Dança comigo.

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Cancún,México.

13:10 PM.

— Stop! — Maraisa gritou pela terceira vez, irritando Marília.

— A letra dessa vez é S, quem consegue completar?

— Eu consigo. — Maraisa deu de ombros. — Nome?

— Sara…

Maraisa sabia que era um dia difícil pra Marília, então procurou coisas para distraí-la, brincadeiras que dava pra fazer em um quarto de hotel, já que Marília ainda estava se recuperando e não podia sair.

— Não quero mais jogar com você. — Marília deixou o celular na cama e bufou.

— Você disse que era a melhor.

— Estou doente. — Marília olhou Maraisa. — Para de me olhar assim.

— Seria pior se eu deixasse você ganhar por dó.

— Deveria fazer isso.

— Não, eu sou justa.

— Te odeio. — Marília cruzou os braços e formou um bico nos lábios.

— Ganhei de você só cinco vezes, não é pra tanto. — Maraisa se aproximou da outra, ficando sobre suas pernas. — Não fica assim…

— Queria sair pra algum lugar. — Marília segurou a cintura de Maraisa. — Ficar nesse quarto o dia todo vai ser ruim.

— Mas estou aqui com você. — Beijou os lábios de Marília.

— Eu sei que sim, não poderíamos ir à praia?

— Hoje não posso te liberar, mas prometo fazer algo outro dia.

— Você é uma médica muito chata, deveria me tratar melhor.

— Sou mesmo. — Maraisa levou suas mãos até o rosto de Marília. — Você tá com o rostinho bem melhor.

— Isso significa que vamos sair? — Maraisa negou com a cabeça.

— Quer que eu faça algo por você? Eu faço…

— Se você soubesse oque eu quero.

— Me diz, agora estou curiosa.

— Lembra da nossa conversa?

— Hm… que conversa? — Maraisa desceu seus beijos para o pescoço de Marília.

— Que tivemos no seu carro, sobre sonhos que qualquer um pode realizar, lembra?

— Sim, você iria me falar quando estivéssemos mais íntimas. — Maraisa mordeu levemente o pescoço de Marília.

— Tenho um sonho, que qualquer um pode realizar, mas ficaria mais feliz se fosse você. — Maraisa parou oque estava fazendo e fitou Marília.

— Vai me dizer? 

— Não.

— Não?

— Só vou falar quando me deixar sair desse quarto.

— Tente na próxima, sou cirurgiã e sei viver sem uma informação.

— Como assim?

— Tem muitas histórias que eu vejo entrar no hospital pela metade, e não fico sabendo o final delas, ou seja… sei segurar minha curiosidade.

— É diferente.

— Não é, e eu priorizo sua saúde acima de qualquer curiosidade, você é mais importante… depois que isso passar, saberei isso de um jeito ou de outro.

Era Pra Ser Você | Malila Onde histórias criam vida. Descubra agora