Capítulo 9

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POV PRISCILA:

Eu me ofereci para levar Carolyna até em casa. Caminhamos principalmente em silêncio. Mas era um silêncio confortável.

-"Você quer entrar?" ela perguntou quando chegamos.

-"Hum, claro." Peguei meu telefone e mandei uma mensagem para minha mãe, avisando que eu chegaria um pouco tarde.

Era uma casa pequena, mas aconchegante. Sentei-me no sofá.

-"Quer algo para beber?" ela me perguntou. Eu balancei minha cabeça.

-"Não, eu estou bem. Obrigada." Ela assentiu.

Caímos em outro silêncio.

-"Hum, então por que você voltou?" Eu finalmente perguntei. Ela suspirou.

-"Você não tem que me dizer." Eu disse percebendo seu desconforto.

-"Não, tudo bem. Bem, meus pais se divorciaram e logo depois meu pai faleceu." Houve outro silêncio. Eu vi uma lágrima rolar por sua bochecha. Aproximei-me e abracei-a.

-"Me desculpe" eu sussurrei.

Ela chorou no meu ombro. Depois de alguns minutos ela se afastou.

-"Desculpe" ela disse enxugando algumas lágrimas.

-"Não Seja Carolyna" dei outro abraço nela.

-"Estou tão feliz por ter encontrado você, Priscila." Ela me disse.

-"Eu nunca tive um amigo. nem mesmo quando estava em Cuba." Sorri para ela.

-"Não se preocupe, Lyna. Eu sempre serei sua amiga. Não importa o que eu prometa." Ela sorriu para mim.

-"Eu te amo Prica."

-"Eu também te amo" Eu realmente amo.

Com o passar dos dias, nos aproximamos cada vez mais. Eu também me vi me apaixonando por ela. Tudo era tão bonito. A maneira como ela falava. Sua risada. A maneira como ela enfiava a língua no meio de seus dentes quando ela sorri. Apenas tudo.

Eu estava sentado na sala de aula quando senti alguém me cutucar. Era Clara.

-"O que?" Eu disse.

-"Em quem você está pensando?"

-"Ninguém." Ela revirou os olhos.

-"Mentira. Com esse olhar em seu rosto, é óbvio que você é." dessa vez eu revirei os olhos.

-"É a Carolyna não é?" Senti minhas bochechas levemente vermelhas

-"Não" eu murmurei.

-"Sim, é aww"

-"Clara cala a boca, ok?" Eu a agarrei.

-"Não até que eu veja vocês duas juntas. Eu balancei minha cabeça.

-"Não é provável." Ela se recostou em seu assento.

-"Apenas espere."

Mais tarde, no almoço, estávamos todos conversando normalmente até que Clara falou.

-"Então, Vanessa, como estão as coisas com o Allan?" Eu vi o sorriso que ela tinha e sabia onde isso estava indo. Vanessa sorriu

-"Ótimo!! Nós vamos a um encontro nesse final de semana." Ficamos impressionados.

-"E você, Malu? Como estão as coisas com Dani?"

-"Não poderia estar melhor" ela respondeu.

Clara olhou para Camila. Ótimo.

-"E você, Carol? Alguém especial?" Ela deu uma pequena risada. Foi adorável.

-"Eu? Nah. Única Pringle. Como sempre." ela sorriu. Eu me senti um pouco feliz em ouvir isso.

-"Ohh, assim como Priscila aqui. Ou você está esmagando também" Oh meu Deus Dinah. Eu dei uma cotovelada nela. Ela apenas sorriu.

-"Humm..." ela começou.

-"Espere. Priscila, você está apaixonada por alguém?? Por que você não nos contou? Quem é essa garota de sorte... ou cara?" Malu disse. Todo mundo estava olhando para mim. Principalmente Carolyna. Havia um pouco de confusão em seu rosto.

-"Eu gosto de meninas e meninos" expliquei a ela. Ela fez um formato de O com a boca.

-"E para o resto de vocês... ninguém. Clara é louca." Eu disse olhando para Clara Ela apenas balançou a cabeça.

-''Em breve.'' ela murmurou.

POV CAROLYNA:

Descemos a calçada. A caminho de casa. Olhei para Priscila. Eu meio que senti algo diferente quando estava com ela. Eu não sei o que é.

-"Então uh. Você é bi?" Eu perguntei timidamente. Ela assentiu.

-"Se você quiser manter distância, eu entendo", disse ela.

-"Não, claro que não. Não tenho nada contra. É totalmente legal." Eu disse a ela. ela sorriu. Nossa ela era tão linda.

"Ei, sabe quando você respondeu a pergunta da Clara sobre ter um?" Eu balancei a cabeça me perguntando onde isso estava indo.

-"E você disse ''Como sempre'' no final. O que você quis dizer?" Soltei a respiração que estava segurando.

-"Eu nunca namorei ninguém." Eu simplesmente disse a ela.

-"O quê? Isso é possível?" Ela perguntou surpresa. Eu ri levemente

-"Sim. por que isso te surpreende?"

-"É só que você é tão bonita e incrível. Como ninguém pode gostar de você. Sério, você é tipo... perfeita." ela disse olhando nos meus olhos. Senti meu coração bater mais rápido quando ela disse isso. Um sorriso se formou em meu rosto.

-"Obrigada, ninguém nunca me disse isso." mais uma vez ela ficou chocada.

-"Bem, você deveria e espero que o faça em breve." Chegamos a minha casa. Ela me deu um abraço. Eu me senti segura em seus braços.

"Breve?" Eu repeti enquanto ela caminhava para sua própria casa. Querendo saber por que ela disse isso.

Perdida (Capri)Onde histórias criam vida. Descubra agora