01. no amanhecer, encontrei você

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Oi oi, gente! Como estão?

Antes de iniciarem a leitura não esqueçam de dar uma passada nos avisos, ok?

Essa história já estava para ser postada a um tempinho devido ao aniversário da minha amiga Andressa, mas como decidi esperar pela capa, demorou uns dias, no fim, deu tudo certo!

Sasa, como já sabe, a história é inteiramente dedicada a você. Muito obrigada por sempre apoiar os meus projetos e me arrancar boas risadas com sua leve obsessão por lobos kkkkk te adoro!

Espero que gostem, não esqueçam do votinho e boa leitura!

#OSolDaManhãFic

☀️

Sendo o segundo filho homem do chefe da aldeia de Clagro, Jimin teve o seu destino traçado pelo pai desde o primeiro sopro de vida. Cada decisão sua, passo e convicções eram moldados de acordo com os planos de Jongsu. O líder da alcateia jamais iria permitir os filhos se tornarem homens fracos, e por essa razão, ele se enxergava no direito de minar qualquer pensamento independente que pudesse surgir na cabeça deles.

Já era certo que ao completar a idade de vinte e cinco anos, Jimin disputaria com Seokjin pelo cargo de liderança da aldeia do leste, e dependendo do resultado da vitória, um deles assumiria o posto do qual um dia foi de seu pai. Porém, os Deuses provaram para Jongsu que nem tudo estava sob seu controle. Afinal, Seokjin, antes mesmo de Jimin completar vinte e um anos, foi expulso de Clagro por ir contra o pai.

Mas Jimin era diferente do irmão. Ele jamais ousaria cometer tamanho absurdo. Sempre obediente, ele era o filho perfeito, a marionete ideal para os planos do pai, então nem tudo para Jongsu se encontrava perdido. Tornando-se o único sucessor, Jimin já tinha ideia de que se casaria com uma moça escolhida a dedo pelo pai, os dois teriam uma verdadeira prole de filhos e, a partir da concepção do primeiro primogênito homem, ele assumiria o lugar de líder da alcateia e governaria Clagro com mãos de ferro.

Casamento por amor? Bem, amor não era um sentimento reforçado na aldeia de Clagro, e por esse motivo, Jimin nunca conseguiu ou pensou em desfrutá-lo. Nem o materno ou paterno e pior ainda o romântico. E o pouco que sabia de tal emoção se resumia aos relatos escritos nos pergaminhos sobre párias de Clagro ou das demais aldeias das quais seguiam políticas semelhantes à sua.

E toda aquela história contada em poucas palavras, acabava por desencorajar ainda mais qualquer aldeão, incluindo Jimin, a amar. Afinal, qualquer um que ousasse colocar seus pensamentos e desejos acima de qualquer razão, eram exilados por remar na direção contrária à maré. Uma consequência da qual não lhes dava a mínima chance de retorno. O estranho não era visto como algo bom, pelo contrário, ser diferente tornava qualquer pessoa um ser amaldiçoado.

Um sinal de mau agouro.

E isso era tudo o que Jimin não queria, é claro. Contudo, quando enfim chegou na idade de se casar, e em algumas horas, iria conhecer a noiva, ele se viu nervoso e mais angustiado do que desejava estar. E talvez, se fosse permitido demonstrar qualquer emoção, provavelmente já teria colocado o jantar da noite passada para fora.

Pela primeira vez em vinte e cinco anos Jimin desejou ir contra os anseios do pai e isso o assustava.

☀️

Ainda era madrugada quando despertou de um sono conturbado e sem sentido algum. Agitado, ele passou a mão pela testa, limpando o suor que molhava e prendia o cabelo preto à pele. Com o objetivo de dar um fim àquela agonia, se levantou da cama e seguiu para fora da tenda, almejando ir para algum lugar distante da aldeia. Jimin tinha a noção de que quando o sol nascesse e a comitiva da noiva chegasse de Adrax, ele não teria tempo para respirar quando bem quisesse, então essa era sua única oportunidade.

O Sol da Manhã • HiatoOnde histórias criam vida. Descubra agora