está ferida, houve um aborto espontâneo no local do acidente. — Bruno entubou a paciente e verificou se ela respirava.

Maraisa parou por um tempo no lugar, tentando raciocinar oque tinha acabado de ouvir, olhou para o corpo da paciente e começou examinar seu abdômen.

— Está tudo bem, Dra Carla? — Emma perguntou ao ver que a mulher ficou estática.

— Ela está tendo uma parada cardíaca…

— Bipem a cardio agora!  — Maraisa gritou ao ver os batimentos da paciente zerar.

(...)

— Ela terá uma longa recuperação, mas irá ficar bem. — Maraisa tranquilizou o marido de sua paciente.

— E o bebê?

— Eu sinto muito. — O homem negou com a cabeça e começou a chorar.

Maraisa deixou o homem digerir a notícia e saiu, entrou no elevador e indicou o andar do pós operatório, iria verificar alguns pacientes e passar algumas visitas.

Era Pra Ser Você | Malila Onde histórias criam vida. Descubra agora