Hoje eu não estava afim de ir para o orfanato, então eu levantei e me sentei pra tomar café. Lá estava minha tia Carmem a Velentina e minha mãe. A tia Carmen já se apressou em falar:- Bom dia, Margot. Sabia que o Duda chega de viagem hoje?!- Eu fiquei surpresa, o Duda era meu grude até eu voltar pro Brasil com a minha mãe.
- Sério, tia? Que bom! Ele vai chagar aqui que horas?
-Na verdade ele vai ir direto pro orfanato, lá é mais perto do aeroporto.- A Gabi fala, ele tinha que ir justamente pra lá?
- Entendi, mãe. Eu vou sair antes de ir pro orfanato encontrar um amigo, não vou tomar café hoje.- Eu falo, eu tenho que me encontrar o Janjão hoje.
- Tem certeza, querida?- A tia Carmen me pregunta.
- Tenho sim, tia. Beijos, gente. - Eu falo e depois dou um beijo em cada uma e vou pro meu quarto.
Chegando lá eu me troco, eu coloco a mesma roupa:
Logo depois eu vou pra a saída e encontro o meu avô no sofá. Para ser educada eu vou até ele e falo:
- Bom dia, vó. Tudo bem com o senhor?- Eu sou um beijo em sua testa.
- Bom dia, minha neta. Tudo bem sim, bom passeio!- Ele fala votando a ler o jornal.
-Obrigada, vó.- Então eu saio e vou para o carro.
Chegando lá na praça o Janjão já me esperava, então eu perguntei:
- Bom dia, você tá aqui faz tempo?- Ele nega com a cabeça e me abraça, eu fico sem entender e o afasto.- O que foi isso?!
- Bom dia, Magherita.- Eu percebo que ele estava choroso, eu fiquei mal por ter negado o abraço a ele.
-o que aconteceu com você? - Assim que eu falo isso eu o abraço que me aperta.
- Eu sinto muito, não queria ter brigado com o Mosca. Eu fui até lá com a intenção de pedir desculpa e ele veio pra cima, acredita em mim por favor!- Eu decido acreditar, ele parecia estar sendo muito verdadeiro. Estava encima da hora para eu encontrar meu primo então eu falo:
- Tudo bem, eu acredito em você. Agora eu preciso ir, meu primo chaga de viagem hoje.
- Posso ir junto?- Ele me pergunta.
-Por mim sim, mas ele vai até o orfanato.
-Assim eu aproveito pra me desculpar com o Mosca, pode ser?!- Ele pergunta receoso.
- Pode sim, vamos.- Eu falo fazendo um gesto com a mão e ele me segue até meu carro e de lá nós já fomos pro orfanato.
Nós chegamos lá e o Duda já estava lá falando que era um Almeida Campos mas ninguém estava acreditando. Assim que eu entro ele vem me abraçar e eu pulo nele.
- DUDA!- Eu falo o apertando.
- MARGOT!- Ele responde me apertando mais.
Depois que eu desço do colo dele eu vejo que todos os meninos estão olhando com uma cara confusa, menos o Janjão, claro.
- Oi, pessoal. Esse é o Duda, meu primo que morava na Bélgica comigo.- Quando eu falo isso o Duda sorri, ainda com os braços em torno da minha cintura.
- Então ele realmente é um Almeida Campos? - A Vivi pergunta, em choque.
- Sim, ele é um Almeida Campos. - Eu falo o abraçando de lado, assim que eu me separo dele todas as meninas se apressam em se apresentar pro Duda.
Eu caminho até o Janjão, só então o Mosca e os meninos notam a presença dele. Eu pego em sua mão o encorajando a ir falar com eles, assim ele faz.
- Oi, meninos.- Assim que eu percebo que o Mosca está olhando para nossas mãos ainda entrelaçadas eu separo nossas mãos e questão de segundos ele as entrelaça novamente. Ele me olha como se dependesse daquilo pra ter coragem.
Eu em colo ao seu lado para dar um impulso final, então ele fala:
- Eu vim aqui em paz, eu quero me desculpar por ontem. Não foi minha intenção, perdão. Ele olha pra mim em busca de aprovação, então eu faço carinha na sua mão e ele sorri.
- Que proximidade com a minha melhor amiga é essa, Janjão?- O Mosca pergunta, mas antes que eu vou confronta-lo o Duda chega antes me puxando pra um abraço e tirando minha mão de cima da do Janjão.
-E esses, priminha, quem são?- e pergunta se referindo aos meninos.
- Esse é o Rafa, esse o Binho, esse o Thiago e esse é o Mosca.- Eu falo apontando para cada um dos meninos.
- Entendi, Margot. Vamos pra casa? Tô louco pra ver a cara de bruxa da Carmen!- Eu o olho com uma cara de reprovação e repondo.
- Não fala assim dela! Você não quer almoçar antes, priminho?!- Eu falo.
- Pode ser, a comida daqui é boa?- Os meninos parecem ter levado isso como uma ofensa então eu repondo rapidamente.
- Mas é claro, Duda!- Ele concorda e nós vamos a cozinha.
O Mosca se sentou de um dos meus lados e o Janjão no outro.
Depois do almoço, antes de eu e o Duda irmos embora o Mosca me puxa para um canto e fala:
- Eu não acredito que você tá amiguinha dele, Margherita!-Agora ele estava bravo.
- Mosca, eu não tô amiga dele. Eu acredito nele, pouco me importa o que você pensa. - Ele me olha assustado com tanta frieza. Então o Janjão aparece conversando com o Duda.
- Gostei dele, bem simpático.- O Duda fala pra mim e eu sinto o olhar do Mosca queimar sobre ele.- Vamos, Margot? Eu quero rever a tia Gabi!- Ele termina apressado.
- Tudo bem, vamos. Tchau Janjão!- Eu falo sorrindo e acenando e ele acena de volta, com um sorriso de orelha a orelha.- Tchau, Mosca.
Ele só acena sem graça e eu me despeço do resto do pessoal e entro no carro com o Duda.
Assim que nós chegamos eu avisto a tia Carmen e a minha mãe na porta da mansão, provavelmente esperando por nós.
Nós descemos do carro e o Duda corre pra abraçar minha mãe e faz um acara feia pra Carmem.
- Oi, Gabi! Eu estava morrendo de saudades de você!- Ele fala sorrindo animado.- Oi, Carmem- Ele fala desanimado e com desgosto.
- Oi.- A Carmem e minha mãe falam juntas.
- Oi ,meu bem. Como foi o seu passeio?- A Carmem me pergunta.
- Foi ótimo, tia. Até porque eu me encontrei com meu priminho.- Eu falo abraçando o Duda de lado.
-Ah, desculpa não ter vindo pro almoço. Já estava tudo pronto no orfanato.- Eu falo mais pra tia Carmen do que pra minha mãe.
-Tudo bem, querida.- A tia Carmen me responde enterando para a casa e logo em seguida minha mãe faz o mesmo.
-Eu não sei por que ela te trata bem até hoje, acredita?- O Duda fala e eu rio, a gente entra para dentro.
Eu e ele passamos o resto do dia conversando.